Vêm aí os russos, outra vez, acabadinhos de despachar o Ajax com 3-0 em Amesterdão e 1-0 em casa no sintético do Luzhniki que o FC Porto conheceu também na ronda anterior onde venceu o CSKA por 1-0 e depois 3-1 no Dragão. O Spartak é uma equipa de respeito, além de renome ainda que só para consumo interno, mas creio não ser superior ao CSKA que o FC Porto deixou para trás pela terceira vez na Europa e sem perder qualquer jogo.
Mas, ao contrário das eliminatórias anteriores, incluindo e para começar a do Sevilha, desta vez o FC Porto não apanha nem o adversário mais difícil entre as equipas portuguesas ainda em compita, nem um candidato à final de Dublin. O que, obviamente, não quer dizer nada mais para além da avaliação teórica, ainda que fundada em resultados práticos e conhecimento real das equipas, que o campo comprovará ou não mas amiúde contraria e causa a surpresa. Veremos, por fim, se a euforia justificada do título já ficou para prosseguir mais tarde e voltamos a ter os pés assentes na relva e a cabeça no lugar para actuar cerebralmente como a equipa de André Villas-Boas vem fazendo de uma forma magistral e que nos enche de orgulho e satisfação plena.
Pesando tudo, o FC Porto é mais favorito desta vez, valendo o que vale pensar isso e da mesma forma que Villas-Boas o acha, submetendo tudo à aprovação do jogo mas com expectativa de ver a nossa equipa progredir para, previsivelmente, defrontar o Villarreal (defronta o Twente) que é outro dos candidatos, desde o início, à final.
O Sp. Braga defronta os "quase russos" que são os vizinhos destes da Ucrânia, com o Dínamo de Kiev de novo sólido com Yuri Semin de volta ao clube e à tradição de jogo implementada por Lobanovskyi e que tanto trabalho deu, na Champions e vencendo no Dragão, ao FC Porto há três anos. Com a equipa de Domingos no melhor momento da época, pode ser cruel uma eliminação já com história feita pelo alcance dos quartos-de-final, mas antevejo que o Braga passará um mau bocado apesar da sua capacidade defensiva posta à prova em Liverpool de uma forma muito denunciada e "monocórdica".
Já os louros holandeses do PSV visitam a Luz com a técnica e o conhecimento dos "electricistas" da Philips. Ao contrário de muitos vaticínios na altura do sorteio, não acho que o PSV seja o adversário mais fácil.
Primeiro, porque é uma equipa que gosta de dominar o jogo, ter bola e mostrar eficácia, misturando a célebre "técnica da força". Segundo, porque o Benfica deste momento não "assusta" ninguém, se é que alguma vez o fez.
E voltando ao momento do sorteio, concordo por isso com Jesus quando contrariou a tendência de optimismo que se pegou por aquelas bandas. O que Jesus, um louro de cabeço branco qual "ruço" como se chama a alguns burros, não pode dizer, por ser mentira mas estar no sangue daquela gente, é que o PSV tem o melhor palmarés entre os adversários das equipas portuguesas.
Quis, assim, justificar a razão de ter um opositor difícil, mas se isso também fosse medido pelo palmarés o Benfica superaria os holandeses, o que não acredito vá acontecer. Ora, com gente falsa e ignorante, nada como comparar o palmarés de cada equipa:
PSV - 1 Taça dos Campeões (1988), 1 Taça UEFA (1978), 21 campeonatos, 8 Taças da Holanda
Dínamo Kiev - 2 Taça das Taças (1975 e 86), 1 Supertaça (1975), 13 campeonatos URSS e 13 da Ucrânia, 9 Taças da URSS e 9 da Ucrânia.
É incomparável, não é? Mesmo na Europa, em que tem mais troféus, o Dínamo iguala o PSV em presenças nas semifinais: 3 na Champions, 2 na Taça das Taças e 1 na UEFA. Tal e qual. Até pode ser que, em vez do derby português Braga-Benfica a seguir, tenhamos um Dínamo-PSV entre equipas que venceram as finais para as quais se qualificaram!
Já agora, por curiosidade, o opositor do FC Porto com palmarés só a nível doméstico:
Spartak Moscovo - 12 campeonatos da URSS e 9 da Rússia, 10 Taças da URSS e 3 da Rússia.
O "ruço" não acerta uma.
(*) O nome "burro" veio do latim burrus, que quer dizer vermelho. Acredita-se que foi daí que surgiu a crença de que burros são pouco inteligentes, pois, antigamente, os dicionários tinham capas vermelhas, dando a ideia de que os burros eram sedentos de saber. Outra história diz que numa moeda antiga tinha a imagem de um rei com uma cabeça enorme que não era esperto, que se associou com a cabeça resistente do burro. Porém, também pode ter surgido da lenda grega do rei Midas, que foi tolo ao ponto de contradizer a irrevogável palavra do deus Apolo, que foi castigado pelo deus, recebendo orelhas de burro - na wikipedia
Boas,
ResponderEliminartemos equipa, treinado e estrutura para levar de vencidos os russos ... se mantivermos a mesma seriedade, concentração e atitudo não é o spartak que nos vai tirar do objectivo.
um abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/
Os primeiros 12 minutos foram complicados -muito confusos-, depois tudo se foi alterando e a equipa ganhou coesão e ascendente de forma gradual, até chegar ao brilhantismo na ponta final...
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