... mas nem com a APAF se safaram. Quando não se tem jeito e só se depende de ajudas, a barraca é... com as que circundam a lixeira da Luz.
Já esqueceram, como é costume, a conversa de outros jogos em que também não lhes foram marcados penáltis antes de outras ocorrências: o Porto-Benfica de 2009 (Aimar-Lucho, com 0-0, ante do penálti de Lisandro) e o recente clássico na Luz com o penálti de braço duplo armado do Cardozo antes do golo em fora-de-jogo. O ridículo só é facturado com a ironia.
A propósito do 'margulho' do Gaitan, ensaiei uma tentativa de interpretação deste tipo de jogada batoteira. Que passo a transcrever, adaptado, com a sua permissão.
ResponderEliminar1. O avançado só perde o equilíbrio se o seu pé de apoio for derrubado pelo defesa.
2. Ao contrário, se o pé do avançado que colide com o defesa não é o pé de apoio, a queda não é obrigatória nem inevitável, pois o pé de apoio é que garante a estabilidade do avançado.
3. Por isso, quando o contacto acontece sobre o pé do avançado que-não-é-o-pé-de-apoio, ou é o próprio avançado que provoca o contacto, ou o contacto promovido pelo defesa não é suficiente para o derrubar. Exactamente, porque o pé de apoio é que conta. O pé não-de-apoio é o pé móvel, o pé que pode ser desviado mais para aqui ou mais para ali para simular a falta ou para se desviar do obstáculo que esteja á sua frente.
4. No caso do Gaitan, o pé de apoio, no momento decisivo, é o pé esquerdo que é colocado no chão (depois de tocar a bola) pelo menos a um metro de distância do Polga que já se está a deitar à frente do avançado. E é o Gaitan que com a sua perna direita - que não é o pé de apoio naquela situação - que vai ao choque com o corpo do Polga.
5. Não tenho qualquer duvida em afirmar que não foi penalty. O contacto foi promovido pelo Gaitan. Se o Gaitan quisesse teria alargado o passo e passado por cima do corpo do Polga com a sua perna direita. Mas chocou intencionalmente para provocar o contacto.
6. Aquela situação só seria penalty se o pé do Gaitan que fosse atingido tivesse sido o esquerdo.
7.Devo acrescentar em abono do rigor e da honestidade intelectual que este tipo de simulações acontece com todos os avançados, incluindo os nossos. Só que a inteligentia jornalística aqui em Lisboa (estou a escrever em Lisboa) só vê as simulações para o lado que interessa. Desde que seja o Gaitan, o Aimar, El Fuço Nolito, o Bruno Espantado César, o Saviola, ou outro detentor exclusivo de técnica artística já seria sempre penalty.
Percebo, e identifico claramente o argumento.
ResponderEliminarNão vou fazer nem a defesa nem a apologia do diabo.
Tudo isso que o carneiro relata é verdade, mas em movimento acelerado não é fácil ficar de pé com um ligeiro toque seja num pé que não é o de apoio seja num leve toque nas costas que desequilibra quem vai lançado.
Obviamente, como o carneiro constata com justeza, pode haver uma tentativa de ganhar vantagem aproveitando um toque qualquer e apressando ou precipitando a queda.
E acontece com este, como com outros jogadores, de qualquer equipa.
É o chamado ludibriar o árbitro, aqui muito mais quando não há sequer contacto, mas parece que o contacto foi feito.
No limite, é enganar bem.
Nem acho uma coisa nem outra. Nem queda acidental nem provocada. Mas admito que o árbitro possa ter julgado em duas decisões simultâneas:
a) o tal pé de apoio não foi tocado, logo o contacto necessário e indispensável para a queda não se registou;
b) o defesa corta a bola e é canto.
Creio, creio só, que o árbitro ponderou as duas situações.
Mas admito que pudesse perfeitamente ter marcado penálti!
Como aceito a sua decisão, que não é fácil.
Por comparação, é mais verosímil o penálti do empurrão do Garay a Wolfswinkel. Porque há contacto nas costas e por leve que seja, à velocidade a que vai o holandês que até ganhou a corrida e posição ao argentino, é o suficiente, sem dúvida, para estatelar o que vai à frente. Esse é um penálti claro: há contacto, o desequilíbrio é evidente, foi claramente visível.
O primeiro caso não dá tanta certeza.
Continuo a defender que um penálti, como uma pena de morte (que não me repugna existir para crimes hediondos e só nesses casos extremos se deve tomar uma posição extrema), deve ser aplicado em circunstâncias graves e indiscutíveis. Nunca nas de dúvida. Também aqui, in dubio pro reo. No futebol como na justiça não é fácil julgar. Aliás, há muita precipitação.
Mas o meu ponto não é esse!
ResponderEliminarComo o cozinheiro, depois de bla, blá, blá, sem nada em concreto e tudo uma confusão vazia de sentido, a realidade cai-lhe em cima.
Ora, o argumento de o primeiro penálti poder ter alterado o curso das coisas é válido. Mas quem o usa já está atraiçoado em relação a situações semelhantes, que correram em seu desfavor, e que adulterou completa e ridiculamente.
Refiro-me aos casos sumários apontados.
Jorge Jesus - usando a expressão do jornalista brasileiro que o questionou sobre o penálti sobre o Lima na semana anterior - devia ter sido questionado pelo penálti do Cardozo antes do golo em fora-de-jogo que considerou decisivo para a sua derrota com o FC Porto.
E temos o outro caso do penálti que Proença negou ao FC Porto em 2009 antes do penálti inexistente sobre o Lisandro e que serviu também aos benfiquistas para justificarem tudo o que entenderam.
I rest my case
Estamos a falar dos Marretas, certo?
ResponderEliminarSempre á marretada. Sem dúvida. Cump.
ResponderEliminarBoas
ResponderEliminardo melhor:
"A SIC avança que foram encontradas provas que ligam Paulo Pereira Cristovão à "armadilha montada a José Cardinal". "
Abraços