Primeiro, a maioria dos opinadores com direito a coluna de jornal e microfone à discrição continua sem entender o fenómeno. Segundo, estando a par dos acontecimentos, analisando, dissecando e dissertando diária e doentiamente sobre eles, não percebem minimamente do que falam e não observam atentamente o que vêem. Logo, a razão da superioridade portista não se vê ou sente apenas consumado o facto - o título que parece fugir e foge a quem menos parece... -, no fim da época ou quase. Tem de perceber-se na hora e antever o que sucederá. Não é fácil, até porque há tendência para o mimetismo, replicar o que outros dizem. Sem pensar. Até uns certos pategos portistas, por exemplo, que afiançam ser maior o demérito do perdedor do que o mérito que deviam saber avaliar da sua equipa. Já nem digo as enormidades parvas sobre o técnico Vítor Pereira...
Por exemplo, fez dois meses sobre a inequívoca vitória portista na Luz, decisiva para o título. À parte questiúncula de arbitragem, facilmente resolvida entre o deve-haver no jogo e em que o Benfica foi favorecido, o futebol do Porto foi melhor, mais competente e ganhador, como conviria no despique directo. Mesmo assim, há quem fale de um Porto menor, mas em comparação consigo próprio, na época anterior e quase impossível de repetir. Mas não em comparação com o adversário directo. Aí não se pode, então, falar de demérito do perdedor. Em confronto directo, o FC Porto foi a Braga ganhar sem espinhas. No mesmo confronto directo, o Benfica voltou a precisar da arbitragem para ganhar ao Braga. No somatório, o FC Porto foi mais forte e competente, teve mérito. As opiniões de alguns papalvos portistas, com o preconceito enraizado do desconforto com VP desde o perído conturbado do Outono, replica coisas de benfiquistas e, contudo, esses têm mais razão para olharem o seu treinador, suposto catedrático do futebol que pelo segundo ano consecutivo enfardou de dois técnicos jovens e inexperientes.
Estamos entendidos? Não, não estamos. Olhemos para outros pormenores na fase crucial da época: além da sobrecarga, que também pelo lado europeu correu mal, da eliminatória com o Chelsea se seguir àquela com o Zenit que caíra em cima da derrota com o Porto (de facto, jogada logo a seguir ao clássico), tivemos também a taça da treta. Como então observei, mesmo o Porto perdendo por influência de arbitragem com um 2º golo benfiquista ilegal e depois de o Porto ter perdido o ensejo de ampliar o 1-2, VP geriu o plantel, utilizando alguns jogadores menos rotinados (Mangala marcou mas acusou pressão e cometeu erros, e permitiu o 3-2) contra o quase melhor onze do Benfica. O seu treinador, ciente de poder ficar à mão de um troféu de menor valia, escolheu o caminho e, tal como há um ano, sabe-se que o triunfo final não valeu nada, perdendo tudo pelo meio. E pelo meio significou jogar menos, criar menos ocasiões, perder forças e até as estribeiras, como se viu na patética expulsão de Aimar num jogo medíocre em Olhão como na ridícula reacção contra a decisão do árbitro e o castigo de dois jogos subsequente. Ora bem, se querem medir o demérito podem fazê-lo por aqui. Como é mais provável, não o fazem e temos o exemplo do que é um briefing mal sucedido por incompetência de análise e desajeitada maneira de a conduzir.
Como é que isto sucede? Let's do a briefing
(para animar um País por muitas razões deprimido)
A verdade é que eu não sabia o que meter para manter a série da semana...
." Sem pensar. Até uns certos pategos portistas, por exemplo, que afiançam ser maior o demérito do perdedor do que o mérito que deviam saber avaliar da sua equipa. Já nem digo as enormidades parvas sobre o técnico Vítor Pereira.."
ResponderEliminarMais uma excelente prosa meu caro José Luis ,e assertiva.
Este seu excerto supra citado, pela minha parte dedico-o aos opinadores da bolha e ao obeso Amorim do partido do pato donald.
São 8,6h vou sair para trabalhar
mas,mais bem disposto com o seu poste.
Saudações
PORTO PORTO PORTO
Em resposta a algumas mentes anti VP no FC Porto, agradeço que leiam a 1ª página do jornal "A biblia" de hoje.
ResponderEliminarMais uma alfinetada nos egos inchados.
Quanto ao jogo da taça da treta...poucos pategos perceberam o que P da Costa quis afirmar com a expressão...”Desta já nos safamos”. Viu-se nas jornadas seguintes, e principalmente em Braga e no Funchal.
It´s open the Dirty Skunk Season...
http://portodragoinfire.blogspot.pt/
Após a vitória no fim de semana passado, é vê-los a correr sofregamente para arranjarem os melhores lugares e perfilarem-se no estádio batendo no peito e no símbolo, cantando aleluia... aleluia irmão!!! Festejem muito...mas muito mesmo. Mas cuidado, não engulam o assobio no meio de tanto festejo.
ResponderEliminarQuando foi preciso puxar pelo barco, era vê-los a destilar ódio ao V.Pereira e a alguns jogadores do plantel, fazendo o que o inimigo mais desejava.
Largos dias tem cem anos...
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