Depois de tantos opinarem sobre as razões das renúncias de Simão e P. Ferreira, por causa de Queiroz mas não a fugir do caos por nojo, e o João Manha compara o vocabulário deste e do anterior seleccionadores; enquanto o povo opina e é chamado a "votar" nos pasquins destrutivos, eis que quando nada fazia supor que a coisa piorasse "isto" ficou ainda mais "maluco".
Agora não há que fugir, aos tremendistas calculadores e opinativos, que para Eduardo errar duas vezes de forma clamorosa, fazendo perder 4 pontos que era os que a Selecção Nacional poderia ter neste momento, é porque também quer mal ao seleccionador, apesar de ter saltado para a ribalta porque Queiroz o promoveu, tanto para ser herói no Mundial como vilão dois meses depois de sair tanto em ombros como a chorar da África do Sul.
E a defesa de Bruno Alves de "a derrota ser de todos" volta a não colar com mais um erro individual tremendo que faz retirar toda a leitura possível do jogo que Portugal dominava em Oslo. O "ambiente" que alguém (ir)responsável ajudou a criar para esta ser uma Selecção azarada e incompetente criou mais uma vítima, consumada em mais uma derrota "histórica" que os histéricos da modernidade vão proclamar aos berros, percebendo talvez que "o pior arranque possível" é mesmo a perder e a Lei de Murphy está tanto em voga quanto o Princípio de Peter de cada um ir até ao máximo das suas competências
E enquanto as manchetes amanhã tocarão mais do mesmo para a frente, todos orquestrados pelo sereno Laurentino a exigir acções a Madaíl e à FPF na reunião de 5ª feira, o funeral do futebol português, que há dois meses saiu do adro com andores coloridos e patuscos quase a simular uma festança com o extermínio do seleccionador, tem lágrimas e petições por muitos anos.
Digo há dois meses, mas poucos o entenderão, depois de uma premonitória manchete de O Jogo sobre as críticas, no avião privado do patrão e "amigo Joaquim", que a comitiva para-oficial teceu ao desempenho no Mundial, onde julgavam capaz de Portugal virar a África do avesso 500 anos depois.
Já outro Joaquim, o Rita, ouvi na A1, ainda acredita, como eu, no apuramento, sob condição, que já não partilho, de isto só ir lá com outro seleccionador, como se o futuro passar por aí e não pelos quatro anos de contrato com Queiroz que para o comentador radiofónico são a origem de todo o mal quando era suposto - e Madaíl aceitou-o também como desafio pessoal e desígnio único que poucos, ainda hoje e menos ainda nesta hora de trevas e porvir sombrio, são capazes de entender - ser o relançar de mais 20 anos de êxito do futebol português como foram os 20 há pouco celebrados depois da pedrada no charco de 1989 em Riade.
Também ouvia hoje, em viagem, adeptos "romanos" a clamar por sangue e uma adepta, a última que ouvi num fórum de ignaros que se repartiu também pela TSF, a torcer por uma derrota como forma de isto ir ao sítio. Não vai, seguramente, mesmo que sejam, mais uma vez como confio, jogadores e treinadores (sejam eles quem forem) a levarem Portugal a mais um Europeu só para tapar os olhos a muita gente incapaz de perceber as condições necessárias para ter êxito a longo prazo.
A decadência da equipa, a perda da classe internacional, em suma o fim da Geração de Ouro que a Geração Mourinho no FC Porto prolongou por mais um lustro, é inelutável e acentuada desde 2008 apesar das "saudades de Scolari" incontidas no PM Sócrates até perante os Navegadores em vias de partirem para o Mundial de todos os Adamastores. A minha opinião sobre a equipa no Mundial prenunciava o que acabou por ver-se e com a desordem sem tino do Laurentino o caos está para durar. Esta convocatória, com jogadores em desordem pelo louco mercado e fora de forma (Meireles, Tiago, M. Fernandes, Miguel, Br. Alves), poderia ter alertado para duas coisas: o momento crítico incontornável para estes jogos sem preparação e equipa e as razões da exclusão de alguns jogadores do Mundial (Moutinho ainda sem merecer a confiança dos técnicos apesar de jogar e Miguel Veloso mais timorato que o estreante Sílvio, este ainda a "mandar" Miguel, credenciado por seis dezenas de presenças, para o banco).
Mas é o sinal dos tempos, mesmo que uns vagos comentadores recusem ver o que entra pelos olhos dentro.
Na altura em que, como se em 1989 não fosse já assim e todos o esquecessem, desde o Manha e Rita então jornalistas de valor, ao Boronha dirigente de clube (Farense) de I Divisão por sinal cheio de estrangeiros apesar dos matrimónios de conveniência que serviam a muito boa gente à época, volta a instalar-se o pânico de uma maioria de estrangeiros na agora I Liga com duplo patrocinador, através do atento Sindicato dos Jogadores do diligente Evangelista descobridor da pólvora só para "aparecer", a solução, dizem, é entregar uma cabeça a Madaíl, perorando para ele juntar também a sua, por forma a isto ir aos eixos, com tudo fora do sítio.
É, portanto, em delírio total, insano mas efusivo, celebrado por "votantes" ignaros (ouvi tanta gente falar de coisas erradas, inconscientemente debitadas com a maior certeza de factos totalmente ao arrepio das suas convicções parvas e palpites bacocos, pior do que universitários escreverem português escorreito) e aspirantes a cargos, que chegamos ao ponto máximo do circo romano. Sangue na arena para entreter o povo.
Afinal, vencido o caso Casa Pia sem que Marinho Pinto, bobo da corte e bombo do cortejo reverencial ao poder instalado, não evitasse opinar também, o Orçamento de Estado a parir pelas prostitutas em partes iguais precisa de mais distracção do povo, que esteve 30 anos a evocar o Mundial-66 e passará outros tantos até ver a luz ao fundo do túnel onde este cortejo da bola passará sob reprovação dos pantomineiros que tiveram tanta gula e evasão da realidade quanto Madaíl, todos cegos pelo "fogo de vista" que era o canto do cisne de 2004 a 2006.
E já perceberam, atentos a todos os pormenores, porque não meto "foto". Ou teria que ser o "bacalhau" que era o cromo mais valioso nos meus tempos de miúdo, com a cara do Eduardo, sob pena de repeti-lo, ou não faltariam figuras de tantos figurões desta ópera bufa de vociferantes encartados. Simplesmente, ponho a escrita em dia enquanto ando por fora sem tempo para merdices e vontade de alindar a coisa, porque está feia e preta, no offence...
Isto de andar a ler este blog anda-me a deixar mal-disposto, tem alguma ideia porque será?
ResponderEliminarSó falta, realmente, vir o procurador geral opinar também sobre a casa pia para completar o quadro. Esse que ainda deve pertencer ao grupo de responsáveis que anda tanto em voga.
Se fossem responsáveis suicidavam-se todos que já vão atrasados.
Pode ser que a gente ganhe ao Braga e fique mais bem disposto. E há sempre o Robertão...
A Federação precisa de uma limpeza geral.
ResponderEliminarÉ inadmissível uma situação destas. Até os jogadores se questionam e apelam a uma rápida resolução. Precisa-se sangue novo na Federação.
Só isso.
É impressionante essa mentalidade portuguesa do quanto pior, melhor. O oportunismo de algibeira que condena a uma eterna estagnação deprimento e sem rumo.
ResponderEliminarAs pessoas esquecem-se do lixo que precede Queiroz e do final dessa era de ouro, como bem apontas, prolongada apenas pelo FCP europeu de Mourinho. Esquecem-se que a maioria dos jogadores convocados são medianas figuras no panorama internacional, sem minutos nas pernas e tino na cabeça.
Na TSF, onde segui o jogo, às duas por três lá vinha o Rosado pedir a cabeça do CQ como se isso fizesse nascer automaticamente um ponta de lança apto ou um médio com critério criativo. O povo lá acredita, como sempre, em todas as estupidezes que lhes contam. Por isso, assim vamos.
A Bélgica também teve uma geraçao de ouro e uma presença muito positiva nas grandes provas entre 1980 (finalistas do Euro) até 2002, falhando apenas 3 Europeus e nenhum Mundial. E agora por aí anda. Para não falar de uma Holanda que entre 78 e 88 não existiu para o futebol internacional. Portugal, país pequeno em tudo, tem de olhar para esses exemplos tão similares em tudo, em vez de procurar o sangue capaz de alimentar o voraz Laurentino.
um abraço
Bom Dia,
ResponderEliminarMalta mas nós somos portugueses ou quê?
O nosso prazer é apoiar a selecção e o FCPorto.
É verdade que ontem a selecção não fez uma "grande exibição" mas a culpa daquele golo foi do Eduardo, que me fez lembrar o Roberto.
Sem dúvida que o Cristiano Ronaldo faz falta há selecção, sem ele e o Quaresma não sei onde vamos parar.
Abraço
Boas,
ResponderEliminarIsto da selecção vai de mal a pior, mas sem o Ronaldo não sei não.....
abraço