A mais banal das expressões do jogo falado, talvez da autoria primeira de Carlos Manuel, revela tanto de conformismo como de perplexidade face às ocorrências num jogo, fortuitas, deliberadas ou até suspeitas.
Como esta época já decidi, por tudo o visto com as arbitragens de cá, só ver os jogos do FC Porto, o trabalho também me impediu de não acompanhar os jogos das equipas de Lisboa com as da Madeira.
Há sempre algo de muito perverso nas acontecências do futebol paroquial do 8 ao 80. Por isso, o Sporting que chegou a Lisboa trouxe a crise com que partiu dias antes para a Madeira. E levou com insultos de alguns dos adeptos que vitoriaram a qualificação para a final da Taça de Portugal na 4ª feira. Frente ao Nacional, o Sporting ganhou à custa de uma arbitragem simpática, como já fôra na 1ª mão. E depois de afastar o Braga, com sorte, e o Marítimo, com mérito, da Taça, o Sporting perdeu os três jogos do campeonato com estas equipas, caindo para o 5º lugar e pelo menos já a 8 pontos do 3º lugar que dá acesso à qualificação para a Champions (ocupado pelo Braga).
Se não topam, eu explico: para um jogo entre equipas de topo (4º/5º iguais em pontos) e de zona europeia, foi nomeado um Cosme Machado, com a mesma categoria dos "indistintos" e sem "badge" do da 1ª mão da Taça em Alvalade (Paulo Vigarista Batista). Um de Braga, outro de Portalegre. Que bicho mordeu o nomeador dos árbitros para pôr um lisboeta, internacional e designado para o Europeu no Nacional-Sporting?
Por seu lado, o Nacional chegou à Luz com três castigados pela arbitragem miserável de 4ª feira e ainda tendo de jogar ao sábado porque o adversário Benfica vai jogar na 4ª feira seguinte... Ao menos os alvi-negros podem regozijar-se de desta feita acabarem com 11 em campo, ao que li, e até um raro penálti a favor, daqueles que na Luz se contam pelos dedos de uma mão...
De tarde ainda consegui espreitar jogos da estranja, como prefiro. O Chelsea é um manicómio que o russo tresloucado paga doentiamente. Além de não se ver fio de jogo, vamos em Fevereiro, os defesas metem água e oferecem golos que dá dó. Bosingwa lança mal da lateral e o Everton faz 1-0, Cole adianta a bola e perde-a na saída para o ataque e aí vai 2-0, David Luiz passeia o espanador mas não vê bola alguma perto ou longe, como nunca viu aliás e ao menos já não se sente impune nas faltas como se habituou em Portugal.
O Barça, primeiro a patinar no gelo de Pamplona e depois a fazer brilhar o g.r. navarro, perdeu no Osasuna a quem eliminara da Taça do Rei com goleadas. O título já foi perdido em Janeiro, na sequência de golpes de arbitragem que só vistos. Nem de propósito, e ao contrário do Sporting que segue na Taça graças à arbitragem, o Barça levou com o Turienzo Alvarez que no início do ano não viu uma mão monstruosa (e penálti) de um jogador do Espanyol no 1-1 do derbi e ontem apanhou este árbitro com um auxiliar que, miraculosamente, viu um jogador culé a tocar com um cabelo numa bola e assim pode assinalar fora-de-jogo que impediu o 3-3 quase no fim.
O Barça já perdera o campeonato desde que o Real Madrid começou a queixar-se das arbitragens sendo sempre beneficiado.
Vi-te ó Pereira faz nomeações à sua maneira mafiosa depois de o campeonato tuga do compadrio e tráfico de influências, agora com sede restabelecida em Lisboa, ter ficado decidido com o caixão entregue para dar o galo necessário em Barcelos.
Nada disto é original e muito menos nunca visto.
Por cá, o regulador (das manigâncias) dos árbitros tugas lá se lembrou de apontar um internacional para o Benfica-Nacional. E depois da encomenda entregue devidamente com Paixão em Barcelos, vi-te ó Pereira destaca Rui Silva para o Dragão, um novato que é o primeiro a repetir presença com o FC Porto e precisamente depois do jogo com o Gil Vicente no Porto onde apitou justamente um penálti para cada lado.
É um chico-esperto, nada original e muito menos a fazer algo que nunca se tenha visto, o vi-te ó Pereira...
Sem comentários:
Enviar um comentário