04 novembro 2011

Vítor Pereira toca a reunir

Ao invés do triste Paulo Bento, de que só apanhei uns flashes, gostei da intervenção de Vítor Pereira que decorre enquanto escrevo estas linhas, na conferência do Olival. O treinador do FC Porto fez o toque a reunir, asseverou da comunhão de esforços de todos os jogadores e salientou que, para além de ser irrepetível uma época como 2010-11, era difícil os jogadores apresentarem-se da mesma forma no início de época, além de não ser coerente pensar que o final de uma época vai estender-se em brilhantismo ao início da seguinte, como já aqui escrevi também a falar de tempo e paciência para a equipa se assumir como um colectivo à imagem do da época passada. Qualquer pessoa minimamente entendida e isenta deveria alcançar verdade tão simples, mas os mistérios da bola amiúde extravasam a forma como é visto o jogo de fora das quatro linhas, na mesmice parola e serôdia de comentadeiros de ocasião todos iguais, nivelados pela frugalidade e picados pela epidémica imbecilidade.

Enaltecendo o espírito de grupo, assumindo-se "corajoso" por ter herdado uma equipa triunfante, Vítor Pereira falou das realidades "distintas e incompráveis" da Liga Europa para a Champions e enfrentou perguntas idiotas lançadas por jornalistas que não as assumem enquanto tais e pegam em opiniões avulsas de terceiros, amiúde não identificados.

E, sim, eu acho que o FC Porto lutou e trabalhou em Nicósia, só não conseguiu ser lúcido e não ultrapassou uma equipa muito escalonada na trincheira defensiva (fez três remates, dois golos e uma bola ao poste). O treinador repetiu que viu a garra habitual do Porto e que a mim me fez acreditar que ganharia, tal como Hulk quando foi buscar a bola após marcar o penálti, mas uma ideia que a maioria dos adeptos, sabe-se lá porquê, consciente ou inconscientemente, não viu. Por isso considerei que o FC Porto não fez tão mau jogo como muitos o pintaram e como ocorreu por exemplo no Dragão.

A tónica de Vítor Pereira, que desvalorizou as bocas do empresário de Guarín, tornou-se algo irada face à diferenciação de avaliações, como tenho notado, sobre o que faz a equipa "mesmo quando ganha 5-0 e só enaltecem o que correu mal" e o que fazem os outros. Mas disso já estamos habituados, de muitos adeptos palermas também se faz a vida no Dragão e amanhã há outro jogo para ganhar em Olhão. Contra tudo e contra todos, como salientou Vítor Pereira.


É diferente ser do Porto de apoiar o Porto (Helton).

1 comentário:

  1. Gostei da garra do Vitor Pereira na conferência de imprensa,espero que amanhã em olhão ela seja posta em prática por toda a equipa dentro do campo.VIVA O PORTO.
    manuel moutinho

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