em espanhol o título deve ler-se DE PUTA MADRE!
... e quanto não sabemos como o FC Porto nos pode surpreender, eis que de uma batalha naval de duas armadas notáveis um superbombardeiro ocupa os ares e o Dragão muda de nome para Falcao - já com 20 golos o melhor marcador portista na Europa, superando os 19 de Jardel e Gomes.
Quatro golos do colombiano a arrasar o "Submarino Amarelo" que quase deitou o couraçado portista ao fundo a confirmar a valia técnica que lhe é reconhecida - ainda que com um golo, pareceu-me, em fora-de-jogo sobre o intervalo da melhor equipa em campo até essa altura.
Quatro golos para a história de uma semifinal que nunca se supôs tão desequilibrada, com o Villarreal a marcar o seu primeiro golo nesta fase da competição (depois de 2004 e 2006) mas a sofrer mais do que um que ditou as eliminações, respectivamente, ante Valência e Arsenal, na UEFA e na Champions.
Quatro golos que fazem lembrar a goleada à Lazio em 2003, quanto os italianos também marcaram primeiro pelo "Piolho" Lopez, a caminho da conquista de Sevilha.
Quatro golos, um deles de penálti que o próprio Falcao "cavou" ao g.r. contrário, para desamarrar a equipa de vez, demasiado insegura e com muita folga a meio-campo como se não bastasse a inferioridade 3-4 no sector. Dois golos maravilhosos de cabeça. Um de pé esquerdo a emendar jogada de ruptura de Hulk num contra-ataque fulminante em que foi Falcao a lançar Hulk da linha de meio campo e surgir a finalizar numa jogada de compêndio. De permeio, mas não menos importante, um grande passe de Sapunaru para Guarín fugir pela direita e marcar, de cabeça, à segunda.
Quatro golos, e depois de três antes ao Spartak, numa semifinal é obra e porventura inédito num jogo só! Chegar a 15 no total da competição, sem contar um na pré-eliminatória de acesso, é igualar o recorde do alemão Jurgen Klinsmann em 1996, quando levou o Bayern à vitória na Taça UEFA (final a duas mãos com o Bordéus), cilindrando de caminho o Benfica com 4+2 golos do loiro "panzer" germânico.
E, na vida real que é este sonho permanente do FC Porto de volta à competição que ganhou na última vez que a disputou, se os adeptos portistas teriam de ficar surpreendidos foi, além do 5-1 contundente, a primeira vez que viram um jogador do FC Porto em casa própria fazer um poker de golos na Europa. Antes, só Gomes nos 9-0 ao Rabat Ajax, em jogo realizado em Vila do Conde, e Madjer, nos 8-1 ao Portadown na Irlanda do Norte, lograram esse registo. Também Pena, nos 8-0 ao Barry Town, acabei de descobrir agora no arquivo, mas numa pré-eliminatória.
Foi Falcao o bombardeiro não inesperado mas armado de poder de fogo que é também a chama do Dragão que leva já 34 golos a caminho do recorde absoluto numa prova europeia.
E, do início ao fim, ficamos sempre boquiabertos sobre qual a maior ou a próxima surpresa que esta equipa magistral é capaz de nos reservar. Metida numa redoma no Inverno, aproveitando o que amealhou antes como a formiga e sem pôr-se a cantar como a cigarra, a equipa de André Villas-Boas subjugou o adversário, com os mesmos 52 jogos oficiais na temporada, com poder físico impressionante que a tornou num rolo compressor à falta de pilhas, a não ser de nervos em franja, dos espanhóis destroçados fisicamente na 2ª parte e abatidos animicamente até para a 2ª mão.
Os 5-1 não são um recorde em meias-finais europeias. Mas podem vir a ser um recorde no total dos dois jogos se se repetir Moscovo.
É com estes resultados, além de exibições imperiais, como tenho dito, com o afinamento da máquina para o retorno da prova europeia em finais de Fevereiro, que o nome do FC Porto é respeitado e temido na Europa.
Dublin é já ali, com paragem técnica nos arredores de Valência como se fosse Sevilha, e é o FC Porto a justificar uma final portuguesa que infundadas suspeitas de não ser desejada (como se Sevilha-Espanyol em Glasgow-2007 fosse mais facilmente admitida pela UEFA e a Escócia organizadora) são apenas a anedota a marcar a recta final de uma campanha muito séria com Bonfim à vista, pois importa também manter a invencibilidade domingo na Liga portuguesa.
Parabéns, grande, imperial FC Porto, Armada Invencível com um bombardeiro superior.
Acho que tens plena razão Zé Luís...O golo do VillaReal pareceu-me também obtido em off-side, assim como o lance do penaltie, a ser muito bem cavado pelo Falcao, mas foi inegavelmente, uma segunda parte de sonho, especialmente para o Colombiano Radamel que soma agora, a maior fatia de golos da Liga Europa e suponho, de todas as outras competições Europeias...E não esqueçam, o VillaReal sofreu hoje, a sua maior derrota a nível Internacional...Uma noite de sonho a que os "nossos adversários internos" não puderam nem conseguiriam resistir...
ResponderEliminarE um registo justíssimo para a garra impressionante do Guarin, aquela cabeçada marcou e de que maneira o jogo!...
ResponderEliminarBom dia,
ResponderEliminarComo se esperava encontramos muitas dificuldades para dar o primeiro rombo no submarino amarelo. O Villarreal foi a equipa que melhor futebol jogou no Dragão esta época.
Na primeira parte tiveram as melhores oportunidades de golo, e podiam ter partido para o intervalo com mais de um golo de vantagem.
Aproveitaram bem a nossa ala esquerda que era uma autêntica avenida, com Alvaro muito desconcentrado defensivamente.
Guarin muito lento, Hulk a complicar, e iam nos valendo Rolando, Otamendi, Helton, Sapunaru, Moutinho e Fernando a segurar as investidas ofensivas do Villarreal, e Cebola e Falcao a lutar contra a defensiva espanhola.
Rossi e Nilmar são muito difíceis de marcar, quando a equipa espanhola joga em contra-ataque. Jogam no limite do fora de jogo, e tem médios de grande qualidade técnica a servi-los. Na primeira parte tivemos uma grande oportunidade de Hulk, e ficámos-nos por aí.
Na segunda parte, depois dos espanhóis terem falhado o segundo golo, acordamos para o jogo e fizemos um 40 minutos fantásticos, demolidores, com Falcao a efectuar a melhor exibição desde que chegou ao Porto.
Guarin, fruto do reposicionamento operado por Villas-Boas apareceu no jogo e com Moutinho transportaram o jogo do Porto para a frente, e começaram a lançar bolas para as alas, que a cada cruzamento eram meio golo.
Foi a partir desse momento que nos deparamos com as fragilidades defensivas do Villarreal, e se o jogo tivesse mais uns minutos mais golos marcaríamos.
Nota positiva para o público que puxou pela equipa do primeiro ao último minuto, criando um ambiente arrepiante.
O árbitro sem influir no resultado final, cometeu pequenos erros de avaliação disciplinar e técnica. Amarelo a Fernando, e não amarelo logo a seguir a jogador espanhol. Foras de jogo mal tirados ... o jogo merecia um árbitro doutra craveira! Era uma final antecipada!
Na segunda mão temos de gerir sériamente o resultado, respeitando a valia do adversário, poupar Moutinho que está à beira da exclusão, e carimbar aquilo que todos ansiamos ... Final de Dublin.
Abraço e bom fim de semana
Paulo
http://pronunciadodragao.blogspot.com
Vendo na repetição o golo do Villarreal é regular, pois Rolando a tentar cobrir Nilmar no cruzamento, coloca em jogo o jogador que aparece depois na pequena area.
ResponderEliminarÉ realmente um Porto fantástico e demolidor, como diz Pinto da Costa, melhor que o de 2003 e ao nivel do de 1987! Só me parece que para nos batermos na Champions precisamos de um central e um trinco melhores.