19 maio 2014

Tão no vinho e obviamente bêbedo

Além de uns carros a buzinar e umas bandeiras vermelhas a esvoaçar nas janelas, que pensei serem próprios da campanha eleitoral, não me surpreendi com um sururu das rádios já passava das 20h e ainda estavam tanto a desejar que os anúncios de chuva para a nova semana não se cumprissem, como nunca gostamos que se cumpra alguma coisa, como decerto passaram o fds a dar viva à saída da Troika ao fim de três penosos anos de sofrimento, indignação, contestação e revolução anunciada que tanto agitou o País, para alguns quase a ferro e fogo.
 
Eis quando, senão, porém e alguma interjeição vernacular, mesmo num rádio que se diz católica e passa um salmo qualquer ao meio dia e a missa às 18.30h mas só durante a semana, surge uma entrevista a dois num local emblemático amiúde vazio mas subitamente reencontrado com pergaminhos antigos e adequado ao líder que fundou o centralismo em Portugal, não sem antes liquidar, com laivos de tortura africana, alguma nobreza recalcitrante do lado produtivo do País bem distante de Lisboa mas não o suficiente para estar livre do longo braço da lei.
 
Um tipo qualquer, que há um ano deve ter andado calado, balbuciou qualquer coisa de "maior do País, da Europa e até do Mundo". Com surpresa, por revelar-se uma criança de tenra idade quando se supunha um jovem adolescente, um miúdo muito antes de adolescente e que mal sabia falar tal como um adolescente "soletrou" que "o jogo [não sei quê que não percebi mas parece que não foi grande merda]... "e o árbitro roubou três penáltis e devia estar no Inferno".

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