11 outubro 2011

Valha-nos o Bento a quase levar tudo à frente, os bimbos da RTP e a malta comentadeira do éfe-érre-á, quiçá para um reencontro com a Bósnia...

Deve ter sido por este jornal de parolos nem saber fazer um carimbo (com o negativo como deve ser) que a selecção trocou os papéis e anda aos papéis

Os comentadeiros encartados já voltaram a lembrar, em directo, os insucessos do arranque de há um ano, deliberadamente escondendo os frangos de Eduardo com Chipre (4-4 a largar uma bola para a frente aos 88' em Guimarães) e na Noruega (mau domínio de bola com os pés, oferecida aos locais em Oslo para ganharem 1-0). O Eduardo, hoje no banco, que também já não faz questionar porque é convocado não sendo utilizado no Benfica, quando se criticava por Beto, suplente no FC Porto, estar na Selecção.



As carpideiras vão cumprindo o seu papel, enquanto o papel dos pasquins continua a servir para embrulhar peixe mas já manda muita malta para o desemprego como sucede pelo 3º ano consecutivo do Rascord de todos os basbaques.

E, apesar das garantias do extraordinário Bento que tudo leva à sua frente de "assinar por baixo" que ganharíamos na Dinamarca onde hoje nem um empate fizemos por merecer, o toca para a frente de tanto comentadeiro parolo está ao nível do éfe-érre-á do Gilberto a pedir que Nuno Gomes prometa que Portugal vai mesmo ao Europeu que era para tantos um dado adquirido por todo o entendido da bola indígena e os admiradores do rapaz bonito, rico e bom jogador que ouviu olés à chuva de Copenhaga.


Não sei se o reduzidíssimo marcador (2-1), quando se adivinhava a goleada que podia atirar Portugal para 3º do grupo e ver o Euro-2012 pela tv como merecia, ajudará o pagode da bola a ver como o rei vai nu. Quando o Rui Patrício evita a goleada escandalosa, depois de ficar borrado como toda a gente nos lançamentos ao ponto de o árbitro anular um golo limpinho aos vikings ainda com 0-0, parece estar tudo dito. Mesmo após os silêncios dos três golos islandeses, aquele facto estatístico que, depois do 4-4 de Chipre, era impensável acontecer à equipa dos padeiros de Aljubarrota. Não há nada, porém, como o portista Rolando para bode expiatório, ele que não esteve nos 4 de Chipre nem na cagada de Eduardo em Oslo.

Talvez Portugal reencontre, como em 2009, a Bósnia no play-off e, aí, contará com o seleccionador que liquida gradualmente os melhores jogadores e promete vitórias e amanhãs que cantam como a malta da bola aprecia. Seguramente contará, de novo, com os bimbos da RTP: o Conduto ao estilo de Gabriel Alves com a idade e o estado civil dos jogadores na ponta da língua; o Tadeia que é uma súmula de conhecimentos a lembrar onde Liedson há dois anos marcou no Parken (por acaso foi precisamente na outra baliza...) e o Gilberto a contar os minutos para Portugal recuperar de 0-2 enquanto fingia que o descalabro não acontecia. E ninguém se ria por, ao Postiga a quem nem sempre saem os chouriços da ordem pela Selecção a marcar quando escorrega (1-0 à Noruega na Luz e 3-0 à Islândia), aparecer Nuno Gomes com a explosão muscular para rodar ou levantar do solo ou sair do fora-de-jogo que só o Jorge Gomes em que deve ter bebido a inspiração e o cognome há 30 anos como primeiro estrangeiro do Benfica...

Não vi, ao contrário de muitos que fizeram na Selecção como tantos iguais perante as patranhas do PS no Governo, nenhum jogo decente da Selecção com Paulo Bento, dos oficiais de que se gabaram tantas vitórias contra as poderosas Dinamarca, Noruega e Islândia em casa e a Islândia e Chipre fora. Mas o Conduto das coisas servidas frias como só os cozinheiros de merda sabem ia-nos lembrando como tudo parecia perdido no arranque da qualificação (eu disse sempre que nos qualificávamos, antes até de escolherem Paulo Bento), quando a FPF aterrorizou a Selecção que no final da qualificação anterior não espelhava o mau ambiente subiramente descoberto no Mundial da Áf. Sul e que deu o regabofe apreciado na Nação no africano Inverno meridional...

E, outro homem do regime das selecções à prova de contos e ditos, José Carlos Freitas ainda nos contava, hoje, precisamente no Rascord marcado pelo carimbo da mediocridade, como o ambiente é são e bom na selecção, ao contrário do que vira, mas não contara, quando Portugal desperdiçou 10 golos para empatar por Liedson aos 85' na anterior visita ao Parken. Parece que o mau ambiente, que não se via em campo numa equipa solidária e que justificou os seus resultados com futebol e ocasiões de golo até ganhar com brilhantismo na guerra da Bósnia, só surgiu aos abencerragens quando o CR7 amuou e o Nani partiu a clavícula num ervado da Grande Lisboa. E estão mais prontos a cobrar a Queiroz uns desmandos que espatifaram a Selecção de fora para dentro, a par dos frangos de Eduardo (como o de Quim que precipitou o 3-2 da Dinamarca em Alvalade no maior concerto de futebol de Portugal em 10 anos) do que em perguntar-se como é que, bastando o empate, estivemos na iminência de uma goleada quando o Bento da presunção, que já ganhou a adversários directos como há vários anos não se conseguia, garantia que ganharíamos de certeza.

É bom para Madaíl ter ainda poder de recuperação salvífica para uma última deslocação que a debilitada saúde ainda não lhe permite, mais o inefável general das selecções que é o Amândio do Carvalho, com vista ao Play-Off de Novembro onde até poderemos reencontrar a Bósnia, dois anos depois com os mesmos Dzeko, Misimovic, Pjanic e o ervado de Zenica.

O problema é se o Mourinho volta a fechar a torneira em Madrid, ele que comanda à distância a acessibilidade dos seus jogadores para o obrigado Paulo Bento fazer o que pode, que é ficar em 2º lugar como se habituou no Zbordem...

Mas isso são as más línguas, do género das que acham haver cidadania no Continente e patifaria na Madeira. E seguramente que o rei nem vai nu, nós é que temos os olhos embaciados de tanto deslumbramento e já focalizados no Cristiano casamento anunciado para 2012. Será que o moço de Madrid prepara o casório a contar faltar ao Euro na Ucrânia e Polónia?

Yo no creo en brujas, pero que las hay, hay!

1 comentário:

  1. Zé Luis,

    Antecipei, como era fácil de antecipar, este cenário na véspera do jogo porque quem tem olhos de ver sabe que hoje Portugal é uma selecção de segunda linha. Já o era em 2008, quando Scolari espremeu o último que podia sacar, e foi-o em 2010 onde o resultado de Queiroz, ao contrário do que a maioria pensou, era imelhorável com as condições que existiam.

    Hoje Portugal é uma equipa tão vulgar como qualquer outra e mesmo que se qualifique para o torneio, ganhando de novo a uma Bósnia que está melhor, ninguém espere melhor que um último lugar que só não existiu em 2008 porque houve a soberana sorte de terminar no grupo dos cabeças de série locais, em que nenhum dos dois se qualificou.

    um abraço

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