Andamos com problemas de elevação, isto é de erguer o orgulho; quando muito, por um clube ou por algo em Lisboa, lá vem uma ocasião festiva. No futebol, porém, a pedagogia está como a caracterização da subida do défice público (129% do PIB): ninguém o comenta como deve ser. Porquê? Como? Onde? Quanto?, respostas que o jornalismo devia dar mas ninguém dá.
Querem saber um bocadinho? Percebam a falácia da dívida pública em voga quando dá jeito e até arremessada pelos que contribuiram directamente para ela...
Entretanto, no futebol tuga, os árbitros - dizem que erram menos, mas não sei com quem comparam - fazem e desfazem resultados e até as Leis do Jogo. São bons, pelo menos há quem fale neles muito menos, apesar de uma voz rouca e fanhosa andar por aí a destilar veneno injustificado.
Temos estes dois golos anulados a Jackson (Belenenses e Nacional) e por dois árbitros internacionais. Não é um Manuel Mota sujeito a que lhe partam os vidros do talho sem ser coacção. Não, coacção só por telefone e pagou-a o Boavista, telefonando a um árbitro depois do jogo (Boavista-E. Amadora, Elmano Santos) para dizer que apitou mal (sem possibilidade de mudar o resultado (1-2). Assim é que a Informação informa: do melhor.
Já sabemos da vandalização de árbitros internacionais como Pedro Proença, com dentes partidos, e Duarte Gomes, com carros danificados. Árbitros de Lisboa atacados em Lisboa, mas alguém à parte paga as favas.
Esta questão da impossibilidade de um jogador do FC Porto se elevar mais do que os adversários deve estar numa lei secreta dos apaniguados das boas arbitragens. Lembre-se o Carlos Xistra que na época passada conseguiu dar um segundo amarelo a Mangala no jogo de Aveiro com o Beira-Mar, resultado feito e um ataque à bola do central mas ameaçando a baliza aveirense. Foi marcada falta, inexistente, e dado um 2º amarelo sabe-se lá porquê.
Como sabem, todos estes lances são minuciosamente tratados nos meios de comunicação afectos ao dirigidos pelo FC Porto e o País está em vias de saber como lidar com arbitragens assim. De resto, o Xistra do chamado Xistrema que dizem existir por aí ficou na história, com uma originalidade tuga, à moda do famoso francês Marc Batta: em Coimbra, no tempo de Jesualdo, quando Jorginho saía para ser substitutído, levou um amarelo, presume-se por demorar a sair. Felizmente não tinha nenhum amarelo e não foi expulso, a substituição operou-se e o Porto (golo de Hugo Almeida) lá cimentou a liderança que haveria de consolidar ganhando em Alvalade com um golo de Jorginho. Já devem ter visto vezes sem conta a memória da estrutura escarrapachada no Torto Canal...
Tivesse amarelo e Jorginho teria sido expulso como Rui Costa num infame Alemanha-Portugal em Berlim. Mas, claro, o Batta é que é um filho da puta. Os árbitros de cá são bons quando apitam como Xistra, Proença e Capela. Isto é m país de Capelas, dizia há um ano Pinto da Costa. Tem é de falar mais alto, expor mais as coisas e ser duro como fazem em Lisboa. Decerto estes lances não seriam tratados ao nível rasteiro que se tem visto e que deixa a arbitragem, como sempre, na lama.
Sem comentários:
Enviar um comentário