Constato ainda que, em entrevista à SIC, Carlos Queiroz mostrou-se disposto a lutar. Pelo seu nome e reputação, conta uma justiça encomendada e manobrada nos bastidores e por um futuro melhor do futebol português que a nível da Selecção continua atrás das proezas que os clubes nacionais conseguem.
Só apanho alguns ecos das declarações do seleccionador, depois de um dia fora, mas parece-me o suficiente para entender que, ao contrário de 1993, ele não está disposto a abandonar e deixar isto entregue aos mesmos mediocres de sempre, um deles apresentando-se, de novo, pimposo chefe de comitiva da selecção que se conentrou em Braga, o Amândio de Carvalho que corporiza a porcaria ainda existente na FPF refém dos problemas de sempre na sua capacidade de gerir, e dirigir, o futebol português como lhe compete mas não é capaz. Hoje já sem muitos fardos de então, como a organização dos campeonatos profissionais, mas se com menos tarefas a cumprir continua sem ideias e capacidade para gerir o que lhe sobra. É triste mas é assim.
Queiroz vai à luta, também porque tem contrato a respeitar, mas parece-me que continuam a passar ao lado das razões abstrusas deste processo movido por gene medíocre que não ganha nada no Desporto e só se serve dele mas não traz visibilidade ao País.
É uma boa luta, ainda que poucos estejam dispostos a alinhar do lado certo da barricada. O futebol português, em 2010, não é o de 1993 nem o dos últimos 10 anos de qualificações internacionais. A Geração de Ouro, incapaz de ganhar a sério depois da emancipação, foi-se e perdeu-se o motivo de se alimentar novos meninos no berço. Tão basbaques como os dirigentes federativos, muitos comentadores vivem na ilusão de Quaresma ser como Figo e Cristiano Ronaldo como Rui Costa. Não são e não há de novo condições ideais para ter sucesso. Falta retaguarda que não passe por legislação idiota que ponha em causa quem ouse arriscar no sentido de um futuro melhor e vê muito mais do que os meros resultados de campo a que tantos se habituaram sem saber, como um antigo vicepresidente da FPF e ex-chefe das selecções nacionais, António Boronha a quem é dedicado todo este dossier, de como manter as coisas organizadas e prontas nos gabinetes e nos campos de treino, já nem se fala de uma Casa das Selecções que um conhecido autarca dos mais "mediáticos" e "famosos" tem há anos para implementar no seu cantinho lisbonense de orgulho e miséria (Fernando Seara em Sintra).
Ze Luis, ja leu as noticias de hoje no DN? E' inacreditavel.
ResponderEliminarSe concordar, subscreva a petição e divulgue-a pelos seus contactos:
Petição Defesa da Dignidade, Honra e Continuação de Carlos Queiroz como Seleccionador Nacional :
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N2928
Obrigada.
Ana, eu não sou muito de estados de alma, sinceramente, ainda que ao escrever o que escrevo e como o faço denote um sentimento para aqui ou para acolá.
ResponderEliminarNo caso Queiroz assumo a defesa do seleccionador, náo por ser quem é, mas por ninguém merecer o tratamento que lhe foi dado e para mais não o merece.
Conheço suficientemente o fut. port. para saber o que é com e sem CQ, o que foi e o que podia ser, o que não conseguiu e o que vai deixar de conseguir.
Posto isto, lembro que uma petição de 90 mil assinalturas não mereceu, como devia e está consignado em lei, ser apreciada na AR pelos deputados eleitos pelo povo e que deviam respeitar o sentir do povo assim expresso. Foi sobre um referendo por causa do casamento gay, mas podia ser por outra coisa qualquer.
Para o caso em apreço, disponjho-me a assinar a petição, porque quero que CQ continue e tem mérito e competência para isso, já o digo há muito e sublinhei-o após o Mundial do qual faço uma leitura mais positiva do que muitos detractores.
Mas as petições, como aludo acima, não impõe nada, isto vai com sentido proifissional das pessoas e das instituições, algo que pode ser torpedeado de forma vil e ignóbil com processos como o que insistem em mover a um homem que pode, definitivamente, meter as selecçóes nacionais nos carris certos por muito tempo.
A "inclinação" de uma petição ou o voto num televoto a 0,60E+IVA vale o que vale e não tem significado na hora de as pessoas responsáveis decidirem o que deve ser o melhor e pela qual são, obviamente, responsabilizadas.