O FC Porto, por estes dias, vagueia entre o devaneio diplomático de Pinto da Costa, magnânimo a distribuir ouro e honra por gente que não lembra ao diabo, enquanto brinda a 1000 jogos no campeonato que a Nação só soube através do jornal mais odiado como se não haja gente capaz de fazer contas noutros pasquins e até no famoso gabinete descomunicação, e a eterna dúvida, normalmente com prazo até Fevereiro/Março, sobre a capacidade de Vítor Pereira, por ironia num dos mais convincentes momentos da equipa bicampeã nacional e das raras na Europa ainda sem perder esta época.
Há quem t(r)ema por momentos de oscilação num jogo, sem saber se o mérito é do adversário mas convencidos de ser demérito nosso. Ao fim de tantos anos, muitos para alguns, com tanto futebol nas tvs para todos os gostos, ainda há adeptos, meros apreciadores ou arreigados críticos que despreza a capacidade de a outra equipa também jogar. Muito fechado, saindo com jogadores velozes para o contra-ataque, pois nunca fez sequer uma só jogada de ataque organizado, depois abusando de bolas longas que são sempre um desassossego para uma defesa quando se "atira tudo para cima", o Estoril lutou bravamente, mas com sérias limitações para além do denodado empenho mais mental do que físico. Para uns, o FC Porto t(r)emeu, porém só por milagre não houve goleada e, como o copo meio vazio ou meio cheio, sobrou uns instantes em que a possibilidade do empate - um dos três resultados possíveis em futebol, especialmente se houver vantagem mínima no marcador para um dos lados - assomou só na cabeça tonta de alguns que, invariavelmente, atiram as culpas para o novo treinador Dragão de Ouro.
Ontem vi os golos num site, porque já desisti de ver algo de jeito - às vezes mesmo em transmissão directa e integral - nas tvs do nosso descontentamento, no Reading-Arsenal que esteve 4-0 aos 36 minutos, 4-1 ao intervalo, 4-2 aos 89' e chegou a prolongamento com 4-4, depois 5-5 no tempo extra e por fim, no último minuto, mais dois golos a porem a coisa em 5-7. O Arsenal, que nunca na história recuperara de mais de 0-3, passou aos quartos-de-final da Taça da Liga. Nalguns países, em Inglaterra por maioria de razão histórica, isto é possível e especialmente quando se admitem três resultados no futebol, mesmo que no chavão igual do "game of two halves" e dos 12 golos não tenha havido um de penálti ou sequer de livre. O "free football flow" poderia ajudar alguns renitentes a conceberem o jogo entre duas equipas, por acaso com uma equipa de arbitragem que passa despercebida e sem influenciar o resultado nem beliscar qualquer dos golos.
Deveria ser assim, mas sem alguns parvos isto não era a mesma coisa.
Fica, porém, o registo que aproveito para tirar daqui:
Ah, se quiserem ver os golos do Messi, e do Barcelona, que as tvs do nosso descontentamento escondem como a avestruz ou ignoram deliberadamente, dão um salto a alguns sites, porque isto não é só Real Madrid, Mourinho e CR7. Há muito mais vida para além da nossa porta e da porcaria das tvs tóxicas que, como os pasquins, agonizam com o seu veneno.
às 22.16h - Chelsea, 5 - M. United, 4. Sem espalhafato nem violência, com prolongamento e só porque dois putos do United fizeram asneiras: penálti escusado no último minuto (3-3) e passe desastrado a isolar Sturridge (4-3).
às 22.16h - Chelsea, 5 - M. United, 4. Sem espalhafato nem violência, com prolongamento e só porque dois putos do United fizeram asneiras: penálti escusado no último minuto (3-3) e passe desastrado a isolar Sturridge (4-3).
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