08 fevereiro 2012

Guimarães

A Capital Europeia da Cultura de 2012 acabou de arranjar uma mascote para o clube local com o ridículo inerente (ao lado) a associar-se ao facto. Esquecida a celebérrima doutora que ali pastoreou o autarca socialista local até se chatear com a presidenta que ganhava na ordem dos 14 mil euros mensais fora mordomias várias como era bom tom no regabofe socialista sócretino, deparei há tempos com a dita senhora, muito formada e cheia de nove horas, a discorrer qualquer coisa na RTP que acolhe sempre toda a pândega, mais uma comentadora-residente. Parece que ninguém ligou ao facto ou associou a sinecura, digna do regime, à dra. Cristina Azevedo e Guimarães engalanou-se como se nada se tivesse passado e no dia festivo ninguém evocou a cena.

Este tipo de tragicomédia lusitana é cíclica e não se estranha porque se entranha. Não quero ferir susceptibilidades sequer aos adeptos vitorianos que acho dos mais bairristas do País, defendendo o seu clube até ao fim e passando por cima de quem seja a servi-lo momentaneamente. Também não interessa invocar as razões para o descalabro nem me preocupa o que vai por aquela casa que, em memória de servidões antigas, tem certos epígonos para defender outras dinastias naquele reino...

É, por isso, mais uma triste ironia da história que, a pouco mais de uma semana de receber o Benfica, na 19ª jornada, o Vitória Sport Club de Guimarães tenha visto cair a sua Direcção que há uns anos fez uma aliança espúria com o Benfica para afastarem o FC Porto da Europa. ão longe vai a ajuda (des)interessada do capital da capital, a não ser com jogadores enjeitados e lesionados como Urreta...

Desta feita, como de outras feitas, o presidente do Sindicato dos Jornalistas não vem falar em desvirtuamento da competição por força dos salários em atraso que grassam também em Guimarães. Em ano de Benfica, de andor e de regime no auge, com o Portugal feliz de que falava o maritimista Luís Olim após mais um massacre insular na Luz, no domingo passado, nada há que perturbe a competição. Se não chega às consciências, não tem audiências... 

ps - escrevo de véspera por ter de ausentar-me à capital do império falido que quer reinar no Carnaval...

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