Vá lá que pude ver os quartos do Mundial, ainda que não o prolongamento do "não jogo" da Costa Rica com a Holanda, por não ter paciência para os elogios à "organização defensiva" que só é elogiada porque não levou 3 ou 4 nos 90' de uma defesa porfiada tipo Argentina do Itália-90 mas sem Maradona para decidir e Goycoechea para defender os penáltis jogo a jogo. Ainda pensei, ao ouvir no carro o relato dos penáltis via TSF e enquanto passava pela frente da Câmara de Vila Verde com um ecrã gigante, sob chuva, a transmitir o jogo sem ninguém a ver - gorduras de um pequeno estado... -, que a maldição holandesa iria repetir-se como em 1998 e 2000, até que adorei ouvir que van Gaal substituía o g.r. para as grandes penalidades e ganhou a parada mesmo!
Ao Brasil sem Neymar resta mesmo só o apoio dos árbitros, patente mesmo com Neymar. É indecente ver o proteccionismo arbitral como no caso de Fernandinho carregar repetidamente James Rodriguez e não ver só um amarelo, algo que só mesmo Vítor Pereira poderia sublinhar e não o patarata parlador de serviço na RTP. Nem Hulk parece capaz de fazer a diferença, mas o futebol caceteiro de que se servirá Socolari só vai longe com árbitros medíocres: como é que a carga do Zuñiga a Neymar nem amarelo dá? Bom, se fosse o Bruno Alves por ca pediam vermelho, bastava ser do FC Porto. Já li referências a um excelente Mundial e a boas arbitragens. Tenho tido azar com estas. O uzbeque que não expulsa um gajo da Costa Rica a derrubar estrondosamente Robben junto à área e que era um segundo amarelo sagradinho pode ir para casa também ver a coisa pelo olho do cu. Vi alguns, poucos, jogos de muita qualidade mas não o das equipas categorizadas, à excepção da Alemanha e da Holanda. A Argentina vale por Messi e vai faltar-lhe di Maria - depois da época fantástica no Real Madrid, para mim um candidato ao pódio do FIFA Player of the Year, muito mais do que o embeiçado CR7 que voltou a meter a viola no saco. E se Messi cumprir um desígnio e o seu destino, se levar a Argentina a campeã com o seu talento ímpar presente em cada jogo, lá vai Bilardo ser "enculado" depois da profecia à Bella Guttmann...
Daí esperar a reedição da final de há 40 anos em Munique. O meu 1º Mundial apenas com 12 dos 36 jogos na tv: não vi muitos mais este ano. Também não esperava ver o Atlético de Madrid de novo quase campeão europeu para deixar escapar o troféu nos últimos segundos, como em 1974. Venha esse Alemanha-Holanda, equipas com grande parte ou a maioria dos jogadores que actuam no seu país e que me parecem ter os dois melhores treinadores. No fim, penso eu de que ganha a Alemanha. Helás, o Cruijff também acha o mesmo...
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