Depois da Supertaça de Espanha, saltando da praia para o campo, da Supertaça da Europa, depois ainda o Mundial de Clubes por sinal logo a seguir a sair do Bernabéu com mais um banho de bola (1-3), mais a eliminatória com o detentor da Taça do Rei que ficou pelo caminho, um festival na Champions com mais um recorde de golos e os recordes de Messi (5 num jogo, máximo goleador no somatório das eliminatórias na prova, há quatro épocas seguidas melhor marcador da competição e desta vez igualando o recorde de golos de Altafini numa época) e uma saída precoce por manifesta infelicidade com o Chelsea, o ciclo de Guardiola terminou com a conquista da Taça do Rei (3-0 ao Athletic Bilbau, bis de Pedro e mais um de Messi cujo recorde de 73 golos oficiais numa época se calhar nem ele mesmo logrará superar).
O resumo pode ser este tão límpido, mas não só. Ficaram, por fim, os 2-2, 3-2, 3-1, 2-1, 1-1 e 1-2 com o Real Madrid, uma única derrota com o grande rival numa fase em que se agudizou a falta de alternativas no ataque desde a lesão de Villa no Japão, em Dezembro, e teve de disputar o título entre os jogos com o Chelsea em seis dias em vez dos oito que o rival teve enquadrados pela eliminatória com o Bayern em que, ao invés, o Madrid foi justamente afastado da Champions.
É claro que a Liga espanhola, como Pep disse, vai continuar a existir sem ele, aceitando desportivamente o que os recadeiros adjuntos ladram pelo dono. É evidente que Pep sai por cansaço, de resto já reconhecido nos multidérbis da época passada que só os tolinhos estão dispostos a suportar para morrerem de overdose que no fim acabará por matar o próprio jogo nas componentes social e negocial hoje em voga. E Pep sai em grande, deixando os burros a falar sozinhos e à espera que qualquer outra equipa de pequenos recordes supere o lote de títulos de quatro anos maravilhosos - e se isso é praticamente inigualável, será impossível replicar a qualidade do melhor futebol jamais visto da mais formidável equipa de clube na História do Futebol.
Vou ter saudades de Pep, um senhor que sempre vi com uma só cara e todos os neurónios no sítio até para saber quando sair, indiferente aos aduladores culés e muito menos aos ruminantes de pé rapado que anseiam tomar o seu lugar, intocável, nos anais deste Desporto. O seu ciclo terminou quando quis e a despeito de perder o campeonato - cuja longa e conturbada história de 38 jornadas teve bem mais truculência permitida no silêncio do Barça sem mais dano à imagem do jogo, dos adversários e das arbitragens miseráveis prò clube do regime - e a Champions. Não pude ver a final de ontem à noite, mas logo que acedi ao marcador (3-0 aos 25') foi como se tivesse visto o Barça jogar da forma imparável e superior que mostrou como o futebol deve ser jogado e desfrutado - e que até o Santos, e Neymar, perceberam o que é jogar à bola e fazer do futebol o belo jogo que apaixona multidões.
Outro ciclo se abrirá, porque sem Pep não será a mesma coisa. Quiçá, a sua educação, serenidade e estocadas envenenadas farão falta e, assim, espoleterá, essa ausência, outros debates e mais "iguais" questiúnculas nas diatribes da bola. Porque até para dizer das boas a quem quisera ouvir Pep teve uma elevação ímpar à qual quiçá também ninguém chegará.
Messi continuará para conquistar mais uma Bola de Ouro de melhor jogador mundial, sem ser beliscado por faltar um troféu mas não por faltarem golos aos montes como atesta o recorde mundial que era de Gerd Bombardeiro Müller.
Se o Barça, e especialmente, Messi serão os mesmos, pois o único ciclo que se reabre é o de Tito Vilanova, adjunto de Pep. A herança nunca fica fácil para os adjuntos, mas nem se têm dado mal no que foi desta época...
Ironicamente, em mais uma época de confronto verbal inaudito em Espanha onde nem costumem poupar nas palavras, a forma deselegante e ferida de ética pelo comportamento de um incontinente tuga como começou esta, na Supertaça de Espanha, será como vai começar a próxima, na Supertaça de Espanha, com os dois treinadores fora do banco porque um meteu a mão no olho do outro ao perder - enquanto Carlos Lisboa mete a mão no cu para se vangloriar das suas conquistas.
É esse ciclo, e não outro qualquer de bacocos deslumbrados com o estrelato, que vou seguir com o mesmo interesse que me fez despertar o gosto, de novo, pelo jogo jogado com Pep Guardiola e que só me lembrava de ver no Ajax de Cruijff - e não no Barcelona de Cruijff - ou no Milan (episodicamente de Sacchi no reiniciar de uma nova-velha era) de Capello, entremeados fugazmente pelo Dínamo de Kiev de Lobanovsky - derrotado faz amanhã 25 anos pelo FC Porto de Madjer, Futre e Gomes (episodicamente também de Juary).
PITOS AO HINO - Leio que bascos e catalães assobiaram o hino espanhol. Tudo normal, até a actuação fascizante da Polícia, banindo as bandeiras autonómicas. Os chico-espertos em Espanha - do género dos que acomodam obras no Bernabéu para inviabilizar ali a final - levam que contar e ouvir ao julgarem Madrid acima de antipatias históricas, sejam com franquismo ou monarquia. De resto, as gentes cagaram-se para as ameaças da Alcaide de não haver final em caso de "mau comportamento". Lá como cá, na capital têm-se em conta de estarem acima das autonomias. Tomara o Jamor, um dia, merecer essa repulsa, mas seria preciso que uns quantos tugas tivessem o que os espanhóis dizem ser "huevos". Cojones.
Ironicamente, em mais uma época de confronto verbal inaudito em Espanha onde nem costumem poupar nas palavras, a forma deselegante e ferida de ética pelo comportamento de um incontinente tuga como começou esta, na Supertaça de Espanha, será como vai começar a próxima, na Supertaça de Espanha, com os dois treinadores fora do banco porque um meteu a mão no olho do outro ao perder - enquanto Carlos Lisboa mete a mão no cu para se vangloriar das suas conquistas.
É esse ciclo, e não outro qualquer de bacocos deslumbrados com o estrelato, que vou seguir com o mesmo interesse que me fez despertar o gosto, de novo, pelo jogo jogado com Pep Guardiola e que só me lembrava de ver no Ajax de Cruijff - e não no Barcelona de Cruijff - ou no Milan (episodicamente de Sacchi no reiniciar de uma nova-velha era) de Capello, entremeados fugazmente pelo Dínamo de Kiev de Lobanovsky - derrotado faz amanhã 25 anos pelo FC Porto de Madjer, Futre e Gomes (episodicamente também de Juary).
PITOS AO HINO - Leio que bascos e catalães assobiaram o hino espanhol. Tudo normal, até a actuação fascizante da Polícia, banindo as bandeiras autonómicas. Os chico-espertos em Espanha - do género dos que acomodam obras no Bernabéu para inviabilizar ali a final - levam que contar e ouvir ao julgarem Madrid acima de antipatias históricas, sejam com franquismo ou monarquia. De resto, as gentes cagaram-se para as ameaças da Alcaide de não haver final em caso de "mau comportamento". Lá como cá, na capital têm-se em conta de estarem acima das autonomias. Tomara o Jamor, um dia, merecer essa repulsa, mas seria preciso que uns quantos tugas tivessem o que os espanhóis dizem ser "huevos". Cojones.
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