Depois de muitos dias fora e com ocasional acesso e tempo na net, que me fez acumular erros em escrita rápida num smartphone "comprado aos ciganos", também não tenho muito para comentar, até por acompanhar pouco, e de muito longe, as coisas, sem ler jornais, o que não faz falta mas já li que a média do Record já vai em 42 mil diários até Abril o que confirma que nem o Benfica vende pasquins quando ganha, e muito menos ver blogues, que me mantêm minimamente ligado ao mundo. A tv dispenso, não sou audiência nem aturo imbecilidades e vacuidades permanentes assim ao estilo Paulo Bento por isso tão apreciado nos me(r)dia, nem metade do Mundial segui nem vi sequer o jogo do adeus tuga ao Brasil, só o resumo e já não sei se em holandês ou em flamengo...
Entretanto, do pouco que vi ou ouvi ou li, retive uma frase de Pinto da Costa que diz bem do momento portista. "Tenho absoluta confiança no treinador". Uff, como se não fosse ele a escolhê-lo sempre, como se não tivesse dito já na apresentação de Lopi que este foi "a primeira, a segunda e a terceira escolha e por isso não podia recusar o convite do FC Porto", como se os portistas já tivessem esquecido a mesma garantia dada há um ano com o tristemente célebre Produções Fictícias, o maior imbecil que me lembro de ver treinador o FC Porto em pelo menos 40 anos mas que teve a hombridade de colocar o lugar à disposição e, por fim, porfiar para o mandarem embora, algo que sua santidade não teve a coragem de assumir e, cobardemente, Pinto da Costa, num toque caciquista marcante do final da sua era, jamais fez o mea culpa como se pudesse esconder o seu fracasso pessoal e a inoperância da SAD imobilista que vai conduzindo o FC Porto para a irrelevância sem ter tido a capacidade de explorar a subida, fugaz, ao topo. O que se vai comentando é uma torre de 7 metros para ver o treino, filmado ou só olhado. O costume.
O filão espanhol já eu antevia, na altura da descoberta do novo técnico, poder ser explorado à exaustão e resta esperar o que o mercado pode fazer em termos de vendas.
Mas fica, além da renúncia a comunicar o regresso a conquistas de vulto como o campeonato e o fim das ironias que poderiam, como em tempos, prognosticar que o FC Porto lutaria para "não descer de divisão", zombando com o "mercado" dos rivais, a lapidar e já consagrada certeza do presidente: ele escolheu o treinador, logo tem absoluta confiança nele.
Espero que corra bem e desde já afirmo que Lopetegui é uma excelente aposta. Pode correr mal, não deixa de ser um pequeno salto numa área sombria de desbravar em terreno de técnicos menos conceituados alheios às vicissitudes do nosso campeonato. Mas fico aliviado por o presidente ter confiança absoluta em quem escolheu. Ficaria admirado se dissesse, ou sequer pensasse, o contrário.
EM TEMPO - Lembro-me da capa do Rascord com o Jackpot da venda, em finais de Janeiro, de dois benfiquistas em mais uma operação esquisita e só para parvos do mercado e das notícias correlativas sopradas pelas instituições que operam no meio. Depois chamei-lhe(s) Jerkpot, por ser mesmo só para parvos engolirem. André Gomes e Rodrigo foram tão vendidos como uma vez Rui Patrício despediu-se de Alvalade a chorar no fim de uma época e repetidamente ser anunciado o seu último ano no clube até pelas presenças em fases finais pela selecção coincidindo com a ausência da Champions, por exemplo, sem nunca garantir qualidade e admiração para ser cobiçado. Vejo, entretanto, que Garay, um enorme central de qualidade indiscutível, foi vendido ao preço de saldo de outros no passado recente. E que Enzo Perez acha Portugal "uma merda!". E estou de volta ao Portugal que já esqueceu as agruras dos bentinhos e às notícias fabricadas por aqueles que em tempo anunciaram que os jornais são para embrulharem as notícias com o melhor papel enquanto prognosticavam que as vendas de 100 mil diárias pertenciam ao passado. De outro século, é verdade, mas o regresso ao futuro não traz nada de novo. E eu vou estar longe disto outra vez, cada vez mais distante. Já nem irei inserir capas do passado nem prognósticos só no fim do jogo, que me entupiam o computador de casa.
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