Rápido a rodar na Europa este FC Porto mecanizado

Foram 3, também podiam ter sido 6 (penálti por marcar, bola na barra, boas defesas do g.r. austríaco) e um FC Porto em rodagem mais de efectivos do que de suplentes mostrou que a integração plena de todos está em Rápido andamento e a Europa ajuda.

Rodriguez algo complicativo no lugar de Varela, Ruben Micael ainda lento/ferrugento no meio-campo por Belluschi e Fucile um bocado incerto na posição que tem sido de Sapunaru foram as trocas de André Villas-Boas em relação ao onze habitual até aqui. E se os processos de jogo estão já assimilados, o processo de rodagem competitiva inicia-se com a intromissão das partidas europeias de que a eliminatória com o Racing Genk foi precisamente para dar corda aos sapatos e manter a veia goleadora na Europa: média superior a 3 golos por jogo.

Um Rapid forte fisicamente e duro a defender, com ocasionais raids velozes e objectivos na frente complicou na 1ª parte, mas soçobrou na 2ª metade com mais bola, mais cantos e mais remates portistas. Walter ainda entrou mas se os outros andam "perros" o brasileiro está mais enferrujado e parece de outro planeta que não compreende onde se meteu.

Quem dá conta de andar por cá há muito tempo é João Moutinho, que fez o melhor jogo pelo FC Porto e continua inoxidável, com Fernando a secundá-lo na autoridade do meio-campo portista a reduzir ao mínimo as investidas austríacas.

Mas o jogo esteve longe de agradar, pela lentidão e incerteza na movimentação colectiva resultante dos elementos menos rodados e menos confiantes lançados de início, Hulk individualista a estender a ineficácia do inseguro Rodriguez.. Porém, pouco mais há a dizer, a não ser a atenção notória e o serviço impecável nos lances de bola parada defensiva, com perigo dos livres laterais do Rapid. Já no ataque, quase sem querer, dois golos resultaram de pontapés de canto, o primeiro sem ser de forma directa e o segundo a permitir o cabeceamento de Maicon - a melhorar nitidamente depois dos jogos iniciais de nervosismo - e a recarga de Falcao. Ruben Micael, que em termos musculares parece um tipo "vidrinho de cheiro" e que pode mais romper do que durar, acabou por assinar o golo da noite após duas tabelas e um tiraço meio em força e meio em jeito. E, em suma, que os movimentos ofensivos e defensivos já parecem interiorizados praticamente por todos e faz parecer fácil a mecanização que é o "óleo" para tudo carburar rápido e em pleno. Como as vitórias incontestáveis o demonstram - e vão 8!

anedota: não havia necessidade de chamar Gaitan a Falcao no 2-0, nem é pela confusão do benfiquista J. Augusto Marques que se diverte com LF Vieira nos ecrãs com o Benfica sempre nas tontas cabecinhas, mas o argentino tem jogado pouco e nem sequer marcou; bem, acabou por superar a burrada de achar que o equipamento normal do Rapid é vermelho, quando é à V. Setúbal de listas verticiais verdes e brancas, porém há coisas que nunca mudam e até calados estes tipos são capazes de se denunciarem...

Denúncia: como fez o Carlos Teixeira em primeiro lugar, eis a ficha do Público do jogo do Dragão

Ficha de jogo

FC Porto, 3Rapid Viena, 0

Jogo no Estádio da Luz, em Lisboa.

Assistência 30.014 espectadores.

FC Porto Helton 6, Fucile 5, Rolando 7, Maicon 7, Álvaro Pereira 6, Fernando 7, Ruben Micael 6 (Castro -, 82’), João Moutinho 7, Hulk 5 (Belluschi 6, 69’), Rodriguez 5 e Falcao 6 (Walter -, 78’).

Rapid Viena Hedl 5, Kayhan 5, Sonnleitner 4, Soma 5, Dober 5 (Patocka 5, 79’), Hinum 5, Kulovits 5, Kavlak 5, Hofmann 5 (Trimmel 5, 73’), Saurer 5 (Drazan 5, 62’) e Nuhiu 4.

Árbitro Douglas McDonald 4, da Escócia. Amarelos Dober (18’), Hinum (39)’ e Rodriguez (61’).

Golos 1-0, por Rolando, aos 26’; 2-0, por Falcao, aos 65’ e 3-0, por Ruben Micael, aos 77’.

Notícia actualizada às 22h40
A actualização deixou lá o velho vício; mas a verdade é que o hábito da Liga Europa é naquelas bandas.