16 abril 2016

A votos no Politburo do Dragão (-1)

E a um dia da eleição norte-coreana algo saiu da caverna do anonimato. Certo que Pinto da Costa secou tudo à volta, desde a vitalidade do FC Porto ao silêncio cobarde e falta de espírito crítico que também cabe a uma imprensa livre e verdadeiro 4o poder em qualquer circunstância. O Jogo ouviu algumas personalidades que fogem do estafado espécime que julga saber do futebol como jogo. Não ouviu sequer ex-jogadores. E, salvo um jornalista externo mas colunista, ouviu gente fora do estereótipo do comentário encartado. 
Um ex-dirigente, para quem "a honra de servir já bastava" e "sem qualquer retribuição",  montou um discurso notável, assertivo e certeiro. Nuno Antas de Campos faz uma reflexão apropriada, centrada na pessoa do presidente e os seus "Estados de alma", "sentimentos pessoais" e tiros no pé. "Ele é que estragou" a "estrutura montada que não era para estragar", segundo o próprio Pinto da Costa. 
Tónica comum a todas as reflexões: para além de reavivar o sentimento à Porto, mais uma coisa estragada pelo próprio presidente com a sua actuação errática e cobarde, pede-se um módico de gestão empresarial série, efectiva e eficaz. Só e bastaria, não fosse o timing que evoca momento para sucessão. 
Porque a "estrutura"  tornou-se um antro de amigos, nenhuma posição comum de defesa do clube e adeptos. 
Mas no campo empresarial tão descurado, há atitudes antagónicas. Um empresário, António Pinto de Sousa que desconheço, fala mais de finanças com a preocupação da sustentabilidade financeira, ao passo que o músico Carlos Te vê uma SAD "moderação operando numa indústria" como se fosse um mal em si, quando não percebe que o mal é a gestão deficiente, Amadora e ineficaz, precisamente o que destrói uma organização, uma empresa e um clube.
Todos estes pontos tenho abordado e vou aprofundar, mesmo que em geral isto tenha menos acolhimento e suscite pouco interesse, sem deixar de ser o cerne da questão que o adepto comum não aborda porque a espuma me®rdiatica o evita com o desconhecimento atavico de gestão, economia e finanças já patente na abstrusa "imprensa de referência"  de lacunas enormes e causa da iliteracia generalizada propagada pelas tvs de lixo informativo em que assenta a percepção do mundo pelo tuga das pantalhas.
Posta está abertura com o tema do dia, passo ao texto que já tinha escrito e complementar desta matéria, dando sequência ao que tenho exposto.
Talvez o comum adepto não compreenda inglês e desconheça o alcance de um quadro deste tipo. A visão empresarial e de mercado também se aplica aos clubes e o futebol nem está sequer tão expandido em management e marketing como as grandes competições nos EUA, como a NBA ou a NFL ou o beisebol. O que acompanha as tendências de gestão são os primos próximos ingleses, daí o sucesso da PL à escala planetária.
Bastaria dizer que, como ontem explanei, nem Valores são reconhecidos no FC Porto para a sua Missão é Objectivo /Estratégia, como nada dos tópicos acima são aplicáveis no Dragão que aqui é ali fala da divulgação da sua marca - apenas conhecida se o futebol der resultados.
Até há muito pouco tempo, li amiúde queixas repetidas de sócios que se sentiam desconsiderados. Amanhã são chamados a votar, ou na lista única ou no protesto - porventura sem saberem como o fazer para a sua insatisfação ser tida em conta.
A semana pré - eleições, sem campanha nem informações, decorreu como se nada fosse, nada vá ocorrer e até será verdade. Basta o voto próprio para Pinto da Costa se reeleger. Brancos ou nulos o que valem?, se valem alguma coisa?, tal como a abstenção?...
Está anunciado o projecto, como medida eleitoral, de um centro de estágio. O Olival não serve, pelo visto, e a gestão foi FC Porto, mesmo num projecto de futuro, aponta a uma aparência de urgência quando tem coisas importantes para assumir.
Mandam práticas de gestão que se cuide do que é importante e não do que for urgente. Foi descurado o futebol em nome da preocupação com o museu. As dificuldades no bicampeonato de Vítor Pereira não foram tidas em conta. O descalabro é o que se sabe: Futebol descurado grosseira e criminosamente por uma gestão desatenta, errática, sem rumo e com fracasso rotundo. Não é de agora, mas a pasmaceira que marcou o 13o mandato deve prosseguir alegremente como uma orquestrada marcha militar de suposto poderio mas bluff norte-coreano.
O Tribunal do Dragão continua a trabalhar bem o dossier dos jogadores, valores, comissões e erros clamoroso aplicados com mentiras, encobrimentos e práticas opacas políticas denegrindo a honorabilidade dos adeptos pensantes. Os Portistas Anónimos escancaram as incongruências organizativas e o Porta26 não deixa de assumir a ruptura com gestão danos comprovada e incompetente. Hoje mesmo, a forma de votar e validar os votos exposta no Reflexão Portista diz bem do anacronismo norte-coreano do FC Porto. Importa ratificar o Grande Líder.
São muitos insatisfeitos para tão poucos resultados. Este é o ponto numa gestão: resultados.  O 13o mandato foi uma tragédia, o próximo cavara até ao fundo já conhecido e oficialmente assumido. Fica o balanço e o que falta fazer mas não será feito. Gestão profissional não é só conhecer o futebol é quem era apontado como conhecedor já reprovou duas vezes este século. Talvez mais um mandato ruinoso obrigue a chamar a troika ou o FC Porto, como Portugal entregue ao delírio socialista de novo, seja a Grécia e se equipare ao Benfica e ao Sporting sobre cujas ruínas e falta de boa gestão o FC Porto criou uma hegemonia que não cuidou de manter, gerindo mal.
Infelizmente, con o statu quo, comprová-lo a máxima de se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente.
Mas não só os resultados de amanhã serão para ler no dia, mais do que o do jogo com o Nacional. Veremos, ainda, como ficarão os lugares anuais na próxima época.
E para a semana aprofundarei a temática da Gestão, com exemplos como o de abaixo, mesmo que Peter Drucker nunca tenha dirigido uma empresa nem fosse Gestão a sua habilitação académica; afinal, formou-se apenas em direito internacional e ciência política, sem ser um Miguel Relvas... E sem saber como recolher fundos ou gerir Fundos, limitou-se a ensinar Gestão.


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