20 maio 2009

“11 DE LUXO” com Jesualdo Ferreira (2008-09)


Não é só vencer, é golear

Esta proeza à vista de todos foi decorada, semanas a fio, com resultados sem margem para dúvidas: nenhuma pela margem mínima, só duas com dois golos, um total de 35-8 em golos marcados e sofridos fazem desta série de luxo a mais realizadora das três que o FC Porto obteve na sua história na mesma época.

Curiosamente, se a série com Artur Jorge teve Gomes goleador e a de Oliveira um Jardel à altura do bi-Bota de Ouro, Jesualdo teve muitos mais marcadores de golos: Hulk (6), Lisandro e Rodriguez (5 cada), Lucho e Farias (4 cada), Rolando (3 nos últimos 3 jogos em que participou, ausente na Trofa), Bruno Alves, Mariano e Raul Meireles (2 cada), também Guarín e Tomás Costa (1 cada); são 11 jogadores no activo e podiam render mais não tivesse Hulk sido massacrado no jogo da Taça na Reboleira após a perseguição infame em Guimarães, para voltar a jogar e assistir na Trofa, e Lucho terminado a época mais cedo. O que diz bem do trabalho colectivo, da força de assalto da equipa no seu todo (só os laterais não marcaram) e de uma categoria futebolística que superou as conjecturas e golpes de sorte proverbiais comuns em muitos jogos fora de casa.

As 11 vitórias consecutivas fora nesta temporada só levam mais uma a abrilhantar a época, ainda que desfasada da série em curso e que terá de prosseguir em 2009-10. Os 12 triunfos longe do Dragão começaram em Alvalade, com golos de Lisandro após ressalto e Bruno Alves num livre magistral de potência e colocação, este a superar o enésimo penálti fraudulento que Lucílio Baptista inventou para o Sporting contra o FC Porto. Além disto, empates na Luz e em Vila do Conde, ambos marcados por arbitragens prejudiciais aos dragões por Jorge Sousa e Pedro Proença, respectivamente. A nódoa, que pareceu pôr em causa a temporada e até a liderança da SAD, foi a 1 de Novembro, na Figueira da Foz, num golo incrível consentido por Nuno. Felizmente, enterrada…

Se Alvalade marcou a primeira liderança do FC Porto na Liga esta época, à 5ª jornada, duas rondas depois parecia o fim da picada, com as derrotas seguidas com Leixões e Naval. Pelo meio o desaire caseiro com o Dínamo de Kiev pôs em causa a continuidade na Champions a ser jogada, em definitivo, na capital ucraniana após aquela que seria a última derrota verdadeira em Portugal (falsa foi a de Alvalade para a Taça da Liga com os dois penáltis inventados por Xistra).

Nesta série que tantos apregoaram poder igualar a que foi obtida sob o consulado de António Oliveira, Jesualdo acabou, sim, por imitar mais a que Artur Jorge conseguiu há 25 anos, até por caber em 30 jornadas nos dois casos.

Poucos pontos de contacto há entre as três séries de 11 vitórias fora, pelos contextos diferentes em que se desenvolveram, mas tornar-se-ia interessante poder “votar” na que mais impressionou quem a elas assistiu, mais ou menos em cima do acontecimento, sendo que há 25 anos não havia transmissões televisivas e os resumos eram tão curtos como maus são os actuais.

Para já, fica a gesta da série corrente. Nos próximos dias, com a evocação das 11 vitórias com Oliveira e Artur Jorge, mesmo para aqueles mais esquecidos e alguns que não assistiram sequer à de há 25 anos, poderemos fazer uma votação sobre a melhor de todas e cada um que vá deixando as suas memórias sobre o tema em cada série.

UMA SÉRIE FORA DE SÉRIE EM 2008-2009

* Outros jogos fora
2ª j., Benfica-Porto (1-1) – Lucho 10gp
3ª j., Rio Ave-Porto (0-0) –
5ª j., Sporting-Porto (1-2) – Lisandro 18, Bruno Alves 31
7ª j., Naval-Porto (1-0) –

A série com as voltas trocadas (adiamento do jogo na Reboleira)
11ª j., Setúbal-Porto (0-3) – Bruno Alves 65, Guarín 68, Lucho 79
9ª j. (atraso), E. Amadora-Porto (2-4) – Lisandro 10, Rodriguez 45+2 e 84, Hulk 71
13ª j., Nacional-Porto (2-4) – Hulk 51 e 90+2, Rodriguez 71, Lucho 90+1gp,
15ª j., Braga-Porto (0-2) – Rodriguez 20, Lisandro 31
16ª j., Belenenses-Porto (1-3) – Hulk 21, Rodriguez 22, Lucho 86
19ª j., P. Ferreira-Porto (0-2) – Hulk 15, Bruno Alves 65gp
21ª j., Leixões-Porto (1-4) – Lucho 23gp, Hulk 49, Raul Meireles 65, Farias 75
23ª j., Guimarães-Porto (1-3) – Farias 52, Mariano 58, Rolando 88
25ª j., Académica-Porto (0-3) – Rolando 57, Lisandro 59gp, Mariano 90+3
27ª j., Marítimo-Porto (0-3) – Raul Meireles 3, Rolando 64, Tomás Costa 83
29ª j., Trofense-Porto (1-4) – Farias 29 e 80, Lisandro 43 e 62

PS: Amanhã - 2º (de 3) "11 DE LUXO" com António Oliveira (1996-97)

8 comentários:

  1. Numa palavra, vassalador, e é uma pena neste caso que a Liga tenha chegado ao fim porque íamos por aí fora a ganhar tudo. Já li um dia destes mas não me recordo em qual delas a série de 11 vitórias incluia 2 ripadas na 2ª circular, pelo que talvez essa tenha naturalmente um grau de dificuldade superior à desta época. Ficamos à espera das outras duas séries para poder comparar. Curioso de facto os golos desta época estarem tão distribuídos, mas aqueles 2 matadores eram o diabo à solta, Fernando Gomes e Jardel.

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  2. Excelente, como o jesualdo disse foi pena a prestação que a equipa teve em casa umas vezes por azelhice nossa como foi o o jogo contra o leixoes, outra com a intervenção do arbitro como foi contra o leixoes com um golo anulado e com um penalty claro sobre o lisandro por marcar. Por isso para o ano á que melhorar a prestação em casa (e o publico tambem precisa moderar as assobiadelas) e se possível manter a prestação fora de casa.

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  3. Silvestre disse:
    «Já li um dia destes mas não me recordo em qual delas a série de 11 vitórias incluia 2 ripadas na 2ª circular, pelo que talvez essa tenha naturalmente um grau de dificuldade superior à desta época.»

    Foi em 1996/97, em que também fomos eliminados pelo Man Utd nos 1/4 da CL.

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  4. Esta época foi só golear...
    Golear em campo, golear o platinado, golear a liga,golear o vieira, golar a des-comunicaço social,golear as pinhões, morgadias, cinaeasta, o homem de Sintra,o coitado do servan etc, etc...

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  5. «Benfica. Dos zero aos 100 em nove épocasPedro Mantorras apanhou o 50 no Campo Grande quando foi apresentado no Estádio da Luz. Pablo Aimar chegou de jacto privado e respondeu aos jornalistas na pista de Tires. Luís Filipe Vieira (LFV), o homem que pagou por eles, anda num Mercedes que faz 5,4 segundos dos zero aos 100 km/h. A alta velocidade. Tal como o ritmo das contratações do Benfica na era Vieira. Desde 2001/02 (quando LFV assumiu a condução do futebol), os encarnados já contrataram 99 jogadores. Só nessa época foram 18. Frenético.

    E Vieira não dá sinais de querer abrandar. Agora, com Rui Costa a mapear os destinos das viagens, já se avistam as placas indicadoras da centena: o clube chegará dos zero aos 100 em nove temporadas. É só esperar pelo Verão. Para já, temos Patric confirmado. O defesa brasileiro de 20 anos, ex-São Caetano, assinou na Luz e falou à Benfica. Ele é o número 99 - o 100 está reservado para Álvaro Pereira ou Ramires, jogadores de quem mais se tem falado nestes últimos dias. Ambos assumiram os contactos encarnados e revelaram a vontade de rumar a Lisboa.

    "Posso ser o 100? A sério? Pôxa, com certeza que é um orgulho", diz Ramires ao i. O médio do Cruzeiro, de 22 anos, não quer abrir o jogo. "Estou a reunir-me com o meu procurado. Vamos ver. Ainda é cedo para confirmar, mas ser o número 100 seria engraçado", confia o brasileiro, que, do Benfica, conhece Léo e Anderson (que passaram pela Luz) e Luisão (ainda cá está).

    Lugar para todos Entre as tais 99 contratações de Luís Filipe Vieira, houve lugar para todos. Para as grande estrelas - como Simão (melhor jogador do século na Luz), Rui Costa (filho pródigo), Katsouranis (campeão da Europa em 2004) ou Aimar (delfim de Maradona). Para os fiascos - Balboa (repreendido por Quique), Bergessio (falhou um penálti com o Boavista quando o resultado já estava 6-1 para os encarnados) e Makukula (criticou Chalana no balneário e nos jornais). E para os peculiares - Pesaresi (expulso nos jogos de estreia e despedida, coisa única), Everson (50 mil euros de ordenado, pugilista em par-time nos treinos e 19 minutos jogados) ou o guarda-redes Zach Thornton (treinado por Queiroz nos Metrostars, 104 quilos e nenhum jogo disputado).

    Milhões Este Benfica, de Vieira, já leva sete treinadores (Toni, Camacho por duas vezes, Trapattoni, Koeman, Fernando Santos e Quique Flores) e dois adjuntos promovidos à condição (Jesualdo Ferreira e Chalana). Aqui, a viagem também não termina - Jorge Jesus é o homem que se segue.

    Neste corrupio de gente, entre equipas feitas e refeitas à razão de uma por época, poucos são os títulos conquistados como justificação para o dinheiro despendido. Contam-se pelos dedos de uma mão (quatro): Taça de Portugal (2003/04), Liga (2004/05), Supertaça (2005/06) e Taça da Liga (2008/09). O conta-quilómetros não pára.»

    In http://www.ionline.pt/conteudo/5046-benfica-dos-zero-aos-100-em-nove-epocas

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  6. envés de falar dos outros...

    "Por falar nisso... o que é que falhou, Diego? “No FC Porto a incompetência prejudicou-me, na Alemanha encontrei o meu espaço”, respondeu o brasileiro ao PÚBLICO, apontando imediatamente o dedo ao treinador Co Adriaanse (“não sabia aproveitar o meu potencial dentro do campo”) e também ao FC Porto (“não pagava o que devia”). “Cheguei a ter três meses de salários em atraso”, completou o brasileiro, que chegou às Antas em 2004 com rótulo de Deco. Hoje lamenta essa “parceria”. “Foi uma sequência de erros graves. Todos podem ver o jogador que sou. Os últimos três anos aqui na Alemanha serviram para provar de quem era o problema. Era do FC Porto”."

    in público

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  7. Faz hoje 6 anos, foi a 21 de Maio de 2003 em Sevilha um dos dias mais maravilhosos da minha vida de portista, uma final fantástica e num ambiente único com escoceses aos molhos. Era só para recordar essa odisseia que culminou no ano seguinte na conquista da champions, mas aquela final com o Celtic foi verdadeiramente emocionante.

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  8. Jorge Maia n'OJogo

    «Eu já desconfiava, mas agora tenho a certeza: está oficialmente aberta a silly season. Já havia sinais da mudança de estação em algumas notícias peregrinas e numa ou noutra declaração marcada pelo efeito da inalação de pólenes, mas a confirmação chegou ontem pela boca de Diego. "No FC Porto, a incompetência prejudicou-me", disse ele numa entrevista ao "Público", abrindo as portas para a silly season entrar em todo o seu disparatado esplendor. Afinal, dizer que, no clube que lhe permitiu conquistar uma Taça Intercontinental, atingir pela primeira e única vez na sua carreira os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, partilhar a conquista de um título de campeão e uma Taça de Portugal, a incompetência o prejudicou não deixa de ser um disparate considerável. A menos, claro, que esteja a falar de incompetência na primeira pessoa do singular. Ora, parece certo que o FC Porto faz tanta falta a Diego como Diego faz ao FC Porto. A única diferença é que, no Dragão, já ninguém se lembrava dele, enquanto ele continua a ter pesadelos com o FC Porto, mesmo em vésperas de ver - na bancada - o seu clube disputar a final da Taça UEFA. Silly.»

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