O sucesso do FC Porto em todos os domínios é um moço extraordinário, que dá gosto ouvir. Entre o sério, na análise ao jogo, o divertido, gozando as perguntas sem ofender ou menosprezar e muito menos refugiando-se em subterfúgios de outras especialidades técnicas como eletricista, brincalhão com serenidade e folgazão a aproveitar dicas para "malhar na oposição".
Foi assim toda a época: brilhante, lúcido, sagas, honesto, autêntico, sereno, esperto, vivaço, com portismo à flor da pele e análise profissional do mais elevado quilate.
É o 3º mais jovem treinador campeão de sempre, foi o 2º mais jovem a ganhar a Supertaça e, aos 33 anos, André VillasBoas pôs o FC Porto igual ao Benfica no número (66) de títulos de futebol sénior profissional.
Obviamente, a intuição pragmática de Pinto da Costa saiu, mais uma vez, pela enésima vez, premiada. E evocar Pedroto, mesmo numa Luz sem luz, é folhear uma história de sucessos imparáveis desde que O Mestre lançou os dragões na senda dos triunfos indeléveis.
É um outro Mourinho, um Mourinho especial, que tem o pedigree do portismo inculcado que o outro não tinha e, aliás, desprezou pelo seu temperamente excêntrico.
Não digo, como outros parolos, que "este é melhor do que o Mourinho", mas temos um treinador especial, que veste a camisola e honra-a de uma forma digna e mesmo brilhante.
O FC Porto volta a ter uma dimensão extra no seu futebol, que se lê tão bem dentro do campo como se sente fora dele e mesmo antes e depois dos jogos.
Parabéns a André Villas-Boas, um carácter autêntico e um personagem fantástico.
Clube e treinador, outra vez para a história, como Portugal não justifica ter.
Deve ser por isso que metralharam com perguntas: "em que país vai ser de novo campeão".
Portugal é um mundo de pequenos tiranetes e grandes imbecis.
Mas ainda bem que há oásis que deixam tantos camelos ao largo.
A conferência de Imprensa de AVB é, de novo, de um campeão sem igual, sem ser fanfarrão e sem deixar de ser autêntico, verdadeiro, igual a nós mas com a aura própria de quem sabe e gosta de ensinar, mesmo sendo tão novo.
Nunca vi melhor treinador fora do relvado, Zé. Uma inteligência e uma seriedade que nunca vi. Talvez só mesmo o Robson, mas não me lembro assim tanto desses tempos.
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