05 abril 2014

Este mundo está perigoso apesar de dar para rir

 
Custa-me acreditar no ridículo a que chegamos, a que chegou o FC Porto, mas depois de ter sido movido um processo, anedótico e fracassado, a um alegado humorista, mais fedorento do que valente ou sequer credível, por ele achar que o Benfica ganhava 15-0 ao FC Porto da SAD não espero nada e também raramente me revejo no que faz.
 
Em matéria de negócios do futebol e transferências de jogadores sempre tive receio de alguma indelicadeza pondo em causa tudo e todos. Aliás, pugnei sempre para não se atacar as pessoas com presunções, até por o segredo (dos números) ser a alma do negócio e haver muito pouca transparência. Os motivos que levaram MST a questionar a compra de Ghilas desconheço, porque simplesmente não leio o que ele escreve nem acedo à Bola com facilidade e regularidade - ao contrário de muitos portistas, incluindo a SAD, que gostam de ler o paquim da Queimada por muito nojo que lhes meta e contribuem para a sua sobrevivência quando jornais do Porto e no Porto definharam e desapareceram... Não me importa isso de como o MST se atreveu a escrever como, na sua ignorância futebolística, escreve sempre; mas se emite uma opinião e, nela, diz não acreditar no que se diz, enfim, é lá com ele. Também depois daquela arenga patética de Pinto da Costa sobre comentadores (portistas) e fait-divers é, igualmente, de esperar de tudo e, sim, configura uma intimidação: veja-se o António Oliveira, directamente visado, que meteu o rabinho entre as pernas (comentei oportunamente).
 
Infelizmente, o FC Porto é só híper-sensível em certas matérias que mexem com a honorabilidade, alegadamente, de alguns dirigentes que circunstancialmente o representam. Mas é mais uma lição para sócios e não sócios aprenderem. Eu há muitos anos defini o que gosto e o que não gosto e a forma de me associar a algo: que valha a pena e me dê confiança.
 
Uma lástima. Não havia necessidade. E seria cómico se não fosse trágico.

Entretanto, algo que não suscita comichão a um cão com pulgas num pasquim da capital, essa coisa inenarrável, qual Maduro bolivariano agarrado ao poder e à imagem santificada do Chávez que ficou gravado em pedra e remeteu a Venezuela para o tempo dos Flinstones, essa coisa da Liga é um esgoto a céu aberto e com cenas realmente indignas sem sugerir asco aos comentadores lisbonenses.

Isto seria trágico se não fosse apenas cómico e revelador do que um usurpador é e de quão baixo se pode descer: realmente, Mário "Maduro" Figueiredo é um traste da pior espécie, vale que não tem tropas de assalto para massacrar a tiro afugentar os que receia tirarem-lhe o tapete poder em que locupletou; e os de Lisboa que o movem como uma marioneta não se dão ao trabalho de vir combater por ele e com ele, que fecha as portas da Liga como um tasqueiro fecha uma taberna alegando "Direito de Admissão", esperando, quiçá, ser o Ianukovich para ser exilado em Lisboa...

Nunca o futebol português, com a sua associação de clubes, desceu tão baixo e pensar que algumas palermices criadas na intelligentsia lisbonense foram capas de jornal: comparado, isto parece os Khmers Vermelhos nos assassínios em massa no Cambodja no final dos anos 70 - idiotas e palermas é o que mais tem proliferado no futebol mas decerto os pequenos clubes que, depois do tasqueiro Loureiro, inventaram mais uma abencerragem têm o que merecem e não quererão tão cedo embarcar em aventuras utópicas de tipos mais golpistas que os militares da Guiné-Bissau...
 
 
n.b. - um comentário num post abaixo, publicado após o meu regresso às lides, fala nos zunzuns da saída do d.g., que presumo ser Antero Henrique mas a hierarquia do Dragão é algo nebulosa tal como muitos negócios (em todos os clubes!). Também não sabia, não ouvi e só li a deixa desse amigo.

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