Acho bem (do mercado) - e ainda a nomeação com Olhão

Há um ano, por esta altura, já tínhamos perdido Falcao para o impensável Atlético de Madrid, mesmo tendo El Tigre jogado na 1ª jornada em Guimarães. Soubemos o que perdemos e que tanto nos custou, apesar do apelo dos 40ME que, afinal, foram 20 líquidos pelo melhor avançado do planeta, excluídos os extraterrestres Messi e CR7 atrás de quem o colombiano se situa também na tabela dos marcadores do campeonato espanhol (versão 2011-12).

 

Falcao acaba de marcar três golos em 45 minutos na Supertaça europeia com o Chelsea (4-1), além de ter rematado à barra e a um poste. No domingo marcou três ao Athletic Bilbau (4-0), a quem derrotou (dois golos no 3-0 final) na final da Liga Europa.

 

Em Maio, apesar da euforia colchonera em Bucareste, os máximos dirigentes do Atléti não sabiam se conseguiriam segurar Falcao, pois ainda faltava pagar ao FC Porto.

 

Poucos meses volvidos, não sei se o FC Porto já recebeu o que era devido (li algures que sim, mas nem lembro quanto), mas os mesmos dirigentes espanhóis (Cerezo e Gil Marin) dizem que Falcao "é do Atlético" e que "ninguém tem dinheiro para comprá-lo" (leio nos jornais de Madrid online).

 

Acho bem, parece que o FC Porto, ao contrário de há um ano (apesar da obrigação da imposição da cláusula, ao tempo), decidiu manter Hulk, o Zenit ficou-se pelos 50ME mas terão sido recusados e continua com o melhor jogador do campeonato e capaz de revalidar o título e repetir outro tri.

 

O sorteio da Champions, sem espaventos, não é tão traiçoeiro como o de há um ano em que nunca me fiei. Com o ricaço PSG ainda titubeante, temos de meter o dínamo nos de Zagreb e de Kiev. Temos um avançado melhor do que eram Kléber e Manco Janko (este nem para a Liga Europa era elegível). Podemos fazer figura.

 

Perdemos Moutinho? Parece que não. Terá ido ao Algarve para dali voar para Londres? No mercado nunca se sabe, por isso é melhor escutar/ler os entendidos. Lembre-se as reviravoltas do passe de Moutinho, o que pertencia ao FC Porto, depois parte foi alienado, depois recomprada por menos (ou mais?), uma confusão que ainda ninguém deslindou. E se Villas-Boas ficou a ver mais um jogador (seu) do FC Porto ao longe, pelo segundo ano, é problema dele ou do clube que representa que não dá o que deve.

De qualquer modo, Hulk é mais importante. O mercado leva o que tem de levar. AVB perde Modric e Van der Vaart, o FC Porto tem em Defour o "duplo" de Moutinho. Não é o mesmo, claro, mas em rendimento/golo a diferença esbate-se. Mas conquanto se mantenha Moutinho, melhor.

O mercado é cada vez mais complexo. E o dinheiro que o move também. Então o FC Porto não teria de vender uma das suas jóias, supostamente por falta de dinheiro? Pois, despachou a fruta podre e fez muito bem, por aí também se ganha e muito! Grão a grão, sacou mais do que um Garcia caceteiro que saberá o que são árbitros intolerantes com a violência em Inglaterra.

 

De volta ao mercado, um olhar, por exemplo, uns clubes trocam de caceteiros. Outros de suplentes. Mais as promessas por realizar. Ups...

 

As parangonas continuarão com outros nomes. Lima daqui, limar ali, desta vez o avançado brasileiro não temerá que o árbitro João "Pode vir o João" Ferreira lhe negue um penálti na Luz com empurrão pelas costas. Porque o caceteiro da casa já lá não está, vai substituir outro em Manchester, e porque há vermelho e vermelho, mas um é mais vermelho do que o outro.

 

Pelo sim pelo não, depois do Roubarte Gomes em Barcelos, e de Hugo Miguel ter voltado a fazer-nos lembrar de Roubarte Gomes - parece que não deram conta, mas aquele penálti de mão na bola de NDiaye foi mesmo mão na bola e não bola quase na mão como os que Roubarte Gomes marcou, dois dos três em 12 minutos, precisamente na Luz frente ao V. Guimarães -, eis que para Olhão aparece o João "Pode vir o João" Ferreira.

A completar 45 anos em meados deste mês, só haveria mais uma jornada (com o FC Porto em casa com o Beira-Mar, salvo erro) para poder nomeá-lo antes de atingir o limite de idade que o afastará da arbitragem. Os deuses não dormem, vigilam.