22 novembro 2010

Bin Laden ou Nobel da Paz (V)?

Porque o merece, por si só, eis momentos elucidativos do personagem.


Este é já um clássico. Nunca foi internacional, nem esteve perto de sê-lo. Mas Paulo Baptista, de quem ouvo há anos histórias horrorosas da boca de vários presidentes em especial da II Liga, é quase um caso doentio de mau árbitro, incapaz e incompetente.
Sem ter alguma vez apitado jogos grandes, que o estatuto não lho permite porque quanto a categoria esse "pormenor" é quase irrelevante e não distingue verdadeiramente uns dos outros com ou sem insígnia da FIFA, Paulo Baptista tem um rasto de más arbitragens e resultados viciados. Mesmo em jogos menores faz falar de si e no Moreirense não foi excepção.
Sendo menos mediático, com jogos de menor calibre agonístico-competitivo, este já rodado árbitro de Portalegre com cara de moço tem um rasto indelével de jogos paupérrimos com o FC Porto. Há dois anos, na Reboleira, conseguiu não marcar três penáltis para o FC Porto, além de um golo mal anulado com culpas para um auxiliar e, depois, na Taça, também com o E. Amadora, logrou negar dois penáltis claros no Dragão. Há coisas que remontam há 10 anos, desde um golo de canto directo em Guimarães, claramente dentro da baliza, embora com culpas para outro auxiliar de Paulo Baptista.
No Moreirense-FC Porto, este pobre diabo da triste arbitragem lusitana conseguiu a unanimidade, que é rara, do Tribunal de O Jogo quando a um penálti nítido sobre Hulk e um golo mal anulado aos locais. À parte os parolos do costume que peroram sobre arbitragem apenas com o olho cego na análise descabelada e desonesta das imagens possíveis no panorama audiovisual, a verdade é que não restam muitas dúvidas de que o FC Porto podia ter-se adiantado no marcador a meio da primeira parte, conquanto os do costume garantam que devia chegar-se ao intervalo com vantagem do Moreirense.
Hulk foi simplesmente abalroado na área por um magano que nem imaginou onde pudesse estar a bola quando foi de frente, quase em perpendicular, contra o Incrível que já tocara há séculos a bola para a frente. O árbitro viu e não marcou, o seu auxiliar também em cima da jogada nada indicou aparentemente.
No golo de recarga de Antchouet há só um homem a falhar, o auxiliar que dá indicação de fora-de-jogo do avançado depois de Beto defender um remate forte de longe. Mas é um caso difícil de avaliar, só se vê na repetição, conquanto as imagens quase garantam que Maicon põe Antchouet em jogo. Muito difícil mesmo, até dar a impressão de início de que havia mesmo fora-de-jogo, com a noção de Antchouet estar mesmo adiantado milimetricamente. É certo que em situação de dúvida favorece-se o atacante. O golo podia perfeitamente ter sido validado. Mas não é crime nenhum invalidá-lo, porque a cabeça de Antchouet, para ser rigoroso, é a parte do corpo que surge um nadinha adiantada à linha de fora-de-jogo "traçada" por Maicon.
Há, portanto, duas formas de ver os dois lances polémicos. Nenhuma dúvida na carga ilegal, que nem é sequer obstrução como já li por aí, sobre Hulk que é penálti na área. Muitas dúvidas sobre a situação do golo do Moreirense.
No penálti inatacável, é curioso notar como o árbitro é protagonista por marcar, a seguir, uma obstrução de Maicon a Antchouet, que é discutível face a obstruções flagrantes daqueles jogadores que tapam tudo ao adversário para dar tempo a que a bola saia do campo, por exemplo. Mesmo na zona da linha de meio-campo, lá saiu amarelo por uma obstrução.
Este artista Baptista, quiçá para emular o apelido do sadino já retirado que facilmente se confundiu em toda a carreira com Vigarista, foi aquele que na época passada, na Choupana, conseguiu marcar uma falta, de resto inexistente, sobre David Luiz a dois metros da área, transformando-a em penálti que o cepo do Cardozo falhou.
Este gente tem nos genes o sangue falso e o futebol cobre-se de ridículo com artistas destes que para uns serão como Bin Laden e para outros merecem o Nobel da Paz.
Bruno Paixão sempre foi a referência do mal endémico da arbitragem portuguesa. Principalmente por causa do Campomaiorense-FC Porto, o maior roubo de arbitragem alguma vez realizado, e praticamente impossível de idealizar na sua enormidade, em Portugal. Mas o Bruninho, ou de tão experimentado ou de tão queimado, sem prejuízo de ter os seus deslizes de escola, aliás formado na esteira de outros monstros da arbitragem nas margens do Sado, ultimamente tem-se saído bem. Confesso que, ao saber da nomeação, previa que o P. Ferreira já estava eliminado na Taça de Portugal, mas verdade seja dita que o jogo de Alvalade não teve problemas técnicos ou disciplinares de relevo e passou sem casos de arbitragem. Ainda bem para o futebol, para o Sporting que pode pagar a meias com o Benfica uma estátua cheia de Paixão por favores múltiplos, e para o próprio árbitro.

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