06 setembro 2011

Isolados, sozinhos, sem ninguém

Pronto, a equipa só com vitórias ganhou, naturalmente, à equipa só com derrotas. O FC Porto fica sozinho na liderança do campeonato, com certeza para surpresa da RTP, e na 6a-feira pode dilatar a vantagem antes do teste a sério da Champions. James estreou-se com dois golos, Kléber estreou-se nos golos apenas, o primeiro é uma confirmaçao, o segundo nao afasta as dúvidas e o jogo com o Shakhtar permitirá avaliar em concreto a aposta de risco de... só apostar nele na Europa.

Nao consegui ver o jogo a nao ser alguns flashes no fraco streaming da net, aliás vi apenas o 2-0 por Kléber. Várias alteraçoes no onze, Àlvaro voltou e Fucile foi para a direita, Maicon por Otamendi (na selecçao), Fernando por Souza e Belluschi por Guarín mantiveram o nível elevado e nao é no plano interno, como tenho repetido, que o FC Porto se debaterá com rivais à altura, acredito que possa, deste modo, fazer até 100 jogos sem perder. A questao, como se sabe, é para o nível da Champions mas nao quero forçar o que pode ser visto como pessimismo quando apenas pretendo ser realista. Nao faltará, seguramente, quem assegure que Kléber é mesmo a soluçao e Falcao poderá ser esquecido, até pela leitura variada que se pode ter, como tenho, da sua transferência no plano económico e que tem suscitado um alegado debate patético sobre o assunto. Entretanto, também fomos capazes de sofrer dois golos de uma equipa fraca, como já antes sofremos do campeao da II Liga apesar do valor gilista que realcei e que até justificou mais golos...

Onde estou tive de resignar-me a ver a medíocre Inglaterra entre uma mancheia de bêbados britânicos entre os quais um perguntou, no final, como tinha ficado o jogo...

Depois, là se mudou para o Espanha-Lichtenstein onde, uma vez mais, apesar de um opositor sem história, a TVE conseguiu ser profissional e dar uma amplitude do momento impossìvel de replicar em Portugal. Tenho a certeza de que a RTP, além das outras tv's tugas, possui gente que viu mais tv no estrangeiro do que eu, mas impressiona-me como em Portugal os programas desportivos sao tao maus e as transmissoes tao bàsicas. Com o jogo espanhol em Logroño, ao intervalo a TVE recapitulou os bons momentos da I Divisao com o Logroñés, algo que ninguém seria capaz de evocar se um jogo da selecçao fosse disputado em Faro ou mesmo Viseu...

2 comentários:

  1. é simples: os espanhóis continuam a gostar muito mais deles que nós. e invejamo-os por isso, não fazendo nada para melhorar.

    um abraço e bom resto de férias,
    Jorge
    Porta19

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  2. A ausência de alguns internacionais não impediu que os Campeões nacionais escalonassem um onze forte, competente e eficaz. O plantel dispõe de óptimas soluções. Álvaro Pereira reapareceu a titular, tal como Fernando, Belluschi e James Rodríguez. E até Hulk, que jogara no dia anterior pelo Brasil, foi também titular.

    O treinador do União de Leiria, apresentou um esquema de futebol no campo todo, com especial atrevimento ofensivo, como eu gostava aliás, que todas as equipas assumissem.

    Resultado, uma goleada. Nem foi necessário ao FC Porto apresentar um futebol de grande gabarito. Limitou-se a marcar um ritmo intermitente, ora acelerando espalhando o pânico ou marcando golos, ora acalmando o jogo permitindo-se a devaneios que lhe haviam de custar dois golos muito consentidos.

    James Rodríguez foi a estrela mais cintilante da constelação azul e branca onde brilhou também Belluschi. O colombiano mostrou-se muito inspirado e com pontaria afinada. Jogou, fez jogar, marcou e assistiu para golo. Já o argentino emprestou criatividade, foi importante na pressão alta, conseguindo ganhar dessa forma o lance que haveria de resultar no primeiro golo de Kléber. E por falar em golos, todos eles foram conseguidos de bola corrida, quiçá para calar determinadas vozes que empolavam o facto de o FC Porto só ter marcado, até hoje, de bola parada! CINCO num só jogo, isto talvez vos remeta para um determinado jogo da época passada.

    Referência muito especial para a disponibilidade de Hulk, que apesar de desgastado mostrou-se sempre dinâmico, empreendedor e perigoso. Saiu logo a seguir ao «apagão» de que o Estádio Municipal da Marinha Grande foi acometido, queixando-se de um toque no joelho. Destaque também para os dois golos de Kléber, importantes sobretudo para a moralização e aumento da confiança de que o atleta vinha necessitando.

    Um abraço

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