Mais uma em jeito de balanço a acontecências e infelizmências dos últimos dias da moda no tocante ao pontapé na bola, enquanto se minimizam as broncas, prementes e permanentes, na Selecção em que já não está Queiroz para bater...
As críticas à (in)capacidade de Vítor Pereira nas substituições no Porto-Benfica estão ao nível de quê?
Vítor Pereira, a ganhar por 2-1, em casa, sem sofrer assédio atacante do Benfica e contando com algum arremedo de coragem encarnada para pressionar e tentar empatar (o resultado desejado), tirou Guarín e meteu Belluschi: não resultou, mas ignorando a intenção conceberam os pressupostos da má leitura do treinador; depois tirou Kléber, lesionado (e com amarelo), e meteu Cristian Rodriguez (deslocando Hulk para a posição de avançado-centro, porque esgotado fisicamente já não poderia fazer o corredor, como não vinha a fazer); com o imprevisto empate 2-2, tirou Varela e lançou Walter, redundante a faltarem escassos minutos para acabar e o adversário tirou o ponta-de-lança Cardozo e meteu um médio defensivo Matic na ânsia inconfundível de ir em busca da vitória - causando perplexidade nos adeptos benfiquistas porque é que o Benfica não pressionou mais cedo em busca da vitória, mas só obteve o empate...
Adensando o mistério, só poderíamos chegar à casa da Rússia depois da conspiração vermelha, com uma chusma de portistas a lerem a cartilha encarnada, sem o saberem ou sabendo-o não interesse nem lhes passou pela cabeça. Por mim, continuo a usar apenas a minha, pelo menos enquanto posso e já me orgulho de não ser como o Eugénio Queirós na elegia a APV cuja trivialidade e ignorância inatas o jornalista assume partilhar, a par de uma alegada e vazia independência além de sarcasmo idiota que diz bem com ambos, com o cineasta de cuja vacuidade me distanciei há tempos tanto quanto da insustentável leveza do relatador do Apito Dourado em quem o cromo encarnado confiou saber do dossié.
Não quero ser de intrigas, mas associando as trocas forçadas (expulsão de Fucile, depois da lesão de Kléber) frente ao Zenit na Rússia, quando VP meteu Fernando à direita (posição tão ou nada estranha, porque já a cumpriu antes, como a sugerida de Otamendi que o louco Maradona fez de lateral-direito por opção técnica original no Mundial-2010), colocando Souza na sua posião natural de trinco (ou seja, no lugar de Fernando), o coro de críticas dos parvos do costume dos comentaristas encar(n)tados tem o seu quê de quê?
Aliviados por não perderem sequer, quanto mais levarem uma abada como temiam ver repetir-se, os vermelhólogos, ou vermes vermelhos, não deixaram cair em saco roto as críticas, justas e justificadas, à opção de Jesus no Cincazero de meter David Luiz a lateral-esquerdo para controlar Hulk.
E prontos, de uma vitória de Pirro fizeram o Cristo da época passada, tão fustigado por tudo e todos e muitos destes os seus e entre eles quem o elegiam acima do Deus Mourinho, ressuscitar e, finalmente, assestar baterias no treinador do FC Porto. Manobra de diversão de tão básica e antipedagógica.
A reboque, os idiotas dos jornais portuenses JN e O Jogo, no mesmo edifício e da mesma génese, fizeram uma sondagem onde a populaça, negando méritos tácticos a Vítor Pereira, não deixou de reconhecer futuro ao técnico do FC Porto: como dizer a letra com a careta não importa, porque não é disso que se fala. Quiçá instrumentalizados pelo ideólogo, e profundo conhecedor do futebol, Luís Filipe Vieira dos sermões aos peixes.
Vejam lá se a pescada antes de o ser já não o era...
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