19 setembro 2010

Relatório (Bo)Ronha (XXVIII): Amândio das senhas já recebe em dinheiro?


Por um lado, Madaíl é normalmente confiado pelos Pares da Porcalhota para tratar das coisas sozinho, em nome do colectivo. Bem, pode sempre arranjar um compagnon de route. Nas coisas da Selecção, ele que se virou para Scolari, depois para Queiroz e, agora, para Paulo Bento quando, foi noticiado, era este a opção de outros e não do presidente-executivo, era de esperar que o responsável directo da coisa, o inefável Amândio de Carvalho, fosse participante activo.

Não foi, como agora não é, e não será também nem com o vizinho Paulo Bento. Amândio de Carvalho, de facto, não se sabe bem o que faz, para que serve e o que representa, mas é o vice-presidente, sénior, com o cargo das selecções. Não risca na escolha dos seleccionadores, mas disse a Queiroz, antes do jogo com a Bósnia, que ele não era o seleccionador que gostaria e não acreditava na qualificação para 2010.
Há dias, para responder ao "Inquérito do Polvo", o antecessor no cargo César Carvalheira aludiu a tudo isto: O que faz e para que serve Amândio de Carvalho, que um antecessor mais recente no cargo, outro inefável Boronha, insta a escrever um... relatório. Assim, há dias:
("para quando um 'relatório amândio de carvalho'?...
óh homem! não tenha medo!...
eles não o vão poder 'aleijar' muito mais!... depois de todos os 'pontapés', pela frente, de lado e pelas costas, que já levou!
quem desempenhou o papel de 'imediato' numa (auto-intitulada) armada de 'navegantes' não pode ter receio de marinhar num mar um pouco mais encapelado...ou passarão, todos!, a serem considerados uns medrosos marinheiros de água doce!")?
Mais: César Carvalheira lembrou que, no tempo dele (há quase 20 anos), no tempo de Boronha (já neste século), no tempo de Amândio de Carvalho, os dirigentes da FPF recebiam senhas: de gasolina, de presença, talvez de almoço, enfim senhas.
O problema, daqueles problemas que nunca vêm em relatórios de vice-presidentes federativos ousados numas ocasiões e silenciosos noutras, é que a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) fez uma auditoria ou investigãção há uns anitos e a coisa das senhas dava para muita... coisa. Uma multa significativa caiu para a FPF pagar.
Como resolver estas coisas numa Comissão Executiva em que só o presidente, Madaíl, é pago? Comentou-se, logo no início e isto vai há uns 5 ou 6 anos, que receberia 5 mil euros mensais.
Os Estatutos reconhecem o presidente-executivo e pago, mas não que se deva pagar a mais alguém. Não são carolas os dirigentes que até vêm do antigamente, como Amândio de Carvalho?
Não, parece que, ao arrepio dos Estatutos, não é só o presidente que é pago. O que dantes recebia em senhas, Amândio de Carvalho, diz-se, recebe agora 3 mil euros mensais. Um vice-presidente pago contra o que está instituído, mas que risca pouco na matéria que lhe está incumbida. A não ser para desfazer o nomeado seleccionador e mostrar uma opinião pessoal - além, por fim, influenciar o alegado colégio directivo para pressionar o presidente a despedir, sem mais, aquele que o presidente-executivo escolheu. A FPF no seu melhor.

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