Apesar de parecer ser daqueles dias em que, por mais que se tentasse, a vitória poderia surgir ou fugir por isto ou por aquilo.
Apesar de mais um penálti por marcar na 1ª parte (e numa daquelas faltas em que o defesa só procura o contacto e não tem a bola jogável, e são mais assinaladas fora da área como sucedeu no final sobre Álvaro).
Apesar de nem sempre Hulk ter tomado a melhor opção entre rematar ou passar (teve Kléber uma vez para servir e chutou... de pé direito).
Apesar de Belluschi muito ter tentado o passe de ruptura e de Djalma prometer ficar mais maduro, sereno e consciente lá para o fim do campeonato depois de muito persistir jogando com alma mas sem discernimento.
Apesar de não se entender como Belluschi não engatava uma coisa de jeito e era suposto James passar a nº 10 mas ficou na cabina ao intervalo.
Apesar de arrufos por isto ou por aquilo, porque jogadores quiseram sair no Verão e ainda hoje são cobiçados pelos mesmos do Verão, ainda vemos Fernando a fazer (mais um) jogo enorme; vemos Álvaro a encher a esquerda; vemos Rodriguez Cebola a dar tudo e a mostrar utilidade quando em boa condição física, massacrando as defesas com a sua impetuosidade em cada lance, e a despeito de alguma altercação, normalíssima, que tenha com o treinador, como ambos assumiram.
Apesar de um Peçanha medonho a defender tudo e uma defesa impecável do Marítimo que no global demonstra, mais uma vez, ter uma combatividade enorme que precisa ser refreada apenas na forma de disputar os lances.
Apesar de Duarte Gomes ter demorado a sacar dos cartões, mais um árbitro que vai adiando aos adversários para mostrar o primeiro a um jogador do Porto como tem sucedido repetidamente ao longo do campeonato (até na Taça foi assim), expulsando um caceteiro em dois minutos sem contemplações.
Apesar de imperícia no último passe, de remates falhados por mais ou menos um bocadinho e de falta de lucidez na definição última das jogadas criadas aos montes na área maritimista.
A vitória, normal mas difícil, do FC Porto demonstra todo o carácter e vontade da equipa que se reencontra consido própria e tudo agregado fez um jogo demolidor que só pecou na concretização, mantendo a liderança do campeonato com uma firmeza de ferro, assente numa mentalidade de não desistir e na máxima do "Somos Porto".
Temos Porto, a equipa puxou sempre pelo público e este foi atrás a apoiar entusiasticamente, Vítor Pereira mexeu sempre bem e foi incisivo, estreando até Iturbe no Dragão com boa pinta do moço argentino. Gostei de tudo, apesar de nada sair bem a Belluschi mas sem nunca fazê-lo desanimar e de Djalma enervar por tanta ingenuidade e ser pouco concreto.
Mas ainda bem que a finta de Belluschi a Briguel na área foi aproveitada por Cristian Rodriguez. Com a malapata do argentino, desconfio que não marcaríamos e dificilmente ganharíamos o desafio, daqueles em que por tudo se tentar nada se conseguir, às vezes, a não ser deixar tudo em campo. Parabéns às duas equipas, pena o Marítimo abusar da dureza.
"Apesar de não se entender como Belluschi não engatava uma coisa de jeito e era suposto James passar a nº 10 mas ficou na cabina ao intervalo."
ResponderEliminarNo estádio foi nítido que o James teve que ser substituído por lesão devido à sarrafada do Roberge.
De resto, acho mesmo que a diferença para a 2ª parte foi a maior dificuldade de Porto impôr o seu jogo precisamente pela falta do James.
É possível que sim, Miguel, mas não sou adivinho (sobre a lesão). E claramente percebeu-se que havia Belluschi a menos e faltava James.
ResponderEliminarMesmo assim, tivemos um grande Porto, empolgante, apesar de nem tudo sair bem, mas sempre a abrir e sempre a apertar mais o torniquete.