30 dezembro 2012

2012




 
É verdade, O FC Porto foi mesmo campeão em 2012. Muito poucos acreditaram e quase todos acharam que foi por o Benfica ter perdido 5 pontos em duas rondas consecutivas fora de casa. Os que assim propalaram, mais os papagaios do costume e até muitos portistas, ignoraram, deliberadamente, que 5 pontos de vantagem do Benfica foram alcançados indevidamente graças à arbitragem costumeira: ganharam na Feira com ajuda do árbitro na ronda em que Bruno Paixão aplicou ao FC Porto a única derrota em 56 jogos. Não chegou, afinal, para o recorde do Benfica, mas foi o suficiente para ganhar o título ganhando na Luz outra vez.
É verdade, o campeonato 2011-2012 teve essa marca indelével que muitos fazem por atirar para debaixo do tapete. Marca indelével, também, nos números que consagraram o bicampeão e a melhor equipa com a qual Pinto da Costa tanto arriscou com Vítor Pereira pelas condicionantes à partida que roderaram a campanha percorrida sob o signo da desconfiança, apesar de, como de costume, acabar-se com mais vitórias, mais golos marcados e menos golos sofridos. E aquela derrota de Barcelos que impediu, isso sim, é verdade, dois títulos consecutivos sem derrotas e o esticar de um recorde que seria porventura inalcançável até para este FC Porto.
 
Não vi o Estoril-Porto excepto a meia hora final a partir do penálti (indiscutível apesar de acidental). Tinha apanhado os golos do 1-1 ao intervalo, num ecrã qualquer. Mas não fazia ideia, portanto, da razão de Jackson ter saído. De resto, já tinha saudades dos jogos romanceados do FC Porto, com a iminência da derrota - a 3ª em 5 jogos deste fim de 2012 - com que repetidamente o Manha nos brindava. Isto para além de ter sido assinalado o primeiro penálti da época contra o FC Porto. Só não tinha ficado a saber que noutro jogo a equipa com mais penáltis na época a seu favor precisara de mais dois para empatar nos descontos.... Por alguma razão esta é a taça da treta que é, façam-lhe ops broches que fizerem e consagrem o eterno vencedor que ficou nalguma acta desde a ameaça de desistir em 2008 se não houvesse castigo para o FC Porto.
 
Faço sempre por esquecer que as emissoras do regime funcionam assim, como os jornalistas que se mostram surpresos por um qualquer Artur Baptista da Silva bitaitar aos basbaques na televisão e nos canais Expressos do regime da treta, mesmo que o agora burlão tenha aparecido, vezes sem conta, em propagandas do PS que os jornalistas seguem avidamente mas esquecem também muito depressa das vigarices desse campeonato. Vigaristas dignos deste futebol marcado por surrealistas congénitos como Paulo Pereira Cristóvão, Bruno Paixão, Duarte Gomes e João Ferreira.
 
O Moutinho estragou a festa que a meia hora final vinha a preparar-se na TVI. Aliás, ao almoço, o balanço desportivo de 2012 teve, na TVI, que vi por acaso, a indicação de o Porto ter sido campeão, por uns dois segundos, mas o título do Real Madrid teve quase um minuto de exaltação nas catarses convenientes que os pacóvios da capital dedicam aos "ricos e famosos" alimentados por essa sede de vacuidade da informação falsa e manipulada pelos que fazem de Artur Baptista da Silva na Imprensa do regime.
 
Ainda bem que o árbitro não criou um penálti para o Porto no último minuto nem encheu o Estoril de expulsões. Quanto ao jogo lá, já tinha sido difícil para o campeonato, muita correria, bola longa e para o ar, encostos e quedas, paragens e corpo-a-corpo, na meia hora que vi lembrei-me do jogo de há dois meses. Vamos ver como começa o ano.
 
Este que agora acaba teve a marca do bicampeão que, como hoje se viu, não se deixa abater. É a homenagem que o jogo do dia, e outras coincidências laterais, reforçou, porque presumia publicar apenas os dois posters alusivos que chegavam para a encomenda.