22 maio 2015

Há 4 anos, alguém se lembra?

Neste dia, em 2011, o FC Porto chegava ao Jamor com um campeonato ganho só com 3 empates concedidos em 30 jornadas e uma Liga Europa disputada de fio a pavio ganha com um voo de Falcao em Dublin. Para compor o ramalhete, uma goleada das antigas e James a marcar 3 golos o que já não sucedia há 30 anos na final da Taça de Portugal. O V. Guimarães foi desbaratado com 6-2 e a época de AVB ficou como uma das melhores de sempre.

Hoje fecha-se um campeonato triste e vigarizado, em que o FC Porto aceitou fazer o papel de bobo da corte, deixando-se a dado ponto emudecer pelo politicamente correcto discurso em vigor até perto do fim.
 
Pode ser a despedida de Jackson com mais um título de melhor marcador, o terceiro em outros tantos anos de Liga tuga em que logrou um título de campeão, um 3º lugar da temporada finda do experimentalismo patético de uma SAD à deriva e um 2º posto desconsolado desta época na senda do aventureirismo, necessário face ao descalabro de 2014, que trilhou mau caminho e deixou uma época sem troféus pela primeira vez em mais de 30 anos.
 
Pode ser o sinal dos tempos, pode até apanhar alguém esquecido, um parolo deslumbrado com certeza, mas deveria reflectir.
 
Porque em 2011 iniciou-se o ciclo de outro tri, um tri condimentado por mais dois títulos e só uma derrota e sabemos bem como houve paixão com o galo de Barcelos.
 
Em 2015-16 pode iniciar-se outro ciclo de tri, mas sem campeonatos ganhos.
 
O declínio é evidente, já perceptível após o Tetra com Jesualdo Ferreira e a desconsideração pelo treinador que soube ser grande sendo antes ter sido campeão como técnico principal. O resgate casual com AVB teve o martírio insuportável de um Vítor Pereira bicampeão escorraçado por grunhos e desvalorizado também pelos mesmos da Administração.
 
E, contudo, não parece fazer sentido qualquer paralelismo.
 
A não ser, voltando a James, um paralelismo a modos do grunho do Carvalho que desconfiava dos 60ME de James e hoje, despudoradamente, avalia apenas potenciais talentos leoninos com uns pornográficos 60ME e sem se rir nem ninguém fazer ondas, quando vimos James numa época formidável mesmo sem ter ganho nada no Real Madrid mas carregando o melhor que o campeão europeu teve durante a época.
 
Não se esqueçam, enfim, que falamos sempre do FC Porto. Que hoje, sabe-se lá com quantos adeptos desencantados, se despede com o último, o Penafiel, com o qual há 10 anos, no seu estádio 25 de Abril, se abriu o ciclo do Tetra que Jesualdo soube prosseguir mas deixou Adriaanse, o revolucionário maluco, pelo caminho, ainda de novo tiro ao alvo de uma SAD que abateu todos os treinadores vencedores e acaricia os perdedores porque por eles é responsável máxima.

Dia de despedida deve ser também para Olegário Benquerença. O árbitro que só queria ser profissional se pagassem bem o suficiente para ter de aturar os nomes dados à sua mãe e às virtudes da sua vida particular ainda há dias se baldou de um jogo qualquer em Arouca. Já acabou a carreira internacional e dificilmente tem mostrado empenho em manter-se por aqui mais uns tempos. Não se perde grande coisa, pois nunca foi bom árbitro embora pudesse querer mostrar independência ainda que sem firmeza e muito menos convicção nas suas decisões. Mas sem dúvida que os que ficam são do pior.

Sem comentários:

Enviar um comentário