Não é um número fraco. Há melhores, fruto de circunstâncias excepcionais. Mas há muitos muito piores. Nos primeiros, acima da média, decerto não foram conseguidos sem um ponta-de-lança de jeito. Dos outros, abaixo da média, seguramente tiveram melhores avançados do que Walter, Kléber e Janko. Depois, com ou sem avaliação da matéria-prima à disposição para fazer golos, podemos comparar. Por exemplo, o "extreminador implacável", do futebol "com nota artística", conseguiu em 2009-2010 marcar 78 golos, nem quero agora falar de penáltis, mas o campeão desta época teve 10 a favor e o de há duas épocas antes teve 11. O FC Porto actual fez 69, sendo Hulk o melhor marcador com 16.
Óscar Cardozo foi o melhor marcador há três épocas, fez 26 golos. Nesta temporada ora finda, com um total superior de golos marcados em todo o campeonato, Cardozo ficou-se pelos 20 e teve de "desempatar" com Lima. Calculem, agora, quantos golos juntos valeram Walter, Kléber e Janko...
Em 2009-10, o FC Porto foi 3º classificado a 8 pontos do campeão, mas Radamel Falcao, na sua estreia europeia, marcou 25 golos. Às vezes nem sempre com os melhores jogadores e os mais prolíficos goleadores se conseguem títulos. Mas ajudam muito, veja-se o Falcao esta época numa irregular equipa do Atlético de Madrid. Tendo, por isso, a ver as coisas na perspectiva colectiva do futebol, avaliando o peso das individualidades mas mais a capacidade de renderem todas juntas e isso é obra do condutor da equipa. A época passada de todos os triunfos, o FC Porto fez 73 golos, a despeito de ter terminado com 84 pontos e 21 à frente do mais directo perseguidor.
Há, contudo, quem perca tempo em maus argumentos, parecendo criticar quem "defende" o treinador acima de gostos pessoais, criticando quem critica só porque sim como parece ser o caso do littbarski. Há muito deixei de opôr outros argumentos para além dos do balanço que cada dia e cada época faço aqui. Aliás, a idiosincrasia da maioria das análises mal amanhadas e mal arrumadas na cabecinha de certa gente, mesmo comentadeiros encartados, será tema para os próximos dias.
Há, contudo, quem perca tempo em maus argumentos, parecendo criticar quem "defende" o treinador acima de gostos pessoais, criticando quem critica só porque sim como parece ser o caso do littbarski. Há muito deixei de opôr outros argumentos para além dos do balanço que cada dia e cada época faço aqui. Aliás, a idiosincrasia da maioria das análises mal amanhadas e mal arrumadas na cabecinha de certa gente, mesmo comentadeiros encartados, será tema para os próximos dias.
Ah, o catedrático do futebol fez o "seu" título com 76 pontos, cheios de pontos de interrogação, acabando tremidinho na última jornada. Com Saviola a fazer a costumeira primeira melhor época num clube, como é do seu currículo. Aquele campeonato com golo em fora-de-jogo quilométrico que ninguém então viu no sítio onde vêem bolas sobre a linha de baliza meio metro dentro dela... Com mais ou menos penáltis, mais ou menos golos e quase o mesmo número de pontos, parece ter ficado confinado a clientes de asilo psiquiátrico a análise à verdade desportiva de 2011-12, lembrando o que foi 2009-10.
Por outro lado, campeão com duas jornadas por disputar, o FC Porto de Vítor Pereira fez os mesmos pontos do campeão de 2007-08 sob o comando de Jesualdo Ferreira, então campeão com quatro ou cinco jornadas por disputar mas acabando com os mesmos 75 pontos - administrativamente reduzidos para 69 por causa do Pífio Dourado.
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