05 abril 2016

Duas coisas certas entre tantos distraidos

Continua o choradinho tão compungente como parolo de adeptos em geral, depois de mais uma derrota para a história sem fim que se avizinha - diria há muito entrevista, porque há anos relato o que não me parecia bem no Dragão, sim, mesmo a vencer jogos e ganhar títulos.
No rescaldo, hoje, retive duas coisas boas:
- Boa crónica no JN, de Almiro Ferreira que não poupou em mais uma execrável arbitragem em que a camaradagem redactorial não se revê certamente, hoje dominada por benfiquistas num paraíso vermelho de política pura para acabar com o único diário generalista do Porto ;
- Uma observação, por um par de comentários avulsos, sobre as eleições que se avizinham para uma recondução norte-coreana, apelando não a abstenção mas a VOTO BRANCO ou VOTO NULO.
É o que se me restaria dizer. Porque o epíteto norte-coreano que introduzi há tempos já se propaga na bluegosfera e nela poderia elencar tudo o que escrevi antevendo isto há pelo menos 6 anos.
Há agora valentes a chamarem "cobardes" aos da SAD, mas dirigi o epíteto já em 2010; falei da catástrofe da saída de Vítor Pereira, que sempre defendi, mas já não o pacóvio deslumbrado do preocupações Fonseca ou esse erro de casting basco a conduzir alegremente a Barca ao inferno; dos erros de gestão desportiva, sim, mesmo em 2011 de todas as conquistas (bem, quase todas); do silêncio ensurdecedor, da política comunicacional da avestruz e nomeando tanto o despauterio do Torto Canal como outro erro de casting, planeamento e oportunidade do Dragões Diário. Tudo falhado, mas entre amigos, do Juca ao Tavares, com o Chico, o Vítor, o Rola, o Cerqueira que era arauto do pifio dourado na RTP...
E vai-se lendo e ouvindo, profusamente, gente surpresa e indignada, ignara e contente com isso, de não saber que alguém sabia e contava.
Não fui o único, mas pode contar-se pelos dedos de uma mão os valentes de então que criticaram quando se ganhava e não só aparecem agora.
Já esta época notei a mediocridade de Lopetegui mesmo a ganhar ao Benfica - não podia fazê -lo nesta ocasião "histérica" - e pedi a sua destituição no jogo seguinte com o Moreirense. Foi em Setembro, tal como foi com o parolito deslumbrado Fonseca que já se gaba de ter ganho ao FC Porto graças ao Xistra e continuar na Europa com arbitragens inauditas para um pequeno clube tuga feito irredutível gaulês...
Há muito digo que voltarei a viver, como vivi desde 1971, o tempo de irrelevancia do FC Porto agora numa era de partilha de dados e velocidade de comunicação à escala global. Muitos em breve saberão o que isso é.
Estes apreciarão o que era ganhar antigamente, sem títulos. Bastava vencer o Benfica e o ano estava ganho. Esta época foram 2 vitórias... E à segunda, na Luz, que nem pude ver, lá veio um corajoso, uma semana depois de um post meu, criticar-me...
Aproveitem, porque os dias de burro são cá mesmo, já que vozes de burro não chegam ao céu. Mesmo que santinhos ainda suspirem pelo paraíso a reencontrar. Com os pés no inferno e orelhas a arder, que não as minhas.
Sempre cá estive nas vitórias e cá ando nas derrotas. Há 45 anos. Vejam os cobardes na bluegosfera, os fortes nas vitórias e distraidos nas derrotas, que se desenfiam por aí... Alguns dizem que os adeptos merecem isto. E, claro, a imprensa é má para com o FC Porto, sem questionarem o que faz, e fez, o clube nesta área.
O clube entrou no buraco negro de típica gestão sucialista e gente ainda não saiu da caverna, ainda nomeiam Angelino [Ferreira, vi há dias, esquivo, sorrateiro até numa igreja para missa dominical, como acossado] sem saberem das diatribes do gestor Fernando Gomes (são tantos nomes iguais, ne?) e o marketing, publicidade, comunicação - até às estufadas comissões que os parolos ao quadrado também acham que não se falariam se as bolas entrassem...
Agora, para rematar, vejam que à frente dos 12 golos de Aboubakar estão gente do calibre de Leo Bonatini (Estoril), Bruno Moreira (P. Ferreira) e Rafael Martins (Moreirense).
O nível é este. Mas, como disse precisamente no jogo com os cónegos, continuem a cavar.

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