15 setembro 2010

Mudar aos 3 e acabar aos 6

Podia ter sido o dobro e com o Arsenal sem metade de titulares e a jogar a metade da velocidade normal. E dispenso-me de, à meia dúzia, acrescentar dois penáltis por marcar, uma bola no poste, outra sacada sobre a linha de baliza entre muitas oportunidades de golo iminente. A rapaziada entusiasta de Braga, infelizmente, não se dera conta de como a Champions é dura, não é só ouvir o hino da competição e o tilintar do dinheiro.
É só, mais um, para saber-se que o ritmo das equipas inglesas de topo não tem nada a ver com o que nos habituámos a conhecer por cá e só se agravou na última década. Já 6-0 tinha levado, nos anos 80, o Braga no Tottenham. Mas, como previ após o Porto-Braga, a tracção atrás não favorece quando se joga no Emirates e o Braga tem muita gente pesada no meio, a que Domingos juntou o impreparado Hugo VIana, e, independentemente de tudo, eles jogam muito bem a bola e sem bola, de uma maneira ou de outra com uma agressividade que os faz levarem tudo à sua frente.
Não é para achincalhar e muito menos para justificar goleadas de 5-0 e 4-0 que o FC Porto tem sofrido do Arsenal. Nada disso. Esta é a pura realidade, tal como será, presumo, a passagem também do Shakhtar à fase seguinte, restando ao Braga resistir até ser repescado para a Liga Europa com o hoje modesto Partizan, ainda que tenha de suplantar Stojkovic na baliza que uma vez defendeu tudo na "Pedreira" pelo Estrela Vermelha.
Arsenal só há um e na máxima força é um candidato ao título europeu, que persegue desde sempre mas tem um exército impressionante para desbravar caminho mais uma vez.
Para os fala-barato e bota-abaixistas que gozaram as derrotas do Porto lá, só é pena que emblemas como os do recreativo e do desportivo da capital não possam sentir o que é jogar com equipas verdadeiramente do mais alto nível mundial.
Fica o registo que poderia ter dado a maior goleada de sempre sofrida por uma equipa portuguesa. Já que aqui realçara a proeza de ganhar duas vezes ao Sevilha, arrogante e com menos preparação, não podia dispensar-me desta nota, de resto antevista após o jogo de sábado no Dragão.

A propósito de subalternização (à parte o jogo)
Reparei nisto à hora do jogo que vi num café e onde li o jornal: o Rascord enviou um escriba com o Braga; mas para o Real Madrid juntou ao escriba um fotógrafo. Entendam como quiserem. (ah, e li um comentário inicial do "shreck" daquela coisa imunda que é de meter nojo aos cães, mesmo os do Benfica a quem era destinada a aparente "reflexão" - mais autocomiseração entre crítica interna e arrufo externo de eventual poder, isenção e independência que não tem - descabelada como o autor).
No day-after pela Imprensa
A vantagem de ser um clube pequeno é não ter nem o resultado em manchete nem direito a título de "humilhante" ou algo parecido. Não é mau, atenua a dor. Politicamente correcto é assim e a Imprensa dita desportiva desta vez respeitou o seu papel.

2 comentários:

  1. Vamos ter um seleccionador avençado...Treina a selecção Portuguesa nos dias em que estiver de folga do Real Madrid.Não acredito que o Mourinho aceite.É um risco muito grande.

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  2. O Domingos mais uma vez, a acreditar nos seus comentários recentes, teve muita infelicidade, escorregaram os defesas, o Guarda Redes atirou-se uma série de vezes para o lado errado e ainda por cima o avançados estavam com a pontaria exageradamente alta.

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