01 novembro 2010

Bin Laden ou Nobel da Paz? (II)

Continuemos na saga da idiosincrasia da arbitragem lusitana tão vincada nos tempos modernos.
"Abençoados aqueles que choram, porque serão consolados", terá dito Jesus, segundo Mateus.
Quem é que reclamava: "Não marcam penáltis a nosso favor"?
Este tenrinho, Bruno Esteves, mais um brilhante ás do futuro, com 32 anos apenas e o jeito de planificador de gestão de stocks, da escola de Setúbal, lá viu um lance sem ver a bola e apenas as costas dos jogadores. Marcou penálti. Para quem? O Benfica, claro. Caientrão berrou mais alto do que caiu e o sossego do 2-0 aí veio sem problemas, também para fazer marcar esse portento Kardec. Terá o árbitro visto o defesa pacense a cortar a bola? Não se sabe, ninguém se questiona e siga a festa.
Para marcar a sua estreia com um grande, Esteves mostrou seis amarelos, um deles a dobrar (a Baiano) e correspondente vermelho. Num só jogo, a lembrar a profusão de cartões na época passada nos jogos do Benfica, Esteves mostrou metade dos (12) cartões repartidos pelos 3 jogos anteriores que apitou esta época. Estreou-se também com o duplo amarelo e o vermelho. O Benfica corria o risco de ter jogadores impedidos para o Dragão? Nem uma mácula sequer, nem sequer a um dos que não estavam (corrigido) em risco...
Vai longe na candidatura ao Nobel. É de Setúbal, repete-se, dá nas vistas em jogos assim tão ao jeito de planificadores de gestão de stocks.
Em Coimbra, o dilúvio não fez Porto e Académica armarem a arca, trataram de jogar um jogo impraticável. Mais valentes do que os bravos jogadores, mais letrados do que os treinadores que em troca de cruzarem os braços puxavam as calças de tal molha em chão alagado, houve os relatadores da TVI que falavam em "domínio do jogo" e "sem capacidade para armar um ataque"...
Qual Noé a enfrentar o dilúvio, o experiente Duarte Gomes conseguiu destrinçar, com a predestinação dos eleitos devidamente escolhidos pelo deus de ocasião, o que era falta do que não era. É dos livros que em condições de terreno assim é preciso avaliar muito bem os lances de choque, propiciados pelo piso escorregadio e a impossibilidade de os jogadores evitarem os choques. Mas o expert Duarte Gomes sabia tudo de cor. Por largos períodos da 1ª parte, na sua parte correspondente ao que os idiotas da TVI apelidavam de "domínio do jogo", o árbitro só marcou faltas contra o FC Porto.
Não admirava, portanto, a espantosa descoberta dos imbecis da TVI de que, pelas estatísticas, que valem o que valem, a Académica tenha tido mais posse de bola. Amiúde o jogo era interrompido para o árbitro lhe dar a bola. Falta, livre. A parte final do jogo trouxe um penálti que o árbitro não viu, logo este Duarte Gomes que uma vez viu um defesa do E. Amadora cortar de cabeça e marcou penálti porque um auxiliar, um tal de José Lima, viu na cabeça do defesa local uma mão e deu o chamado penálti da Roubalheira, perdão Reboleira.
Desta vez, o defesa da Académica cortou a bola com a mão, mas Duarte Gomes não viu. Foi um auxiliar que veio em seu auxílio. É fácil de convencer, este Duarte Gomes.
Curiosamente, o árbitro das faltas para a Académica e que não viu um penálti claríssimo viu uma falta de Hulk sobre Hélder Cabral. Tal como o Esteves chamado para a Luz, que nas costas dos jogadores percebeu uma falta de um pacense sobre o Caientrão, Gomes viu as costas de Hulk, as costas de Hélder Cabral e adivinhou uma falta. Falcao apanhara a sobra e marcar, mas não valeu.
No fim do dilúvio, com a inclemência dos elementos fustigada por pecados velhos, o Noé deste massacre defensivo a que votou o FC Porto com mais faltas até ao cimo do monte, ainda descobriu uma falta mais, mesmo que tenha sido um academista a impedir Guarín de saltar e cortar de cabeça uma bola lançada ao ar, ao vento e à chuva no tal "domínio da Académica". Já tinha passado um livre que, segundo A Bola, levou a bola a um poste salvador para o FC Porto que teve quatro soberanas ocasiões de marcar, incluindo uma bola ao poste num penálti de Moutinho que o árbitro nunca teria assinalado.
Duarte Gomes é um catedrático, mas não no sentido da estatística do manhoso de serviço que elencou nenhuma derrota do FC Porto em jogos com este árbitro... É outro, traquejado, candidato ao Nobel, só com o pecado de ainda não ter estado numa derrota portista, diz o Manha.
É Dia de Todos os Santos e só vimos boas práticas também neste fim-de-semana de bola indígena.

7 comentários:

  1. Excelente. Só fico com uma dúvida: na Roubalheira (Reboleira) o assoprador era o Gomes ou o "coronel" P. Henriques?

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  2. Miguel, bem aparecido como Dragão Crónico.

    Gostei muito do Jesus a comparar os números de Cardozo e de Lisandro.

    Isto é, só o que Jesus se lembra enquanto treinador do Benfica.

    É como Paulo Sérgio a lembrar-se de não ter havido nenhum clássico fora do fim-.de-semana: enquanto não se passou com ele, não se passou e prontos.

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  3. Ainda hoje o Vasquinho inventou um penaltie, uma expulsão e 2-0 para o Guimarães!...Ainda tinham dúvidas relativamente a este biltre?

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  4. Em dia de "Todos os Santos", o que nos vale é que os cemitérios estão cheios de Manhosos...Que já não fazem mal a ninguém, contráriamente a este Vasco "Santos".
    Se todos os outros Santos forem como este, o melhor é fecharem os "santuários" existentes!

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  5. Não vi, meireles, mas não me repugna saber que mais um substituto do Bruno Caixão está aí para torturar os resultados e falsear os jogos.

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