02 novembro 2014

Confundir quilos com metros

A semana permitiu glosar a troca de quilos por metros e o Porto distar de Lisboa 300 quilos, tal como a unidade internacional de peso se medir 1kg=1m. Mais abrangente, a farpa de Poiares Maduro ao maduro Costa do Castelo abençoado tem outro alcance.

A semana permitiu rever, de resto, a noção de fora-de-jogo em golos sofridos, mas nunca validados, pelo Benfica. Foi no Bessa, em Setúbal, agora na Luz com o Rio Ave. No Boavista dava 1-1 mas por alguma razão que não se descortinou foi anulado. No Bonfim houve goleada, mas ainda havia 0-1 e um golo foi mal anulado aos sadinos e o jogador da casa partira bem atrás da linha defensiva do Benfica. Agora, com o Rio Ave, quem viu vê, mas quem quiser não ver e apanhar apenas a linha vermelha conveniente e manhosa da BTV percebe que a linha foi colocada milímetros atrás do local onde era suposto ser desenhada. É claro que tudo requer criatividade. Jornaleiros e paineleiros andam numa forma contorcionista para descobrirem qual o mais parvo. Seja na edição em papel do JN, onde se fala em fora-de-jogo certo "por milímetros", seja no online Observador que, em matéria de Desporto e Futebol em particular, tem mirones do olho do cu como o parolo que escrevinhou um romance falseando a estória do Benfica-Rio Ave, os tais milímetros dão montes de metros de estupidez avulsa e quilómetros de peso de ignorância e má-fé  - nada que perturbe editores dados ao descanso, que isto da bola mesmo comentada e vista comodamente na tv ou na tribuna - onde é requerida, porém, superior especialização e olhar mais arguto e apurado para reagir como os árbitros em campo -é algo muito difícil como se constata repetida e afadigadamente.

Mas isto vem há semanas, tal como o esfarrapado PS, de mofo e malabarismo, vem de há décadas a enganar parolos, mas agora dizendo que vem mesmo ressuscitar Sótraques, e há semanas que isto vem sempre a favor do Benfica.
 
O grunho do JN atreve-se a falar em "milímetros" decerto sob uma camada de metros de estúpida estultícia, confirmando que viu apenas na TV e na TV não conseguiu ver a manipulação.
 
Do mesmo modo, o exemplo que trago do Observador é idêntico, por referir-se às imagens da "Benfica TV" (sic, denotando desconhecer a mudança de sigla) onde parece julgar ver adiantado o pé do jogador do Rio Ave.
 
Coincidentemente, nestes longos quilómetros de absurda ofensa a leitores e telespectadores, nenhum repara que a linha vermelha não passa no limite da bota do avançado do Rio Ave, mas apenas por debaixo dela. A linha de fora-de-jogo não é o fora-de-jogo, mas a Informação não pode ser de modo algum sub-informação ou pseudo-informação que esta caterva ignorantes amestrados e domesticados editores carrega aos metros para as Redacções convenientes e mede aos quilos que não pisem a linha da verdade que convém estampar.
 
E, contudo, "por milímetros" não há fora-de-jogo sequer pela óptica da lei, pois em caso de dúvida não se marca e coisa de "milímetros" devia suscitar dúvida e nãoa conclusão, ufana e ridícula, do parolo do JN dizer que "é, mas por milímetros", algo que ele no terreno não veria nem com um periscópio no cu e na TV só vê porque é o primeiro a engolir a manipulação, a denunciar a sua ignorância e a transmitir, qual macaco de imitação, uma informação errada que ele devia descodificar e dar o verdadeiro sentido e correcta análise.

Mas o JN está no mesmo barco de O Jogo, que mencionei ontem, pois o patrão Oliveira quer é recuperar o que o Benfica perdeu e também quer ganhar melhor outra vez...

Depois, quando estas merdas se misturam,  é o forrobodó de sempre e assessores e comentadores são os do costume e bons paus mandados...
 
Sabemos que, na descoberta do Cosmos, muitas observações que começaram por falhar "por milímetros", a longo prazo, desviavam-se quilómetros do alvo e perdiam-se na imensidão do espaço. Os verdadeiros cientistas, os que sabiam o que faziam, os que estudavam e progrediam, acabavam por corrigir e acertar mais tarde. Galileu e Copérnico atreveram-se até a desafiarem o senso comum e a verdade instalada pela Igreja. Mas os fracos perderam sempre o ponto de vista e nunca avistaram coisa alguma a um palmo do nariz.
 
Um desvio de "milímetros" dá, amiúde, um erro de quilómetros mais à frente. É a diferença entre os pontos indevidamente ganhos pelo Benfica fruto de muitos "milímetros" acumulados a seu favor, como milhas de viagens aéreas. Na feliz companhia de aviação e entretenimento que é a arbitragem tuga, aquela onde deixam ex-árbitros opinar à revelia do bom senso mas sempre à medida das toneladas de asneiras realizadas como árbitros no activo.
 
E só falo dos golos em fora-de-jogo mal invalidados aos adversários do Benfica. Se entrar em conta com decisões de arbitragem ordinárias sempre a favor do mesmo como no Estoril e com o Moreirense e Arouca, veja-se lá onde iria o cálculo "milimétrico" da classificação e o peso das críticas que uma classificação verdadeira teria no còmputo geral.
 
E fosse a escala milimétrica vista com esta frequência na Europa e Esmael, o dianteiro do Rio Ave, não teria marcado o golo milagreiro ao Elfsborg para avançar para a Liga Europa.
 
Já quanto ao peso específico das arbitragens na carreira do Benfica, veja-se a queixa da sobrecarga disciplinar choramingada na Europa.

2 comentários:

  1. NÃO NOS VÃO CALAR POR RICARDO GOMES

    benfica 1 - Rio Ave 0
    Não sou disto mas perante tanta comédia rasca...
    Mais um jogo, mais uma vitória, mais 3 pontos na luta pelo título. Uma verdade à La Pallisse, mas será bem assim? Pelo que se tem visto no campo do suspeito do costume, do Sr. Nomeações é evidente que não. Nesta jornada assistiu-se a mais um escândalo no futebol português, à moda antiga, à moda do regime bafiento, bacoco e podre. Teoricamente é sempre melhor jogar em casa e se nesses jogos também tivermos equipas de arbitragem para colmatar, corrigir, ou ajudar a "nossa" equipa ainda melhor. O lance do único golo mal validado da partida é precedido de falta, que o talhante fez que não viu, pois era preciso empurrar a equipinha para a frente nem que para isso se fizesse vista grossa a recuperações de bola faltosas mas, o pior ainda estava para vir meus senhores!!! Saída rápida para o ataque do Rio Ave, bola para o flanco e depois para o centro onde aparece um jogador do Rio Ave a finalizar... E o que acontece? O fiscal-de-linha, sem qualquer dúvida e premeditadamente levanta a bandeirola. Sem a repetição já se via que o dito bandeirola tinha perdido o comboio, estando posicionalmente completamente fora jogada e consequentemente não poderia fazer o melhor julgamento da mesma, ou não! Ele sabia o que tinha que fazer! Relembro que em caso de dúvida se beneficia o ataque, logo um duplo erro propositado na decisão. Mas os casos e a pouca vergonha não ficaram por aqui, a Btv deu o seu magnânime contributo para o circo montado, colocando a linha "vermelha" entre o pé e a bola do jogador que faz o ultimo passe e não à frente da bola! Diz o encornadito comentador: - O atacante do Rio Ave está em fora-de-jogo, tem um joelho à frente da linha da bola. Ouviram bem? Oh meus amigos, ponham a linha colada à frente da bola e vejam se não é limpinho, limpinho, limpinho!!! Eles esqueceram-se que as imagens mostram muita coisa e não apenas o que pretendem propagandear! A Btv é cómica, o fiscal é duplamente cómico, na corrida e quando levanta o "pau"! A propósito de propaganda e do seu fim, não posso deixar passar em claro a (des)comunicação social (televisiva e escrita) de Lixboa, da Capital do Império falido, que como é hábito ignorou, limpou ou benzeu o padre e os dois sacristães do jogo, vulgo equipa de arbitragem. Para eles foi tudo legal, não há falta no golo do benfica e o golo legal do Rio Ave é muito bem anulado. Há democracia em Portugal? Dito isto, e para finalizar, só não vê quem não quer, ou por cegueira doentia, ou por... É demasiado evidente o que se está a passar, todos os fins-de-semana, sempre a favorecer os do costume, um colo-colo salvador e encomendado, com equipas de arbitragens escolhidas a dedo e conscientes das suas obrigações, equipas de arbitragens "GERAÇÃO BENFICA". Esta é a verdade desportiva defendida por esses hipócritas que dançam nas televisões e jornais, o que interessa é ganhar, seja a que custo for porque "nós" estamos sempre aqui para branquear a pouca vergonha que transforma roubalheiras em limpinho limpinho. Se houvesse a tal verdade desportiva, provavelmente, o clube do regime estaria numa posição a condizer com a equipa e o seu real valor, um honroso 4.º lugar, tal são os escândalos a que temos assistido, jogo após jogo. Já sei quem será campeão, não tenho dúvidas. Logo também sei quem não será campeão, o clube do regime a quem o colo-colo não chegará para renovar as faixas, pois não tem qualidade nem dignidade para isso, vale um jantar?

    ResponderEliminar
  2. O problema básico, essencial e único neste exemplo é o seguinte:
    NÃO É POR MILÍMETROS que se considera um jogador em fora-de-jogo. A coisa é tão mínima que o olho nu não descortina, à distância e muito menos em velocidade.
    Ora, a regra - que pelo visto tem de ser vertida em lei, pois os atropelos são constantes - é em caso de dúvida favorecer o avançado.
    Eu aplico SEMPRE esta regra. Se todos fizessem, muitos golos contariam, talvez até alguns mesmo em fora-de-jogo, mas seriam mais os golos validados "apesar de eventual fora-de-jogo" do que os validos em fora-de-jogo efectivo.
    E é isto que está a faltar. Alguém que note que é por acção e não por omissão que se deve agir para o bem do jogo e o fluir do jogo, as equipas procuram mais o golo.
    Parece que há uma regra, não aplicável a todas as equipas, que se constitui um bloqueio mais à acção ou Lei do fora-de-jogo.
    E a estupidez cresce desmesuradamente.

    ResponderEliminar