23 outubro 2011

Relativizar o mal banalizando as críticas

ACT. Até A Bola percebe (destaque meu):
Mais golos do FC Porto só há sessenta anos!
É preciso recuar até 1951/52 para aparecer dragão com mais de 22 golos à 8.ª jornada da Liga.
O FC Porto não enche o olho do adepto, mas enche a baliza adversária: 22 golos em apenas oito jogos da Liga, média absurda de 2,75 golos por jogo. Nos últimos 60 campeonatos nenhuma equipa do FC Porto marcou mais golos nas oito rondas de abertura.
José Mourinho, Artur Jorge e José Maria Pedroto, três nomes históricos dos dragões, já tinham visto equipas suas marcar 22 golos nos primeiros oito jogos do campeonato, a mesma performance do FC Porto de Vítor Pereira. Mas só em 1951/52, sob o comando do argentino Eládio Vaschetto, o dragão soltou mais fogo do que agora: 25 golos nas primeiras oito jornadas. Estávamos a 3 de Dezembro de 1961. É obra!
Tirando o empate a zero com o Feirense, o FC Porto de Vítor Pereira marcou sempre na Liga: um ao V. Guimarães, três ao Gil Vicente, cinco ao UD Leiria, três ao V. Setúbal, dois ao Benfica, três à Académica, cinco ao Nacional. O FC Porto tem, agora, o melhor ataque da liga, fruto dos tais 22 golos, mais dois do que o Benfica. Há um ano, com André Villas Boas, o FC Porto marcara nas oito primeiras jornadas do campeonato, mas só apontara 19 golos.

Imagine-se, digo eu, se o futebol não fosse pobre. Adiante. Ah, e há quem ache uma chatice o FCP não estar isolado, mas o Benfica não deixa como no ano passado e os guarda-redes adversários também ajudam um bocadinho...
Num fim-de-semana em que vimos Messi falhar um penálti nos descontos e sem desbloquear o 0-0 do Barça num campeonato liderado pelo estreante Levante; o City dar 6-1 ao United em Old Trafford que 81 anos depois voltou a encaixar meia dúzia; o Bayern aparentemente imparável perder em Hannover; o Chelsea com Bosingwa, Drogba, Lampard, Terry, Meireles, depois Malouda e Anelka mas com duas expulsões dos primeiros ainda na 1ª parte e a perder 1-0 no recém-promovido QPR (David Luiz ainda pensa que os penáltis que provoca passam impunes como se habituou em Portugal); e até com chuva a potes - nada como ver o 5-0 do Porto para a goleada do campeonato com meia equipa mudada, Vítor Pereira a mostrar que não t(r)eme e o plantel a comprovar a sua polivalência e profundidade para calar as más línguas que fazem de qualquer empate o fim... do mundo.


Pareceu-me, desde o jogo em Leiria (Marinha Grande, mais exactamente), que vi ao longe pela net, que Belluschi e Defour davam uma complementaridade significativa ao meio-campo. Então faltou Fernando, ainda longe da melhor forma à 2ª ou 3ª jornada (o jogo foi atrasado), mas o trinco tanto podia ser Guarín como Moutinho. Como o colombiano ainda continua a fazer asneira da grossa em passe errático e finta proibida em local impróprio, com Moutinho confessadamente em baixo de pilhas, nada como Fernando no seu melhor e Defour tanto a ajudá-lo defensivamente como a avançar para "empurrar" Belluschi mais para a frente e instalar o futebol portista junto à área contrária. Varela abrindo o flanco como é seu timbre e Hulk também poderoso no outro lado, ao meio tanto pode jogar Walter como Kléber, porque os dois juntos iriam estorvar-se em vez de "fundir-se". Fatalmente, mas não facilmente, o FC Porto desbaratou o Nacional, voltou a marcar os cinco golos brindados ao Leiria e os médios lá fizeram a rotatividade para ampliarem a goleada com Moutinho, Guarín e Kléber a saírem do "castigo" para fabricarem um par de golos. Hulk, de carapinha loura, rematou a chuva de golos com um chapéu.
Gostei das mudanças, desmentindo o "estatismo" do treinador. Apreciei a vontade colectiva, que soube também combater a boa circulação de bola do adversário que sabe jogar. Anotei o vigor de Defour e o Belluschi solto como gosta. Acrescentou-se a vibração de um jogo variado, em posse e passe, para a direita e a esquerda, pausado para o lado ou acelerado a verticalizar, graças aos médios mais actuantes. Afinal, não era disto que se queria e cuja ausência tanto arreliou a Nação portista?
Ah, de tantos enterros matafóricos e destemperos de opiniões, como se alguma coisa estivesse perdida e a ameaça da "besta negra" antecipasse o próximo Halloween, o FC Porto que liderava só por um golo agora já leva mais cinco, já tem o melhor ataque sem brindar com erros clamorosos dos adversários e vai garantindo a estabilidade defensiva. Nem o ataque funciona mal se a linha média actuar como deve, nem a defesa é o passador, apesar da passividade de Sapunaru que voltou a ser tão evidente quanto inexistente é o apoio ao ataque no seu flanco. Calhou ser Otamendi a pagar também o seu lugar por forma a vermos Mangala com vontade de afirmar-se.
Para relativizar o mal cantado em uníssono, a rotatividade em passo acelerado vai desmistificando preconceitos, mesmo que seja sempre o FC Porto forçado, mas de bom grado aceitando-o, a mostrar mais do que a outros é exigido.
Nada mau em vésperas dos Dragões de Ouro, mesmo que AVB venha com uma derrota incrível nas costas, o Bayern tenha voltado a sofrer golos na Bundesliga como não sucedia desde a 1ª jornada, o City tenha repetido a façanha de 5-0 em 1955 e Messi também comprove que é mortal, falível e até previsível porque desconfiei que ia atirar para aquele lado (ai os esquerdinos a marcar penáltis...) e o Javi Varas voltou a ser grande como o vimos no Dragão em Fevereiro para a Liga Europa.
Como diria o outro, e são tantos desses, o futebol é isto.

Como dizia Vítor Pereira, é ver quem faz as críticas e quem sabe criticar justamente. É maior a confusão no País das subvenções a pobrezinhos, políticos e coronéis do que no Dragão. Porém, ninguém escreve ao coronel que esquece as mentiras de antes e a opacidade governativa que nos atirou para o precipício da bancarrota.

Além dos políticos, de hoje, de ontem e de sempre, só faltava o grito de caserna de quem ainda mama do rancho. http://blasfemias.net/2011/10/23/reedicao-da-brigada-do-reumatico/
Conviria alguém não fazer o que diz o livro "Ninguém escreve ao coronel"...

O vencedor da noite

23 comentários:

  1. Gostei da atitude da equipa, foi sempre essa a lacuna evidenciada nos jogos anteriores...Por isso eu falava em pulso!
    Kléber esteve sempre -nos outros jogos- muito encostado aos defesas e sem revelar matreirice.
    Walter criou o 1º golo, concluiu o segundo e esteve sempre bem quando a bola lhe chegou aos pés...Sabe tratar a bola, sabe agarrá-la, sabe tocá-la...Kléber parece ser mais um ponta-de-lança à moda antiga...Mas a equipa estava rotinada e formatada a jogar para outro tipo de avançado, um jogador mais à semelhança do Walter...Por isso eu experimentaria os dois, acho que se complementariam e dariam espaço e oportunidade aos alas que possuímos, e aos desequilíbrios provocados pelo Álvaro Pereira...Nada se perde em verificar, isto sem querer de modo algum ganhar a batalha das opiniões...

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  2. Isso não impede nada que as críticas continuem por aí fora, e cinco a zero qualquer um ganha.
    Eu gostei, mas vi o jogo aos solavancos na Internet pelo que a análise é limitada.

    Quando ao resto, gostava que o blasfémias me dissesse se os "modos perdulários de vida" são da FP e restantes trabalhadores ou de Mira Amaral e demais burguesia. Mas de quem não usa a cabeça à muito tempo, não se pode pedir muito.

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  3. Quem ganhou 5-0?

    O modo perdulário de vida é daqueles que contraem empréstimos para férias ou colchões de água e depois são visitados pelos executores de falências. Quanto aos Miras, aos Mários e aos Montes não distingo uns de outros. Os factos são conhecidos quanto ao descalabro e os responsáveis, interessam mais do que os beneficiários que o sistema instalou e é preciso erradicar tudo desta democracia que o Coronel não vigia em toda a sua extensão.

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  4. Estão á espera da grande derrota ,para pedirem a todos os santos a substituição do infeliz treinador o homem é básico e esta deslumbrado, tem alguém que o empurrar para ele ir á vida, pois, como é burro, ainda não compreendeu
    que a equipe já não esta com ele
    basta olhar para o banco e vêr que nuinguem festeja os golos, como antigamente.

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  5. Zé Luís desculpa dizer-te isto, já percebi há muito que isto não tem nada a ver com segurança no trabalho, função pública, desemprego ou salários em atraso, mas é sim pura ideologia...Se não fossem os dos gritos da caserna, ainda agora vivíamos nas cavernas, aliás o Vasco Lourenço agora tão odiado foi o que os safou da foice e da martelada final...Que deveria mesmo ter acontecido para não termos que aguentar o triste espectáculo dos "vendeteiros" oriundos do FMI, Gaspar´es, Beleza´s, lembram-se da família toda a trabalhar no Ministério da Saúde(?) ela era a mãe, a filha, o irmão, o sobrinho...Pior foi para os Hemofílicos, que "se foram" às catadupas porque o Sangue conspurcado era mais barato e ela queria lá saber, ainda recebeu uma medalha do Marocas & Cª...Já nesses tempos se trabalhava muito bem para "cortar nas gorduras"...
    -Agora, o Deputado dos "olhos loucos" renunciou -diz que vai renunciar- ao Subsídio de Centralidade, mas só o descobriu ilegítimo, depois de ter sido denunciado nos Jornais...Paradigmático!
    -Acabem com todas as Parcerias Público-Privadas, quero ver se têm tomates!

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  6. Você não distingue o Soares do Mira Amaral, mas o blasfémias e o jmf distinguem... daí o comentário.

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  7. Eu distingo umas coisas e não distingo outras. 36 anos depois ainda não percebi, e em 74 tinha 12 anos mas já me perguntava isto, como é que o sacrossanto serviço de saúde, por exemplo, é servido a diferentes classes de pessoas? Porquê caixas para reformas para uns e outras caixas para outros? Porquê o SNS para uns e SAMS ou outra sigla qualquer para outros?

    Ainda ninguém se perguntou, passasdo todo este tempo todo, poque andaram a fechar os olhos a tal diferenciação? Nunca incomodou ninguém que o acesso a saúde fosse diferenciado para os cidadãos supostamente sujeitos a um igualitarismo de resto a par do pagamento de impostos para o mesmo centralizado serviço de saúde do Estado?

    Não sei de que se admiram ou porque se indignam quando se puxa isto ou aquilo para a conversa, quando há tanta coisa ainda por nivelar e que devia ter sido o básico desde a tal Revolução. Afinal, os propósitos da dita nem eram as condições de vida dos comuns cidadãos, mas outros interesses dos militares fartos das colónias. Não fosse isso e os militares que se revoltam agora não se teriam incomodado a não ser que se proponha mexer nos seus privilégios que os faz agora reeditarem os SUV...

    E não saímos disto, nem igualamos nada. Todos querem preservar a sua quinta, para os outros fica a quinta-feira que puderem arranjar.

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  8. meireles, não sei se o Vasco Lourenço é odiado, eu é que náo admito demagogia barata a parvalhão algum, seja militar ou político.

    Dos benefícios da Revolução já todos estamos cientes dos usuários...

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  9. O Vasco pode juntar-se ao Bardo Alegre e bramar contra a Direita enquanto a Esquerda se perfila para acabar com o que resta dos cacos em que este pobre País está. Entretanto, a riqueza que decresce e a fome que grassa já não podem ser compensadas pela ajuda socialista do exterior, bom bom é em Cuba ou na Democracia de Angola segundo JE Santos...

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  10. Ainda bem que há cortes e recessão severa. É da maneira que saltam cá para fora as mordomias dos que se alimentaram do Estado mas por alguma razão a milícia não disse nada, o caldo entorna-se e há ameaça de tentativa de levantamento de rancho... Uns figurões, é vê-los sempre no dia de pôr o cravo no peitoe conferir com o Diário da República ao longo destes anos. O Zé Povo algum dia há-de tirar os olhos das novelas e dos famosos...

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  11. meireles, o Manuel Queiroz é ex-director do jornal i. Mas como diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és, o Manel andou contagiado pelo balde mar... Nada de anormal nos comentários, não fosse o Manel e o penálti sobre o Sapunaru tinha passado despercebido ao bestunto.

    O que gostei mais foi falar-se sempre do fraco jogo do Porto e o resultado avolumar-se. Imagine-se se tivesse ficado 2-0, as substituições sempre tão em causa ultimamemte não tivessem resultado e o guarda-redes tivesse oferecido um golo...

    Ah, e o adversário fraco, fraco, mas que ameaçou empatar por mais de uma vez e trocava a bola como deve ser, com segurança e sentido ofensivo, mas como levou 5 o campeonato é fraco.

    Para uns, também, feito o trabalho árduo em condições climatéricas muiti difíceis, ante um adversário que luta pela Europa, o melhor foram os que entraram e golearam, depois de o desgaste ter sido causado e a vitória não estar em causa.

    Há críticas para todos os gostos, dá para rir e até para chorar. Mas é o que há.

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  12. Mais uma exibição pobrezinha, apesar da maior velocidade e dinamismo emprestados pela chamada à equipa de Mangala, Belluschi, Defour, Walter e Silvestre Varela.

    Continuam evidentes a falta de sincronismo e sobretudo de confiança, patenteadas nas deficientes recepção da bola e qualidade de passe, na dificuldade de ligação das jogadas e na escolha da melhor opção.

    De enaltecer a coragem de Vítor Pereira ao mexer tão profundamente na equipa, passando a mensagem correcta aos jogadores. Quem quiser jogar terá de se esforçar e trabalhar para merecer ser escolhido.

    Sem jogar bem o FC Porto ganhou bem e conseguiu um resultado volumoso que faz do seu ataque o mais realizador do campeonato. Gostei muito da exibição de Mangala.

    Um abraço

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  13. Gostei muito das alterações na equipa, excepto a retirada de James e Kleber - com o meio campo de ontem penso que estes dois teriam dado ainda mais rendimento à equipa.

    Acho Walter um excelente avançado de area, mas parece curto para jogar no 4-3-3 do Porto, ao invés de Kleber que com mais ou menos maturação dá mais dinamica à frente de ataque.

    A diferença ontem esteve mesmo na dinamica do meio campo, a atacar, porque as transições defensivas ainda têm muito a melhorar - houve jogadas que o trio de meio campo foi facilmente ultrapassado deixando 3 ou 4 "nacionalistas" na cara da nossa defesa - bem aqui Mangala a fazer faltas intelegentes a parar o contra-ataque, como que a mostrar aos mais antigos como se deve fazer.

    Mesmo sem convencer, antes um 5-0 que um 1-0 com lapsos de terceiros.

    De qualquer modo vi ali coisas que me levam a pensar que os jogadores não estão com o treinador, e não foi apenas o desagrado de Belluschi quando saiu.

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  14. "É da maneira que saltam cá para fora as mordomias dos que se alimentaram do Estado"
    Mas você está a ver a mais. Os contratos ruinosos continuam, as reformas dos gestores públicos idem aspas, o ordenado e reformas de políticos continuam os mesmos, a banca e demais monopólios/oligopólios continuam iguais...
    Os cortes são para mim e para você. Mas se você acha que são mordomias...

    Quanto ao FCP, continuam as críticas desbragadas ao jogo "fraco" de ontem... Esperemos é por uma vitória nos dois difíceis próximos jogos e pode ser que tudo mude.

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  15. As critias, normalmente, são por má-fé ou ignorância. Este jogo é exemplar. Já não se realça nem o onze diferente, com a coragem do treinador, nem o acerto das substituições, que mantiveram a equipa a nível alto e aproveitaram os espaços que até ao 3-0 não havia.

    Quanto ao resto, nightwish, vou lembrar que é intenção deste Gocverno de limitar ao máximo do PR (6500 euros) o tecto salarial no sector empresarial do Estado que é o cancro do País e tem as tais mordomias além dos contactos para depois saltarem para o privado por quem amiúde negoceiam enquanto estão no poder na perspectiva de dar o salto. Veja-se o Ferreira do Amaral e o seu negócio de governante na Lusoponte.

    Veja agora que os gajos da CP compram carros enquanto desmantelam mais 400kms de via férrea que tanta falta faz no interior. Sabe quem começou com isto: o Marocas em 1986-87 e eu vivi a experiência lá em Bragança onde estava a pensar que havia comboio. Agora, faz-se um Alfa de Faro ao Porto e ainda acontece chegar com uma hora de atraso, aconteceu-me na 6ª feira à noite.

    Mais: o sector empresarial do Estado tem o aeroporto de Beja que não é utilizado nem quando o de Faro fica inoperacional, como sucedeu hoje. Isto é a administração pública no seu auge e no pico das suas mordomias.

    Se não vê isto, além de as administrações irem reduzir-se substancialmente e perder tantas regalias, ou tem má-fé ou é cego por ideologia, ou anda distraído ou nem quero dizer outra coisa mas é melhor andar informado e não dizer que não se passa nada ou que não há essa intenção. Não é em 3 ou 4 meses que se muda o atavismo de 36 anos.

    Mas as críticas vão caindo de onde suspeitam ir perder privilégios, precisamente. É só vê-los cair, como tordos.

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  16. "Eu distingo umas coisas e não distingo outras. 36 anos depois ainda não percebi, e em 74 tinha 12 anos mas já me perguntava isto, como é que o sacrossanto serviço de saúde, por exemplo, é servido a diferentes classes de pessoas? Porquê caixas para reformas para uns e outras caixas para outros? Porquê o SNS para uns e SAMS ou outra sigla qualquer para outros?"

    Estas diferenças que existem nos Serviços de Saúde são emanações do Corporativismo -Corporações, Sectores de Actividade- do Esatdo Novo que no fundo segmentou esses Serviços...Os SAMS eram os Serviços de Assistência dos empregados Bancários, a ADSE dos Funcionários Públicos, as Caixas de Previdência dos outros Sectores de Trabalho...No meu tempo, existiam Caixas de Previdência em todos os Sectores e Regiões....Caixas de Previdência que se foram fundindo sucessivamente após o 25 de Abril e mais tarde num Serviço Nacional de Saúde...Claro que as Caixas de Previdência não tinham a mesma qualidade de serviço do SAMS ou da ADSE por exemplo, daí que estes Serviços de Saúde se tenham tentado manter autónomas do actual SNSaúde...São fundos diferentes, têm Serviços Médicos próprios, comparticipam de forma diferente e autónoma os Medicamentos ou os Actos Médicos...

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  17. Pois, é vê-los a defenderem a sua caixa esquecendo a igualdade e o serviçi universal embora possam a ele acorrer se quiserem... nã, não acho bem mas percebo os figurões que querem manter a segmentação. O PREC queria o igualitarismo e permitiu que muitas coisas continuassem iguais... Els lá sabiam que no paraíso do socialismo também havia serviços para o Povo e para o(s do) Partido... Até a Zita conta a história no seu livro, olha outro exemplo das subvenções vitalícias que quando é para nós nos dá tanto jeito e achamos um direito para a vida, por muito que tudo mude à nossa volta.

    Repito sempre: demagogia só parolos engolem.

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  18. Zé Luis
    Dancing in the rain…foi o que o F.C.Porto fez ontem à noite, e por mais que custe a engolir a alguns, foi uma clamorosa e gorda vitória.
    Quanto ao amuo do Belusshi com o treinador do FCPorto, a mesma não corresponde à verdade. O que se passou é que Bellusschi reclamou de uma decisão de Cosme Machado, por não ter marcado uma falta que ele sofreu após uma entrada violenta e a pé alto de um jogador do Nacional. Antes que levasse um vermelho, saiu para arrefecer os ânimos.
    A um construtor e municiador de jogo, o que mais se pede é cabeça fria e matreirice para construir linhas de passe e não, que fique com a cabeça quente por discutir decisões escusadas com os árbitros. Que o jogador aprenda qual é a sua função dentro do campo. Muito bem V.P. a mostrar quem manda.
    Quanto à política, deveria ser o mesmo. Que os tipos tenham a coragem para realmente fazerem a revolução e tabelarem as mordomias e prenderem os barões assinalados.

    http://portodragoinfire.blogspot.com/

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  19. Exacto, Kosta. Essa do Belluschi só alguns figurões também a desvirtuam. Percebeu-se com que estava chateado, cumprimentou VP e toda a gente, mas há sempre iluminados a verem ou lerem o lado negro das coisas...

    Por exemplo, Kléber aplaudiu e felicitou Walter na substituição e ainda bem que tudo correu bem para os que jogaram e os que entraram.


    Acho que diz bem da união do grupo e de como VP esteve muito bem a fazer o 11 e as trocas no jogo. Mas parece que quase ninguém viu dessa maneira e não me refiro aos da TVI...

    Enfim, os cr+íticos de tudo e mais alguma coisa, a demagogia barata e o costume na bola e na política.

    Há um ano andávamos a discutir a regalia de uma deputada com casa em Lisboa mas que queria viagens pagas para Paris onde morava e teimou, teimou, teimou meses a fio.

    Pois...

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  20. Zé Luis, ontem por via da chuva que entrava pelo sector 5 dentro e molhava a minha cadeira (de sonho), desviei-me para a central e instalei-me na fila 17 por trás do banco do Porto. Vi claramente os semblantes dos suplentes, quando entraram no recinto, quando foram para aquecer e quando foram chamados pelo treinador. O Belluschi saiu contrariado e cumprimentou o VP sim senhor, mas a custo e ao mesmo tempo virou-lhe a cara. Reacção idêntica teve o Walter - para meu espanto, já que o rapaz já nem podia correr na altura em que saiu!
    Não estou a inventar nem a criticar o que quer que seja, apenas a sensação com que fiquei é que os jogadores não estão lá muito solidários com o treinador, espero bem estar enganado.

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  21. É normal a frustração, o contrário seria anormal. Agora, é por essas e por outras que nunca alinho no Player Power... Convém saber sempre que o treinador é o elo mais fraco se as coisas correm mal e a quem é fácil "fazer a folha", já o contrário não sucede embora as opções de um treinador possam encaminhar um jogador para a porta de saída.

    Sei de suficientes casos em ambos os sentidos para não me surpreender. Nem com essas coisas nem com o diz que disse e certas opiniões apressadas e amiúde mal-intencionadas.

    E nem quero ir mais longe, mas talvez um dia conte o que sinto mais a fundo sobre isso. Espero, porém, que VP triunfe e nesse caso ninguém fala mais no assunto que me parece extemporâneo.

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  22. Zé Luís peço-te desculpa mais uma vez, mas eu não vou continuar este debate que está viciado à partida.
    Quem não conhece os dossiers deve estudá-los razoavelmente antes de os discutir...Pelo que dizes tinhas doze anos quando se deu o 25 de Abril, portanto é natural que não tenhas sentido na pele o sistema que até aí existia, mas já não é compreensível que não queiras saber ou inteirar-te do que existiu de verdade até para poderes falar dele com alguma propriedade...Vê a realidade à tua volta e observa quem foi que beneficiou de verdade com a mudança que se realizou...A ser verdadeiro o teu raciocínio, então os que mais lucraram desde 1974 estariam completamente ao lado do 25 de Abril, a realidade é que não estão, entendes porquê?...Eu estive envolvido em muitas coisas na altura, desinteressadamente,nada ganhei com isso, hoje estou aposentado e para isso descontei os anos que tinha que descontar e foram mais que 4 dezenas, inclusivé tive que pagar a contagem do próprio meu Serviço Militar -é o cúmulo- mas agora não aceito de forma nenhuma este roubo!...Se existem tantas dificuldades então os sacrifícios tem que se distribuir entre todos...A verdade é que o Governo não quer renegociar a Dívida Portuguesa, porque os Bancos não querem contribuir com parte do que investiram nesta Dívida se a CEE mercê destas renegociações, decidir efectuar alguma percentagem de Perdão como na Grécia...
    Se tu achas bem que isto aconteça apenas a um lote de Portugueses então é fácil, contribui tu e eu peço directamente ao PM que me substituas neste sacrifício...Fazemos como se fazia na altura, trocámos de posição!
    Dás-me a tua morada fiscal e pronto.

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  23. É bom que termine e eu nem gosto que o foco se desvie do essencial.

    Continuas a confundir alhos com bugalhos e trazes à colacção o antes do 25/4 que não interessa muito, importa mais o que foi (ou não) feito depois disso e que, confessado por alguns protagonistas, desiludiu quem mais esperanças tinha numa mudança e viu tudo cair mais ou menos na mesma...

    Portanto, eu não vivi o ue tu viveste, respeito-o, mas sei e senti algo do que era e sei, mais, o que se tornou e quem são os beneficiados do Estado que estes fizeram para si mesmos.

    Não confundo minimamente as coisas nem me deixo levar por interesses, que não são os meus, e muito menos por demagogia e ideologia, sou muito racional nesse aspecto e não me vês a defender alguém ou algum partido, apenas a denunciar o que está mal doa a quem doer.

    E não, não dou para certos peditórios, não quero pagar o que não me cabe, não me compensam pelos custos que tantos desmandos me provocam, não chego ao ponto de pedir alguém para pagar por mim e não espero que alguém me peça isso a mim - é desonesto e especialmente insensível por nem saber se vivo ou estou bem mas não é condição social ou económica que me faz pender para um lado ou outro da questºao, apenas o raciocínio frio e duro sobre a situação actual que é insustentável para todos, como todos sabem mas ninguém quer assumir a ruptura sem a qual nuna mais saímos desta apagada e vil tristeza.

    Já o defendi aqui, enquanto náo se acabar com o estigma da Constituição socialista não sáiremos disto e vê-se como condiciona tudo e todos especialmente quem não quer mudar nada mas nunca conseguirá melhorar o que quer que seja.

    Aliás, a partir de agora este tipo de debates deixa de estar aberto a quem quer que seja, eu faço as referências ao situacionismo que me apetecer e ponto final parágrafo. Acabam-se as tergiversações e tresleituras que ocupam aqui demasiado tempo enquanto se fala menos do futebol que, pelo que se vê, é tratado abaixo de cão e mais uma vez espelha-se nestas cr+iticas após o jogo de ontem.,

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