18 outubro 2011

«Vocês não informam nada»




Cáustico e directo como sempre, Medina Carreira desarmou ontem a Judite de Sousa na TVI24. Assisti ao programa só pelo interlocutor, não pela jornalista, e valeu a pena. Mesmo tratando-se de uma edição em que é pedido ao especialista convidado-residente (agarraram o "homem" que a soberba de Mário Crespo afugentou da SICN) as explicações práticas para as emergências económicas e sociais de hoje - nada a ver com o monólogo dominical professoral do dr. Marcelo RS -, Medina Carreira não deixou, como normalmente não deixa, de frontalmente apontar uma pecha na informação televisiva. Saiu-lhe, mas ele é assim e ainda bem.



Quase no fim de um programa de uma hora, o desabafo foi deste teor (cito de cor):
- Vocês não informam nada...
- Ó sr. dr., não diga isso, não diga isso... não é verdade, nós damos a informação, sem ela, então, as pessoas nada saberiam...
- Quando digo vocês falo na generalidade das televisões que não tratam os assuntos como deve ser. Em vez de ouvirem especialistas, ouvirem as explicações profundas para estes problemas, dão voz a políticos daqui e dali, vão para a rua escutar as pessoas que passam... O ministro das Finanças falou, passada uma hora estão mil e um tipos a desunharem-se para dizerem o que acham... O Passos Coelho comunicou, havia já preparado um fórum...



Em geral o diálogo, fora do contexto do programa a denunciar como o sistema de Segurança Social é insustentável como Medina Carreira há anos vem alertando para ser tomado por um tolo, foi assim. E tem razão, acho eu que fico revoltado como são os próprios jornalistas a não perceberem dos assuntos e para os quais, reconheça-se, é preciso uma paciência de Job...


No domingo ao almoço, já nem sei porquê e em que canal, um programa do tipo "Povedor do Leitor/Ouvinte" ou lá o que seja punha no ar enormes críticas à qualidade da informação produzida pelas tv's. Um conhecido antigo jornalista, Adelino Gomes, referenciava erros de palmatória citando casos concretos. Por fim, uma das queixas, avulso, saiu sobre a Informação Desportiva na RTP e uma overdose aflitiva de noticiar coisa nenhuma no contexto de um telejornal.


O novo director de Informação, daqueles que saem daqui para ali e vice-versa, de quem não me ocorre o nome mas que, como muitos do género, não tem qualquer passado digno de registo como jornalista, foi tão infeliz que negou haver "excesso de informação desportiva" na RTP. Se não falassem, todos os dias, de treinos que amiúde não assistem e de inserir-se em qualquer telejornal`em horário nobre que o fulano não treinou e o beltrano foi ao médico ou está na selecção (sabendo-se disso há dias e dias...), talvez a overdose de notícias de coisa nenhuma, impróprias de um telejornal nacional em horário nobre, fosse um exagero.


Infelizmente não é. E Medina Carreira tem razão.




Já um super-educado Vítor Gaspar é capaz de pedir "imensa desculpa" para contradizer o entrevistador, como sucedeu ontem ante Vítor Gonçalves que, diga-se, fez uma boa entrevista e, talvez pela boa experiência como correspondente em Washington, mostra saber ser e estar para um espaço especial num serviço informativo e já nem digo de Serviço Público.


Pode ser que, por absurdo e ridículo a seu respeito, os próprios jornalistas nem percebam a diferença do troglodita só cretino que chispava dos olhos e ameaçava ferozmente num sonso ar de paternalista quando exclamava "Ó Judite!, Ó Zé Alberto Carvalho!", e a forma polida e urbana como Passos Coelho trata os interlocutores e até os adversários políticos a quem chama pelo nome no Parlamento e não o vago e insolente "ó sr. deputado" em voga nos anos da indecência a todos os níveis.



Não sei se a política económica, entregue à bicharada da comentadeirice nacional (é arrepiante ouvir a confusão de Constança Cunha e Sá que não sai da lógica "é falta, é penálti" também a ter de ser corrigida pelos seus convidados jornalistas como ela) tal qual como nas coisas da bola, trará Portugal, a precisar de mudar de vida e de paradigma, para cima. Ou se as medidas drásticas do Governo, com a pecha de não olhar para privilégios anacrónicos da classe política de topo em que não se revêm nos sacrifícios a fazer que todos partilham e são obrigados, vão tirar o país da letargia que, no futuro, arrisca fazê-lo desaparecer como entidade histórica inigualável. Mas que já se percebe certa diferença, apesar dos desmiolados do costume que povoam as televisões e jornais, para um nível de exigência informativo, isso é notório. E parecia esquecido, até pela própria classe visada, embrutecida e espantada da forma como é vista mesmo por aqueles com quem fala todos os dias e que lhes servem de muleta para levarem a "vidinha".


em tempo:


30 comentários:

  1. Já se torna notório, sim, que o liberalismo económico se vai evaporar nos próximos anos quando se tem a China como modelo económico, seguindo as políticas da Grécia...

    Mas quanto ao MC, longe de concordar com ele nas teorias da catástrofe, tem razão neste ponto, o jornalistas só servem para falar de coisas que não sabem nem querem saber, a começar pelo ex-director jmf.

    Quanto ao país, bem, os inteligentes que abandonem o barco enquanto há salva-vidas.

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  2. Subscrevo a sua esclarecida crónica. E bendigo o Dr. Medina Carreira pela respectiva frontalidade e ciência. Há anos que ele previa a actual hecatombe.

    Quanto ao jornalismo da treta, hoje no meu almoço tardio - após as 14H - vi uma reportagem em que se perguntava a reformados se eles concordavam com os cortes das pensões e aumento do IRS, como se as respostas pudessem envolver alguma surpresa.Aliás, a principal culpa da ignorância do povo português sobre matérias, em especial, económicas deve-se á falta de qualidade do jornalismo que em 40 anos nunca percebeu nem soube explicar as matérias no dia-a-dia dos telejornais.

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  3. carneiro, confesso ser um ignoto nja matéria, mas percebo quem me quer explicar e ensinar alguma coisa. Por isso gosto de ouvir, e entendo a matéria tal como é explicada apesar da minha relativa ignorância técnica, MC. Verifico, porém, que muito jornalista n~´ao faz por perceber e vi mais uma vez montes de exemplos de tipos que mal sabem raciocinar, muito menos encadear duas explicações consequentes.

    Gosto de ouvir José Gomes Ferreira, que me parece saber do que fala e é assertivo e explica de forma a que o comum cidadão perceba do assunto que se fala.

    Sobre a ida à rua para ouvir este e aquele, carneiro, nesse caso não é dar pérolas, mas sim atirar bolotas que os porquinhos gostam, passe a expressão sem ofensa.

    Da mesma forma, os programas de futebol são de perguntar aos porquinhos se gostam de bolotas.

    A informação em geral é assim formatada. E mal passada quando se quer dar espectáculo e enfatizar uma coisa tão simples que anda de boca em boca mas ninguém faz por perceber: não há dinheiro e se há pobreza é por pedirmos emprestado, não fazendo sentido dizer que vamos ficar mais pobres quando só se pretende pagar as dívidas contraídas para merecer credibilidade e solkução para que nos emprestem outra vez. Porque infelizmente nunca saberemos ser auto-suficientes, quanto mais imagianr ser possível viver como se tivéssemos a riquexza de alemºães e franceses.

    Há funcionários públicos, que vociferam há tempos por aí, que n~´ao entendem que só o dinheiro emprestado lhes paga os salários porque o País já não produz para lhes pagar. Mas queixam-se apesar de terem empregbo que vao faltando cada vez mais a tantos.

    É, sim, uma tristeza moral e intelectual todo este desfilar de mentiras e maus v+ídeos com que entretêm o pagode.

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  4. Sem querer ofender:
    -Eu proponho que todos os que subscrevem estas medidas do Governo -que eles próprios escolheram em Junho de 2011-, contribuam com as suas 14 mensalidades de Rendimento de Trabalho durante os anos fiscais em que se mantiver a crise!...Gostam do Menú, comam-no até caírem para o lado de enfartamento. De resto, de demagogia já estou farto!

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  5. Queixam-se porque perderam, diretamente, 29% do ordenado e vão perder mais 17% para o ano onde muitos, bem qualificados, ganhariam mais no privado.

    Quanto a Potugal, hoje serve de lavagem de dinheiro do povo europeu para a banca e pouco mais, enquanto der.

    Quanto a pedir emprestado, o actual sistema económico a isso obriga, pois a banca só imprime dinheiro quando há empréstimos senão lá se vai a liquidez e o resto, entretanto são cada vez mais donos do mundo inteiro porque aumentam a riqueza a níveis que a economia real é incapaz de criar.
    Mas isso também não passa na televisão e o estouro da imensurável bolha da dívida ameaça estourar sem ninguém com poder lhe ligar pevide enquanto ganha milhões com sistema.

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  6. Na parte dos funcionários públicos, acrescentaria que eles não têm consciência de que nos últimos 20 anos passaram a usufruir de um nível de vida que a malta na "privada" não conseguia acompanhar. Qualquer casal de FP de quadros intermédios fazia férias no estrangeiro todos os anos. Ainda me lembro dos funcionários públicos optarem pela FP não pelo vencimento que não era famoso, mas pela segurança e estabilidade no emprego, visando a reforma.
    Agora sofreram este revés repentino, mas a malta na "privada" há 10/15 anos que vem resvalando para a pobreza paulatinamente. Há 12 anos eu não fazia um divórcio por menos de 200 contos. Agora faço todos os que aparecem por 500 €. Esta adequação ás circunstâncias advém da realidade de empobrecimento da economia em geral. E os FP têm que perceber que as funções que executam - e na maioria são funções relevantes, competentes e empenhadas - só existem para servir a comunidade e, por isso, são sustentadas pela comunidade. Mas nos últimos tempos a comunidade tem andado a tirar á boca para pagar os impostos altos na sua maioria canalizados para vencimentos e para as pensões da FP. E mesmo assim não chega, daí os empréstimos externos. A FP tem que perceber que não pode viver á custa das dívidas que se contraem no exterior.
    E em breve será necessário ir ás pensões de reforma porque não há um único reformado da FP que tenha descontado a décima parte daquilo que recebe agora. E porque não descontou, quem paga a diferença é a malta que trabalha e que desconta. As pensões de reforma são insustentáveis. Qualquer escriturário de segunda dum Tribunal fica com uma pensão de 2000 mensais. Qualquer sargento-ajudante fica com 2500 mensais, qualquer coronel fica com 4000 mensais. Nem eles descontaram para receber tanto, nem a economia tem folga para lhes pagar tanto. E eu recuso-me a deixar condenar os meus 3 filhos à sina de passarem os próximos anos a pagar as dívidas ao estrangeiro e, ainda por cima, sustentar pensões de reforma que, face ao nível da nossa economia, são quase todas elas "milionárias", não por serem muito altas em relação á europa - que é sempre a comparação que se faz - mas porque num país pobre qualquer pensão acima dos 1000 é milionária. Aliás, deveria ser estabelecido um padrão igual para todos - por exemplo o salário mínimo - e em cima desse montante só se pagava a capitalização dos descontos efectuados ao longo da vida contributiva. Teria a vantagem de toda a gente receber pelo menos o salário mínimo e far-se-ia a diferença mediante os descontos da cada um. Agora pagar reformas a capitães que são "promovidos a majores para efeito de pensão" no mês anterior à disponibilidade, recuso-me.
    Enfim, o tema é vasto.
    Cump.

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  7. meireles, o problema é que não se pode suspender a democracia...

    Há 50 anos o tratamento indispensável seria conduzido sem ruído mediático, a operação resgate da Nação ocorreria com todos a bater palmas conscientes das dificuldades. Nalguns casos de segregacionismo político, embora em tempo de guerra ou após isso, nem haveria liberdade de Imprensa, que é fundamental em democracia, muito menos andariam por aí as chusmas de comentadores.

    Faz falta, sim, e o objectivo é esse no que aqui me traz, boa informação, mais literacia e melhor conhecimento p+ara não se ouvirem as barbaridades de hoje em dia à boleia da liberdade de expressão e debate salutar em democracia.

    O que está em causa, na percepção das pessoas, é se falam do que sabem ou nem sabem e mal falam.

    É claro que a pobreza endémica do País, que não é de agora mas as dificuldades actuais acentuaram-na, leva a esta desinformação e aos berros das que se consideram vítimas mas andam, porventua, anos a beneficiar do Estado Social que outros pagam mas para o qual há muito menos dinheiro agora, não interessa muito se bastante dele está escondido.

    Porque se esse é o remédio santo, então as pessoas devem indignar-se contra os governos que de uma vez por todas não regulam isso. E aí eu concordo, e protestaria na rua, mas os protestos são cada vez mais pelo que causa de mal a cada um e não pelo que causa de mal a todos, especialmente em Portugal, acho eu.

    Mas volto a focar que uma questão central é a informação produzida e a assimilada pelas pessoas.

    O resto pode cair na ideologia de cada um e ver pelo prisma que lhe apetece e orienta a sua vida.

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  8. O tema é tão vasto, carneiro, que eu e a maioria não conhecemos esses pormenores, nem ouvimos falr deles. E não ouvimnos falar deles porquê? Pelo que o quie está em causa aqui no post e é suscitado pelo desabafo, justo e certeiro, do MC: má informação, muito ruído, pouca percepção da realidade.

    Eu despertei para ela quando soube, pela primeira vez, em finais de 2009, que Portugal pedia dinheiro no estrangeiro para... pagar salários à FP. Não fazia ideia disto, não tenho família na FP e mal conheço gente da FP. Nada me move contra a FP, claro, mas comecei a ter em atenção este aspecto que ouvi da boca do sinistro dos Santos de então. Fiquei chocado e mais ainda quando ouvi um FP na tv a vociferar contra tudo e todos sem ter ideia de o dinheiro do seu salário já vir do estrangeiro e com juros que todos pagamos.

    Isto sim, revolta-me. O resto já deixo para a idiotice e ignorância gerais que dão bem a noção do interesseirismo e imbecilidade reinantes no País do 25 de Abril que habituou, bem ou mal, as pessoas a julgarem ter direito a tudo e mais alguma coisa, mesmo que muitos façam pouco por isso e julguem que todos temos de custear ou trabalhar para um sistema obviamente deficitário e invariavelmente ruinoso - como é exemplo histórico e gritante o colapso do comunismo que nunca garantiu mais à sociedade do que o mínimo que o capitalismo alguma vez garantiu, pois nunca deixou de haver fome e miséria nos paraísos socialistas.

    Na verdade, convenço-me que nem são os modelos económicos a ditarem essas desgraças, antes os sistemas políticos mal conduzidos e mal vigiados pela sociedade (e a Imprensa, se for séria e responsável!!!) em cujo fermento vingam certas correntes que ou dão lâminas que ferem todos num modelo económico ou cortam asas que lhe permitem ir mais longe e satisfazer, fora dos apertos da politiquice, os anseios da sociedade.

    Mas isso é discussão para outros fóruns que não se fazem e não quero engrossar o tema. Fico-me pela importância da Informação, rejeito o lixo mediático e o ruído ensurdecedor de que fala Medina Carreira e que hororiza vacuidades como as Judites que medraram no sistema.

    Tenho horror à mentira e demagogia tanto quanto à aparência e desonestidade, tanto quanto à incompetência e ignorância.

    Daí as minhas postas serem orientadas sob outros princípios, seja no futebol ou na vida em geral, tendo eu capacidade de tolerância e adaptação multicultural mas não uma infinita paciência. Desculpem o desabafo.

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  9. Para terminar, da minha parte:
    será exagero afirmar que 99% da populaçação desconhece (não porque não tenha sido noticiado, mas já foi há um ano e tal na altura do pedido de ajuda do qual também poucos estão cientes...) que em 2013 ou a partir daí teremos de pagar 78 mil milhões de euros emprestados?

    E que até lá há um prazo estabelecido pelas partes contratantes e limites para o endividamento como o de 5,9% do PIB este ano de 2011 para o qual é preciso arranjar dinheiro e fazer cortes para ser atingido?

    Nem a chusma de jornalistas dá a entender que é isto que está em causa e nem pensam nisso quando elaboram as perguntas e lançam desafios a quem tem de fazer contas.

    Como o País se habituou a viver sem regras, pois queixa-se agora do desregramento quando se impõe disciplinar a contabilidade que é de todos. Rsta saber se vamos conseguir pagar, e se pagarmos conseguiremos evitar a tentação de quebrar todas as regras outra vez.

    Por enquanto, já todos fazem de conta que não há governos irresponsáveis e mentirosos, vendedores de banha de cobra e fantasias várias a altas velocidades e aumentos cirúrgicos de salários em ano eleitoral...

    A começar pela cambada repelente do PS aos jornaleiros do sistema que encobriram toda a porcaria que há anos se sentia o cheiro nauseabundo.

    Lá está, a Informação que a Judite acha que prestava à populaça na RTP, a começar pelas e4ntrevistas medrosas e merdosas ao só cretino que nos levou a isto com o seu aventureiurismo alarve.

    E se me custa falar nisto, e custa muito, é por ter sido um voto a pôr a maioria socialista no poder em 2005, como sempre confessei e lamentarei até ao fim da minha vida porque percebo o que se atingiu de insuficiência e risco de pobreza com tantos alarves, mesmo que ao fim de um ano e picos tenha logo dado conta do logro, penitenciando-me por isso.

    Já não tenho nada mais a fazer, a não ser evitar outra e denunciar o que se passa.

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  10. http://aventar.eu/2011/10/19/ainda-os-salarios-publico-versus-privado


    "Não digo como, mas encontrei isto:

    O Ministério das Finanças encomendou um estudo que esconde desde Maio porque desfaz a ideia que os funcionários públicos são bem pagos.
    O estudo tem a data de Maio de 2006 e foi feito pela Capgemini, uma das cinco maiores empresas mundiais de consultoria, mas como vai contra a ideia dos funcionários públicos serem bem pagos em relação aos que trabalham no privado foi escondido pelo Governo.

    20 EXEMPLOS DO ESTUDO

    - Director-geral: -77%
    - Gestor de RH: -8%

    - Director de serviços: -61%
    - Chefe de divisão: -28%
    - Analista informático: -12%
    - Consultor jurídico: -5%
    - Engenheiro: -37%
    - Téc. apoio à gestão:
    - 3%- Eng. de sistemas: -1,5%
    - Enfermeiro: -10%
    - Analista de laboratório: -48%
    - Técnico com formação prof. especializada: -29%
    - Assistente administrativo: -29%
    - Tesoureiro: -36%
    - Funcionário de limpeza: -13%
    - Motorista de ligeiros: -33%
    - Cozinheiro: -33%
    - Canalizador: -7%
    - Electricista: -17%
    - Mecânico: -38%
    "
    ----------
    "convenço-me que nem são os modelos económicos a ditarem essas desgraças, antes os sistemas políticos mal conduzidos e mal vigiados pela sociedade"

    Maioritariamente verdade, mas há sistemas económicos que são sustentáveis e outros que não, e os que são uma bolha falham espetacularmente. Podemos estar perto.

    "será exagero afirmar que 99% da populaçação desconhece (não porque não tenha sido noticiado, mas já foi há um ano e tal na altura do pedido de ajuda do qual também poucos estão cientes...) que em 2013 ou a partir daí teremos de pagar 78 mil milhões de euros emprestados?"
    Não sei se sabem ou não, sei que 99% não sabe que não vamos pagar em 2013 porque o dinheiro não vai surgir do céu porque só cá entrou para voltar a sair para os bancos estrangeiros. E não são só comunistas, socialistas, esquerdalha ou que lhes quiserem chamar, há muitos economistas e jornalistas estrangeiros que acham completamente idiota a UE não ter planos para a eventual bancarrota grega e a quase inevitável bancarrota portuguesa.
    Mas por cá, está tudo bem, que só vamos andar a pagar isto por décadss e a culpa há-de ser sempre exclusiva do Pinócrates, da função pública, ou dos que recebem RSI... Tá certo...

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  11. Meus amigos eu não sou funcionário Público, mas sou Pensionista e como tal sou apanhado por esta medida...Aliás se o pai ou a mãe do Carlos for Pensionista também será apanhado por esta medida...Comecei a trabalhar na década de sessenta, não havia férias, nem subsídios, nem comparticipações nos medicamentos, nem comparticipações nos funerais...Se havia alguma coisa ainda nessa época, era a caridadezinha dos patrões, com os envelopes no Natal e na Páscoa, os adiantamentos para as despesas inadiáveis...Quem estava doente chamava um Médico mais conhecido que muitas vezes fazia um favor, até doava alguns medicamentos que trazia na maleta já por antecipação...Era assim o Portugal de há cinquenta anos!
    -Eu que sempre ataquei Cavaco Silva tenho que reconhecer que hoje esteve muito bem, se tem que haver sacrifícios tem que ser para todos os Portugueses!
    Muito bem!

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  12. Dívida Pública de Portugal - 70 000 Milhões de Euros, depósitos Portugueses no Estrangeiro - 72 000 Milhões de Euros...Depósitos Gregos no estrangeiro - 200 000 Milhões de Euros; Dívida Pública Grega - 200 000 Milhões de Euros.
    Querem números mais esclarecedores?
    Inventem o que quiserem, números são números com dizem os PSDs...

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  13. Mais a mais, não foi a FP que:

    - Decidiu destruir a indútria produtiva (Siderugia Nacional, Sorefame, ...) e a agriculta/pescas em troca de auto-estradas e formações para coisa nenhuma;
    - Decidiu destruir a via férrea para as auto-estradas;
    - Contruir estádios e expos e capitais da cultura e CCBs e ...;
    - Comprar submarinos;
    - Oferecer a rede de cobre à PT depois de privatizada;
    - Ter um plano nacional de barragens que só serve para oferecer dinheiro;
    - Construir SCUTs, bem como fazer outras obras ruinosas com Mota-Engil, Iberdrola, Soares da Costa e outros que tais;
    - Decidir que a banca, em especial a que estava cheia de senhor do governo do presidente, podia fazer o que lhe apetecesse;
    - Criar parcerias publicoprivadas que não passam de cheques em branco aos privados;
    - Deixar especuladores como o Berardo fazerem o que querem com a CGD;
    - etcs e tais.

    Mas pronto, o que agora interessa é a FP e os privados lutarem entre si pelas migalhas que ainda nos vão deixar ter, isso é que é a luta importante.

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  14. Aquilo para que a intervenção do PR aponta, é para que o esforço pedido aos Portugueses seja feito mesmo a todos os Portugueses.
    Não é justo?

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  15. Não, Cavaco devia calar-se. Se quer falar que abdique das suas reformas e mordomias. O Marocas também, ele que sustente a sua própria fundação em vez de receber dinheiro do Estado e da Câmara de Lisboa.

    A Manela F Leire também falou hoje, mas os que começaram a dar com a língua nos dentes são os que mais cortes vão levar e temem que as pensões acumuladas desapareçam.

    Haja decoro.

    Se o Estado tem despesa deve cortá-la. Não a corta a tirar dinheiro a quem não paga, só tira. E tira para a FP e a SS.

    Haja decência.

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  16. Então para o Zé Luís há Portugueses de primeira -os que se escapam sempre pelas frestas da chuva- e Portugueses de segunda, os que contribuem sempre e não fogem a nada porque não podem...
    Aqueles que recebem ordenados por via de telefones, casas e carros oferecidos e envelopes secretos são os coitadinhos da Sociedade...
    -Sim senhor, os Portugueses que paguem, mas paguem sempre os Portugueses de segunda!
    -O Estado que corte na Despesa cortando com as Parecerias com as Empresas Privadas que fazem fortunas com e à custa do Estado!
    Esse corte é suficiente para liquidar toda a Dívida.
    Ou então paguemos todos, que o consumo da Dívida foi de todos!

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  17. Temos que ser coerentes com o nosso Portuguesismo, o nosso Patriotismo, o nosso Nacionalismo, com o respeito pelo Hino Nacional pela Portuguesa...Somos todos Portugueses, especialmente devemos sê-lo nas dificuldades, agora só sermos Portugueses quando a carteira está recheada...
    A questão da Dívida Nacional não é de agora, em finais do Século Dezanove também passamos por isto e nessa altura não foram os Funcionários Públicos nem a Nação na sua generalidade que passou a comprar mais carros de bois e fogões de lenha e com isso levou Portugal à ruina...72 Mil Milhões de Euros Portugueses -em 2008- estavam nos Bancos Estrangeiros!

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  18. Haja mas é juízo.
    O ordenado deles é que fica igual, com 13º e 14º mês, essa é que é essa.

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  19. Os Portugueses de Primeira, meireles, não fui eu que os consagrou. Foi o Estado.

    Há aí uma grande confusão porque há muita "emoção" e tende-se a distribuir o mal pelas aldeias, quando sabemos haver aldeias ricas e pobres, como sempre, mas algumas hoje cada vez mais ricas.

    Não percebo a loucura da perseguição generalizada, em altura de crise, ao "grande capital". Como não percebo que as pessoas não percebam que os tipos que enriqueceram à bruta nestes anos não são todos circunstâncias deste tempo em que o Estado geriu mal o dinheiro de todos e é o Estado que tem de pagar por isso começando por tirar aos "seus", aqueles a quem paga, e não a todos que pagam sempre.

    Os trabalhadores privados têm insegurança e restrições e riscos muito acima dos Funcionários Públicos, sujeitos a despedimentos e redução de salários sem ser preciso decreto ou vigilância constitucional.

    Para os que enriqueceram com tudo isto foi preciso estes, no Poder, alargarem o "apoio" admitindo funcionários a mais e gerindo o dinheiro com carros, cartões, gasolinas, telefones aos maiorais.

    O Governo vai cortar nisso tudo, as administrações vão ser reduzidas e sem prémios pornográficos como vinha sucedendo. Com prémios e mordomias luxuosas ninguém andou muito preocupado. Agora que, no meio de tanta coisa que é urgente cortar como muitos vinham pedindo, até passa despercebido que os cortes nos maiorais vão finalmente suceder. Mas é claro que o Estado precisa de cortar na despesa e tessa é feita com o que todos ganham no Estado.

    Não percebo a dificuldade de se entender isto. Porque "isto" é sustentado com dinheiro emprestado que é pago por todos. O dinheiro pago por todos não é para fazer partos nas auto-estradas. Os nascimentos nas auto-estradas passaram a ser saudados na Comunicação Social. Andamos a brincar com coisas sérias todo este tempo. Quando chega a hora de cortar, cortar, cortar, todos parecem insensíveis e cada um quer é resguardar a sua parte.

    Fazem-no ainda os ricos com várias reformas e queixa-se o Cavaco e o Marocas. Os administradores torcem o nariz, os aspirantes a administradores dizem que, sem incentivos, ninguém, nenhum deles, quer ir para lá e "ameaçam" ir para os privados ou... o estrangeiro.

    Os reformados querem ter garantidas as reformas, justamente, mas sem perceberem que as reformas dos actuais trab. no activo não existirão.

    Boa ideia de País, de Portuguesismo, de Futuro. De Nação.

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  20. Temos, enfim, os moralistas de ocasião. Os que chegam à CS e falam. Depois, a CS "informa" cortando partes e passando só o que circunstancialmente interessa.

    Ouvi ontem o Augusto Mateus, mais um que passou por lá mas é como se não tivesse nada a ver com o que deixou para trás, dizer que "preferia ter IVA a 18% em tudo" do que produtos básicos a 6% - que não foram alterados - a tudo o resto a 23%.

    Portanto, mais um socialista com a ideia dos pobres a pagarem a 18% de IVA as batatas e o arroz como o automóvel e a ida ao ginásio ou futebol.

    Não admira, já todos esqueceram de como o Sócrates pôs a Coca-Cola ao nível do Pão.

    Não, este Socialismo para mim morreu e não deixou saudades.

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  21. meireles, eu não contribuí para nada para a Dívida, gastei sempre o que podia e não devo nada a ninguém, não tenho de pagar pelos desmandos da maioria.

    Entretanto, como cada cabeça sua sentença, Jerónimo já diz que Cavaco quer nivelar toda a gente por baixo, numa alusão a os privados também pagarem a crise.

    Ninguém quer pagar a crise, eu continuo a achar que isto é mais político, sob a capa de Democracia não pedindo responsabilidades criminais como na Islândia (a mais antiga Democracia do Mundo!), do que de conceito ou programa económico.

    Eu já sofri na pele o que nunca imaginei e não estou com contemplações quanto a quem tem de pagar isto, levando infelizmente por tabela.

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  22. "Os trabalhadores privados têm insegurança e restrições e riscos muito acima dos Funcionários Públicos, sujeitos a despedimentos e redução de salários sem ser preciso decreto ou vigilância constitucional."
    "Os reformados querem ter garantidas as reformas, justamente, mas sem perceberem que as reformas dos actuais trab. no activo não existirão."

    -Zé Luís, nestes seus comentários só vejo um tipo de raciocínio, o da inveja generalizada que pende sobre a generalidade dos FPs...Os FPs ganham em média, como está demonstrado, menos muito menos dinheiro que na Privada...Um Professor numa Universidade ou Escola Privada ganha muito mais que um do Estado, um Médico que exerce na Privada ganha rios de dinheiro relativamente ao Médico Funcionário Público, um Engenheiro, um Arquitecto, um Electricista a mesma coisa...As profissões mais bem pagas por vezes até são exercidas nos dois sectores...Ainda agora, no início de 2011, houve uma debandada de Médicos, Enfermeiros, Fisioterapeutas de alguns Serviços de Saúde Autónomos mas Dignos, porque auferiam Subvenções do Estado e acumulavam na Privada outros vencimentos, a solução que estes encontraram foi voltar a exercer por conta própria ou receber por baixo da mesa...
    Muitos profissionais da Saúde e do Ensino, apenas estão ligados ao Estado para garantir as suas reformas no final de vida visto que na Privada tudo o que ganham metem ao bolso sem comparticiparem, na maioria dos casos, com os impostos desse dinheiro ao País e à Sociedade...Isto sem contar com o que realizam nos seus consultórios próprios, onde a gestão é feita na mais completa tripa forra...
    Veja que a Polícia vai ficar de fora desta Contribuição Forçada e ainda vai ser aumentada e eles os Polícias, são os que mais ganham em Portugal atendendo ao número de anos de Serviço efectivamente prestados, ao seu nível educacional...Os Serviços extra que fazem frequentemente -nalguns casos todas as semanas- são remunerados à parte e contam a dobrar na sua Antiguidade...Os trabalhadores da Função Pública podem ser automáticamente despedidos e expulsos do sector...E não têm direito ao Subsídio de Desemprego porque nunca descontaram para ele desde a Fundação da República...Existem Trabalhadores da Função Pública com estatutos diferentes, diferenças que têm a ver com as revisões feitas ao longo dos anos no Sector Público, os admitidos a partir de 80 têm um Estatuto completamente diferente...

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  23. Continuação...)

    A imensa maioria dos Desempregados e dos que recebem RSI vêm claro da área do Privado porque é aí que os direitos humanos mais vezes são atropelados e não existem contemplação com muitos factores essencialmente pessoais e humanos...Quem paga os Subsídios de Desemprego, quem paga as Baixas por Doença dos Trabaladores do Sector Privado?...Quem paga as comparticipações nos medicamentos, os actos médicos prestados aos trabalhadores oriundos do sector Privado?...
    Aqueles que nunca escapam aos seus contributos, que nunca podem mesmo fugir porque tudo o que recebem é-lhes devidamente referido às Finanças, são os "verdadeiros" Funcionários Públicos, não os FP de pacotilha, que apenas vão lá fazer um serviço a contar para a Reforma como os Médicos na sua generalidade.
    Eu sempre disse que quem tem aguentado a situação do País desde há muitos anos a esta parte têm sido os funcionários Públicos com as suas contribuições...E mesmo assim os Portugueses odeiam-nos de morte, o que nem é assim tão extraordinário, os Portugueses odeiam quem gosta deles, quem luta por eles, quem verdadeiramente pensa neles...Os que os gozam à fartazana, os que os exploram até ao tutano, os que os atiram para o Desemprego mal as coisas correm menos bem e o dinheiro não abunda, algumas -muitas- vezes através de artifícios criminosos como o atear de fogos às Empresas, são os Empresários -leia-se chulos- deste País e mesmo assim estes são amados e venerados hipocritamente por uma imensa maioria da população que quer ser como eles "quando forem grandes", que sonham ter o poder nas suas mãos algum dia, que querem ser os futuros exploradores do País e do Mundo...
    -72 Mil Milhões de Euros depositados na Suíça, no Luxemburgo, nas Ilhas Caimão -serão dos FPs?-, enquanto aqui os outros, a maioria dos seus escravos conscientes, lambe-lhes as mãos, venera-os, a troco de um salário de merda ou de um favor, ou de um sorriso...

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  24. Eu também não contribui nada para a Dívida a não ser que pensem que o fiz apenas porque pretendi viver dignamente.
    Nunca ganhei ordenados elevados, nunca fiz férias no Estrangeiro, nunca fui além do que podia...Apenas exijo que a haver contribuição extraordinária ao País ela seja feita por todos na medida das suas possibilidades...Não faz sentido que um indivíduo que ganha 500 euros de pensão tenha direito a 1000 euros de subsídio e quem aufere 1000 não tenha direito a nada, é absurdo, só pode passar pelas cabeças de meia dúzia de xicos-espertos e estúpidos...O que acharia correcto era definir um tecto e acima disso fazerem os cortes, mas, ao fazerem os cortes reconhecerem o direito a quem for tocado por essas medidas, de poderem vir a receber mais tarde esses montantes...Aliás na senda do que já se fez noutras alturas...Assim é um roubo!
    Quando falo na contribuição de todos é atendendo a essa mesma medida, tecto e reconhecimento da dívida, que poderia ser depositada como verba congelada durante um determinado período, o período da recuperação económica...A partir daí tudo voltaria ao normal funcionamento das Instituições, aliás, até nas Nacionalizações de 1975 -tão odiadas- aconteceu assim.
    -Os SottoMayor, Mellos e Cª tiveram direito a chorudas indemnizações passados meia dúzia de anos e com elas, refizeram os seus impérios financeiros ou puseram-se a viver dos rendimentos...

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  25. As reformas dos actuais activos só poderão ser mantidas se se continuar a descontar para elas, e quanto maior for o desconto feito para elas maior será o seu valor...Mas para isso quem tiver rendimentos tem que descontar em tempo...O que acontece é que uma larga fatia da população foge às contribuições de todo o feitio e na altura em que percebem que já não conseguem mais trabalhar vão exigir a sua reforma...Muitos deles nem descontaram nunca.
    Conheço pessoas que têm Milhares no Banco e descontaram apenas para a Reforma nos seus últimos dez anos de trabalho!
    Essa é que foi a realidade que levou à existência de muitos buracos na Segurança Social...Trabalharam durante 40 anos, descontaram o mínimo indispensável durante 30 e nos últimos 10 abriram os cordões à bolsa para irem buscar a Reforma na média desses últimos 10 anos...Foi assim até há muito poucos anos.
    Mas há muitos que nunca descontaram, meteram sempre o dinheiro ao bolso, fizeram o que quiseram durante o tempo em que tiveram saúde, depois adoecendo foram ao Estado buscar as Reformas Mínimas para eles e para as Mulheres...Porque sempre detestaram o Estado quando deviam e podiam contribuir para o seu próprio futuro, mas quando caíram doentes ou velhos agarraram-se a ele com unhas e dentes e foram ou são, dos mais exigentes com o que lhes é oferecido...

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  26. E não sou dos que aceitam a existência de reformas cumulativas, deve-se descontar para uma única reforma tendo em vista um valor aceitável e digno, atingido esse valor acabou...Mas os xicos-espertos dos que criticavam o Estado de forma mais desmedida, são dos que mais dessas cumulações beneficiam, porque souberam trabalhar muito bem no pântano que foram criando ou ajudando a criar...Olhem a quantidade de "críticos" do Estado que passaram por Administradores das Empresas do Estado e delas saíram com boas Pensões ao arrepio das normas aplicadas à generalidade dos trabalhadores dessas Empresas...Vejam o caso da CGD, PT, GALP, EDP.
    Eles entraram e saíram a barafustar com o Estado e traziam no bolso a "bola de carne" bem recheada para o seu futuro...Hipocrisia e mais hipocrisia.

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  27. "O ministro da Administração Interna recebe todos os meses cerca de 1400 euros por subsídio de alojamento apesar de ter um apartamento seu na área de Lisboa onde reside durante toda a semana."

    -Nem sei quem é este jumento, mas é mais um que mama da mesma teta e diz muito mal do peso do Estado...

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  28. Assino por baixo, Meireles.
    Não é questão que a FP deve pagar, é que já tem andado a pagar bem mais que os trabalhadores do privado por estas poucas-vergonhas, excepção feita, claro, a ex-ministros e administradores públicos que não pagam que chegue pela merda que fizeram (Medina Carreira incluído).
    Quanto à segurança no emprego, varia. Vá perguntar aos professores ou aos psicólogs, por exemplo. Vá perguntar aos trabalhadores dos transportes públicos quanta segurança têm para o próximo ano (tirando os motoristas, esses deixei de ter pena depois das palhaçadas durante as greves deste ano).

    Quanto a não ser económico, olhe que não, o sistema tá a entrar em falência técnica e não é sustentável, ninguém sabe é quando rebenta.

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  29. Creio que estamos mais ou menos em sintonia...Não digo que o problema não é económico, o que eu sei é que é essencialmente financeiro, estamos num Mundo de ligações não estanques, a finança sai de um lado e vai para o outro, deixa de haver dinheiro aqui e vai surgir acolá para ser novamente rentabilizado...E os Portugueses que têm dinheiro querem lá saber de Portugal, querem é saber do seu dinheiro...
    -Reparem que eu nunca me pus de fora neste momento de crise mas outros nem querem ouvir falar disso!
    Ouçam o que disse o Pedro Passos Celho:
    -Nem quer ouvir falar em perdão de Dívida...Ele quer pagar, melhor quer que "nós" os tais "indisciplinados" paguemos...
    Até na Quinta da Coelha abriu a época de caça!
    O Catroga zangou-se com o vizinho.

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  30. Estamos em sintonia, nunca me coloquei de lado em contribuir para o esforço Nacional, outros que se proclamam muito Nacionalistas acham que não têm nada a ver com estas questões...É para mim uma questão de coesão no próprio esforço Nacional.
    Se o esforço fôr distribuído e aceite por todos, não haverá nenhum sobressalto, se houver a disposição em punir um sector muito determinado, ilibando outros, aí não pensem que não haverá resistência...

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