09 novembro 2014

Para os criativos das linhas do fora-de-jogo

O Rayo Vallecano podia ter logrado, ontem, o 2-2 no Bernabéu, mas houve um fora-de-jogo à moda do Rio Ave, ou mais propriamente ao jeito do Benfica. O jogador "raysta" foi penalizado por "milímetros". E, entretanto, o Madrid fez o marcador subir a 4-1 com um golo de Benzema com a legalidade que se percebe na imagem.
 
Já não há palavras para descrever o que a FIFA, via International Board, tentou simplificar com a regra de "favorecer o avançado" em caso de dúvida, isto é, em caso em que haja alguma "desconformidade" com a regra do fora-de-jogo por "milímetros".
 
Não há palavras é o termo, pois ainda ontem li um interessante apontamento de José Manuel Ribeiro, director de O Jogo e um exemplo claro e prático do bem prega frei Tomás. Pois o bom do Zé Manel escreveu direitinho como se deve fazer, só que não leva à prática no jornal que dirige o que bem apregoa. Diz ele que a vista humana, à distância em num lance de movimento rápido, não distingue diferenças de centímetros, quanto mais de milímetros no que ele descreve, em relação ao Esmael do Rio Ave na Luz, um "meio pé".
 
É suficientemente estúpido um jornalista, suposto conhecedor das Regas do Jogo - mentira, quase nenhum as conhece e quase todos as torturam para enquadrar no favorecimento, ou não, de um clube -, alegar um fora-de-jogo por "milímetros", por uma "cabeça" ou por um "pé", muito menos por "meio pé".
 
Mas é isso que essa classe de estúpidos nos oferecem diariamente. E quando vemos um director de jornal /(poderia citar outros, mesmo que não tenham tido a coragem de escrever sobre o assunto) dissecar a coisa de forma conforme à lei e ao espírito que uma regra estabelecida lhe subjaz mas permitir o aviltamento da lei no seu jornal por um ou mais pascácios está tudo dito. Não vale a pena dar mais palavras.
 
Portanto, tivemos o crime perfeito em Madrid, com um golo em fora-de-jogo que não devia ter sido sancionado e o marcador subir a 2-2 e um golo em fora-de-jogo não invalidado que fez saltar o marcador para 4-1. No final, após o 5-1 rematado por CR7, tinha razão o treinador do Rayo: não é por ter dado goleada que vamos silenciar o que se passou, seríamos parvos (tontos, em espanhol).
 
Entretanto, vimos numa semana o Chelsea, de Mourinho, ganhar ao QPR em casa com 2-1 num penálti inexistente, numa carga legal de ombro sobre Hazard. Ontem mesmo, em Liverpool, uma mão/braço de Cahill claramente na bola impediu o Liverpool de tentar evitar a derrota com o mesmo Chelsea, pois o árbitro ou não viu ou não achou que fosse mão/braço e penálti contra o Chelsea. Numa semana, eis mais 4 pontos indevidos na Liga inglesa.
 
Esta época tem sido conturbada, e vai tão cedo no seu caminho, por casos de arbitragem um pouco por todo o lado. Exemplo de que nem as excelentes arbitragens no Mundial do Brasil permitiram elevar níveis de exigência e depurar as múltiplas arestas tão vulgares em decisões de arbitragem que nunca contribuem para se considerarem Leis do Jogo bem aplicadas e de forma uniforme em todo o lado e iguais para todas as equipas.

1 comentário:

  1. Ora bem...o goleirinho do nacional no Dragão só não pegou bolas indefensáveis...e hoje foi o que se viu...entregou de bandeja 2 FRANGOS BEM GRELHADOS ao fifica...

    Não é impressionante como os goleirinhos adversários no Dragão fazem a melhor atuação da época???

    Mas contra o fifica, é só frangos...impressionante, não é?

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