03 julho 2013

Vítores II

Algumas consequências das saídas dos Vítores. Gaspar, afinal, não é o Gasparzinho fantasmagórico, a não ser para assustar e afundar o Submarino Portas armado em lacrau às costas do sapo a quem pediu ajuda para atravessar o pântano para picá-lo a meio do percurso. Gaspar demonstrou que o Governo deveria ter-se demitido uma e outra vez de cada vez que o Tribunal Constitucional deu princípios para o Povo comer e beber nos seus laivos de governança programática. Gaspar demonstrou princípios, goste-se ou não dele(s). Portas apenas um que usa todos os meios para sobreviver. A cagança idiota de Portas, já quando foi ministro do Mar (!?) e ainda assoberbado com o caso dos submarinos, diz bem com o seu perfil: nariz adunco e fachada de respeito para pôr em sentido, e não só figurado ou figurativo, Maquiavel.

 
A Sócrates não trocaria um pneu furado e de Portas não receberia uma côdea de pão com receio de estar envenenado, como sempre esteve a sua permanência no Governo e sempre em busca de lá voltar abraçado ao PS com quem o PP se identifica e com ele andou aos beijos e abraços desde o contorcionista balofo Fretes do Amaral. Os Chuchialistas podem fazer o número de vitimização e de demagógicas manobras de diversão à moda do Benfica. Os paladinos do "Partido dos Contribuintes" mostraram ontem o que são e ao que andam e o seu ímpeto de reformistas do Estado vale o que vale quando Portas, com a incumbência, se retira ruidosamente qual serpente depois de atacar com veneno na ponta das intenções. Um nojo que o sonso Gaspar, deliberadamente ou não, acabou de expor. Portas morreu politicamente e deve ser responsabilizado pelos danos causados, maiores nos mercados como logo se sentiu.
 
Não contava com esta, até pela prosápia do "sentido de Estado" do ex-ministro dos submarinos... Um farsante a quem caiu a máscara nesta tragicomédia da política à portuguesa em que, profissional como o "Princípe" maquiavélico, Portas personifica o que de mau há e nos trouxe até aqui e sem alternativa à vista para endireitar o barco.
 
Pereira, de cuja entrevista não vi alguém debruçar-se sobre significados e conteúdo, confirma-se que saiu como derrotado apesar de aureolado como bicampeão. Já nem me interessa se o espicaçavam os duelos com Jesus, um pacóvio no altar da crendice saloia que faz manchetes de pasquins desacreditados e, à imagem dos figurantes da cena política, nunca há-de elevar o (seu) nível. Muito menos me alegra que Vítor Pereira venha dizer, passado todo este tempo, que Liedson chegou mal fisicamente, e muito pouco melhorou, ao Dragão em Janeiro. E, pior, percebendo, agora (?!), que Liedson não era o dos tempos do Sporting que, como então escrevi, lembro dos últimos tempos a mancar, e não a marcar, por Alvalade. Pereira surpreso? Que dizer da sua ingenuidade, para não falar ignorância, em antever a resposta do Levezinho resgatado a um dolorosa e incógnito fim de carreira? Eu queria era saber quem o chamou, quem viu nele uma alternativa a Jackson (fisicamente e até para inserir-se num modelo de jogo que nunca agradou a Liedson)? E, ao contrário da garantia do médico Puga, ninguém de bom senso, e com verdade em vez de sofismas, Liedson não chegou apto nem de longe, mas clinicamente foi caucionada a sua contratação com o desastre que se conhece. Mesmo que acidentalmente tenha participado no Minuto Kelvin do Campeonato.
 
As notícias dos últimos dias, que tenho apanhado no ar quando em viagens, motivaram-me para isto. Ontem, mais desprevenido e até pasmado fiquei. De resto, participei numa cerimónia em que, imodéstia à parte, fui um dos homenageados e no cocktail lá estavam uns melões a adornar as mesas dos acepipes. Não sabia que tinham sobrado do Benfica...
Por falar nisso, e juntando à cena política tuga, bem vindos à confusão: a Croácia à UE, as equipas a trabalhar com reportagens miseráveis e parolas no Seixal como uma oficina de automóveis de ostentação e o mercado serôdio de que um dia destes vou abordar.

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