12 junho 2008

A crise (III) - Continuação

Pilatos Platini é demagogo politiqueiro

O que foi o “calciocaos” e a famigerada justiça “sportiva” italiana que muitos apregoam mas poucos conheceram. O lóbi de clubes e a alínea da polémica em vias de clarificação à custa do FC Porto?

Há pormenores que não podem ser descurados na análise, profunda, extensa, diversificada nas suas variáveis, do eventual castigo ao FC Porto, como tenho vindo a apontar. Genericamente, como na leitura das sentenças da Liga, tomou-se o resultado. É preciso saber detalhes que foram chegando aos poucos. Os argumentos jurídicos, os factos reais, as consequências e os órgãos decisores. Tinha importância a composição da Comissão Disciplinar da UEFA. A partir do momento em que lá está um italiano (Laudi), qualquer observação ao “calciocaos”, na argumentação do FC Porto, seria atirada para canto. Italianos favorecidos assobiam para o ar. Todos o fazem e o FC Porto arrisca-se pagar o timing do seu caso. Por fim, é preciso saber como são os procedimentos e a tramitação.

Era óbvio que a CCD da UEFA iria ratificar a informação da Liga, via FPF. A coisa funcionou em expediente normal: vai uma nota informativa (mas há modos de o fazer) de Lisboa e uns funcionários, alguns por vídeo-conferência, não analisaram a matéria jurídica na UEFA. Um despacho por ordinária administração. É assim nas instituições burocratizadas.

Não bastou a desinformação que por cá campeou: dois, três ou até cinco anos de suspensão, retirada do título europeu, de tudo se escreveu nos pasquins tugas. Nada disto esteve alguma vez nos regulamentos: suspensão por mais de um ano só no pós-Heysel e para todos os clubes ingleses, de 1985 a 1989.

As duas medidas da UEFA e a tábua rasa aos regulamentos
Mas a UEFA impôs ao FC Porto uma suspensão nunca antes decretada: mesmo depois de a ter regulamentada, não a aplicou aos italianos; agora, por factos de há anos que nenhuma justiça de bom tom pode fazer actuar retroactivamente, diz querer dar um exemplo. Rico exemplo para abordar.

Nada de surpreendente, a não ser a antecedência e a certeza da punição da UEFA. Antes de haver defesa, antes de aduzidos argumentos da defesa, ja havia condenação. Parecia o segredo de justiça em Portugal. E, sem ser oficial, era oficiosamente assumida como verdadeira. Estava, portanto, tudo no guião. O modo de transmitir a informação da FPF para a UEFA pode ser um expediente portista, mas legítimo. Se por absurdo a FPF tivesse de defender mais ou melhor um clube português, esse deveria ser o FC Porto que, por si e pelo que dá à selecção, é a figura do proa do futebol português.

O presidente do Benfica, no registo ridículo costumeiro, vem dizer que a FPF não devia defender o FC Porto. Nem na Bulgária varrida por corrupção um Levski se confrontaria a este nível com o rival CSKA de Sófia.

Importaria, nesta fase, saber que grupo de três ou quatro figuras, de que países (tolerantes ou inflexíveis, do Norte ou do Sul, com lastro de honradez ou de perfídia, tudo isto é determinante na configuração de um júri, também no futebol) constituirão o Jury d’Appel que por estes dias avaliará os argumentos do FC Porto, com tempo para lerem, meditarem e ponderarem antes de uma decisão. Já não será um despacho administrativo, como o anterior. Mas pode o FC Porto vingar a sua tese numa instância que nunca anulou as decisões da Comissão de Controlo e Disciplina? A exclusão parece, portanto, definitiva.

Em princípio, neste órgão devem julgar o seu presidente, Michel Wuilleret (Suíça) e os seus vices Michael Maessen (Holanda) e Gotz Eilers (Alemanha). Por princípio, gente dura, rígida na aplicação das regras, porventura cegos face à menor clareza de algumas como é esta em discussão.

Ficaria, como último recurso, o Tribunal Arbitral Desportivo (TAS na nomenclatura em francês), sediado em Lausana. Mas os prazos processuais e uma medida em tempo útil, que o FC Porto quis ultrapassar em Portugal não recorrendo da decisão da Liga (um calculismo que se critica, mas sem consequências conhecidas se fosse efectuado o recurso), é algo que corre contra os dragões.

Entretanto, Platini disse haver uma mensagem ao mundo do futebol. Como Pilatos, pressiona para executar-se uma sentença sem sujar as mãos. O seu passado particular e o presente da UEFA aconselhariam outras cautelas, sob pena de o que diz o novo líder da UEFA ser equivalente à má medida de bom senso que tem o presidente do Benfica.

Por onde jogou Platini, o St.-Étienne, a Juve?
Platini foi jogador de eleição que passou por tempos negros. Destacou-se no Nancy, modesto do leste de França de onde é originário e a quem deu a “Coupe” de 1976. Mas no Saint-Étienne, em 1981 e 82, a caixa negra pagou salários por baixo da mesa a Platini e Cª. Houve um processo fiscal tremendo em França e o ASSE pagou caro. Os jogadores foram tocados pela mancha fiscal nas suas carteiras, não tanto no currículo. Por causa disso, foi fácil transferir Platini para a Juventus. A Itália de um futebol poderoso mas reconhecidamente mafioso. Preocupação com a imagem? Nãã…

Platini chegou a campeão europeu numa final de resultado forjado, em Heysel, frente ao Liverpool (penálti por uma falta fora da área). A Juve ganhou campeonatos com a suspeita que em 2006 se confirmou, mas a carreira de Platini não ficou manchada? Para ele, nãã…

Agora, Platini tem o desplante de dizer que nos italanos não se mexe. A alínea d) do artº 1.04º das condições de admissão às provas europeias não foi aplicada ao Milan no ano seguinte à sua consagração nos regulamentos? Bom, eu não era presidente, diz o bom do francês eleito em 2007.

Há muito cínico assim. No nosso trabalho podemos ver chegar um tipo que diz não ter nada a ver com o que se passava. Platini não pode dizer que mesmo as regras implementadas antes dele, se então não foram cumpridas, agora não podem ser aplicadas a quem (italianos) antes deviam ser arremetidas.

Platini não estava eleito em 2006. Mas a CCD e o Júri de Apelo são os mesmos de 2006 a 2011, não podem fazer tábua rasa do que não se aplicou antes aos italianos, com a regra já em vigor em 2007-08 que devia incidir sobre o Milan, a Lazio e a Fiorentina que esta última época competiram por fora do alcance da alínea d), artº 1.04.

Regulamentos não aplicados ao “calciocaos”
Pilatos Platini lava as suas mãos e não quer batoteiros? Bom, suspenso um ano das competições europeias em 1996, numa decisão tomada no Porto onde circunstancialmente a UEFA se reuniu, o Dínamo de Kiev estava no grupo do FC Porto e foi trocado pelo AaB Aalborg na Liga dos Campeões. A oferta de um casaco de peles ao juiz espanhol Lopez Nieto, antes do D. Kiev-Panathinaikos, ditou o afastamento imediato dos ucranianos e do seu presidente. Este Grigoryi Surkis é nem mais nem menos que um actual membro do Comité Executivo da UEFA, tão membro como… Gilberto Madaíl! Lindo exemplo. Platini não gosta de batoteiros e tem ao seu lado um ucraniano que esteve suspenso por corrupção.

Sobre o “calciocaos” e a famosa justiça desportiva italiana é deturpado o que se escreve sobre o sucedido e a exemplaridade da dita. Para esclarecer:

Em 2005-06, a Liga italiana acabou com a Juve a somar 91 pontos, o Milan 88, o Inter 76, a Roma 69, a Fiorentina 64, a Lazio 62. A Juve manteve os 91 pontos! – mas foi para último lugar e despromovida administrativamente. Milan, Lazio e Fiorentina receberam ordem de despromoção também, numa primeira fase da douta justiça italiana. Desciam todos? Bah, a seguir, a exemplar justiça “sportiva” acabou por dar-lhes só 30 pontos de penalização aos três clubes. Aos bocados. Bonito.

Com o Milan, a penalização foi cirúrgica. A classificação final seria Inter 76, Roma 69, Fiorentina 64, Lazio 62 e Milan 58, o primeiro e perder 30 pontos. O Milan perdia um dos lugares de qualificação para a Champions; mas tirar 30 pontos à Lazio aliviou por aí e à justa permitiu aos romanos de azul celeste ficarem acima da linha de água (32 pontos) para onde saltou o Messina (31) com a descida da Juventus a acompanhar Treviso e Lecce. A calculadora salvou o Milan, que seria campeão europeu em 2006-07 quando a UEFA actualizou as condições de admissão às suas competições.

Lazio e Fiorentina perderam a Europa por fim. Mas ficaram na Série A. A Lazio, sem os 30 pontos, ficou por um cabelo; a Fiorentina levou o castigo à justa para ficar logo abaixo do último lugar disponível para a Taça UEFA: 44 pontos, contra 45 do Parma. Mais uma vez, brilhante justiça “sporca” (badalhoca, em tradição livre), dita “sportiva”. A Juve, enfim, pagou porque traficava de tudo, nada a dizer, mas devia ter descido à Série C, não profissional, pela gravidade inaudita dos factos provados e escutas sem dúvida reveladoras e comprometedoras do director desportivo Luciano Moggi.

A justiça italiana não afastou a Juve dos campeonatos profissionais, como fez há uns anos com a Fiorentina directamente para a “C”… Bonito exemplo, para quem o advoga mas não tem conhecimento dos factos.

Mas há mais repercussões na Europa: os clubes penalizados em 2005-06 levaram com pontos em 2006-07. O Milan perdera 30 pontos, mas acabou campeão europeu em 2007. E começou a nova época com -8 pontos. Mais uma condição para ser excluído das provas europeias já com Platini na presidência da UEFA e a alínea d) do art. 1.04º das condições de admissão nas eurotaças em pleno vigor. Já com Platini, registe-se mais uma vez.

Mas o tema da alínea d) do art. 1.04º das condições de admissão nas eurotaças em pleno vigor com Platini, não fica pelo Milan poupado ao escrutínio da condição de admissão que está em causa neste imbróglio.

O Milan já não devia andar na Europa na última época ora finda. A Lazio teve -3 pontos e foi também à pré-eliminatória da Champions. A Fiorentina teve -15 pontos e foi à Taça UEFA (eliminada pelo Rangers nas meias).

A Juve, que Platini adora, começou a Série B com -9 pontos. A famosa justiça desportiva italiana que muitos gostariam de ver aplicada em Portugal conseguiu revogar a penalização de 30 pontos com que os bianconeri deviam começar a última época. Tal como Milan, Lazio e Fiorentina, a Juve beneficiou de múltiplos recursos e bastaram-lhe três vitórias a abrir a última época para cancelar os -9 pontos de castigo.

Exemplar esta justiça "sporca" à italiana.

A Federação não tugiu nem mugiu. Acatou as decisões, garantiu o Milan na Europa, a Lazio e a Fiorentina também, com prejuízo da famigerada alínea das condições de admissão. Tal como fará a Juve na próxima época.

Porque carga de água tem de ser diferente com o FC Porto, Pilatos Platini?

Batoteiros? Cadê os outros?
Mas Platini não quis de fora os batoteiros. Fazendo uma generalização perigosa, dados os casos diversos de CSKA Sófia (incumprimento fiscal) e Steaua Bucareste (prémio a outrém para vencer um rival), Pilatos Platini sabe que em Portugal o primeiro caso tem fartos exemplos de prevaricadores com os quais a famigerada LPFP cá da terra continua sem agir; da mesma forma, em Espanha o “maletín” (a mala com dinheiro) é sempre notícia em finais de campeonato porque se assume poder pagar prémios a alguém para ganhar e não se considera corrupção. Critérios…

Noutro âmbito, quem se preocupa com a imagem do FC Porto não deve saber que o Milan não tem vergonha nenhuma de por duas vezes ter sido despromovido em Itália por falcatruas diversas – e num futebol italiano que foi campeão mundial em 1982 com o “totonero” que arrastou o Milan para a “B” e jogadores como Paolo Rossi (melhor marcador do Mundial em Espanha) para a prisão efectiva (dois anos), e que em 2006 acabou campeão mundial com o “calciocaos” ainda a ferver e antes das sentenças finais conhecidas a 25 de Julho já após a final de Berlim com a França.

Nem o Milan perdeu a vergonha quando foi excluído da então Taça dos Campeões quando o seu dirigente máximo (braço-direito do padrone Berlusconi) Adriano Galliani mandou a equipa sair do campo em Marselha, no início dos anos 90: foi suspenso pela UEFA mas chegou a presidente da Lega Calcio (sede em Milão) até ao “calciocaos” em cuja consequência teve de resignar…

Ironicamente, a despedida de Rui Costa na Luz teve menção de uma carta de Galliani d.d. do Milan que ninguém cuidou de saber se é corrupto ou não…

São estes exemplos, com todos os factos noticiados e não especulativos, que devem ser tidos em conta na apreciação ao momento e à circunstância difícil que aflige o FC Porto. Os exemplos para que não se repitam as asneiras recorrentes e não encha a boca de quem apregoa a moral e os bons costumes. Não fosse, de resto, a UEFA onde se pagam favores eleitorais nos congressos e na distribuição de assentos pelas diversas comissões.

Rummenigge e a AEC
O lóbi da Associação Europeia de Clubes pode, porém, fazer efeito, se os juízes da UEFA não aplicarem a justiça como fizeram face aos batoteiros italianos. Platini não teve mérito nisso da AEC, conseguiu concluir uma longa jornada de anos de ostracização ao G-14 que antes dele a UEFA encetara até ceder as exigências dos clubes: recebem pelos jogadores nas selecções. A AEC pode ser uma entidade algo difusa, tanto com o Benfica e Sporting como com o Villarreal e o Toulouse, o Tottenham e o Rangers. Mas auscultar Rummenigge, Laporta, Calderón e Aulas (do Lyon) não será nunca de desvalorizar. Mesmo para Platini.

“Kalle” Rummenigge também não é só líder da AEC. Integra como vice-presidente a Comissão de Competiçõe Inter-Clubes e tem assento noutras comissões importantes da UEFA.

De resto, Rummenigge encabeça a contestação à famigerada alínea d) do artº 1.04 da admissibilidade de clubes nas eurotaças que os clubes querem clarificar de uma vez por todas. Então só vai aplicar-se ao FC Porto e depois cair em desuso?

Por política barata contra um país menos cotado, parece sempre de bom tom punir o seu mais emblemático clube na cena internacional para dar uma mensagem forte que aos países credenciados não é passada.

Se, nesta campanha, o lóbi político da AEC vingar, o caso do FC Porto deveria ser exemplar no sentido de se clarificar uma regra que não tem tempo de aplicação, apenas oportunismo e demagogia. Próprios da politiquice que permite a Pilatos Platini rodear-se de dirigentes polémicos e com lastro disciplinar reprovável, mas nos quais, com a disseminação de países na implosão do Leste europeu, obteve o apoio à sua candidatura.

Votos logo pagos, de resto, com o Euro-2012 atribuído a Polónia e Ucrânia, precisamente dois países de futebol onde a corrupção grassa e cujos dirigentes cabem na corte do que pretende ser do Rei-Sol da UEFA, além da reformulação da Liga dos Campeões proposta por Platini a partir de 2009-2010 – na qual Portugal sairá penalizado.

(fim)

10 comentários:

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  4. no jogo:
    O Conselho de Justiça da FPF tem a mesma opinião dos serviços jurídicos da Liga: no que diz respeito ao FC Porto, as condenações do processo Apito Final não são definitivas. A informação já está na posse da UEFA, a cujas mãos chegou de forma inesperada: através de uma correcção feita pelo departamento jurídico da FPF à famosa nota do respectivo director, João Leal, em que o Comité Disciplinar da UEFA se baseou para abrir o processo que terminaria com a exclusão, em primeira instância, do FC Porto da próxima Liga dos Campeões.

    É o mesmo João Leal quem assina a rectificação, datada de 2 de Junho, dois dias antes da decisão, ou seja, teoricamente a tempo de ser levada em conta. Nela, o chefe de serviços do Comité Disciplinar é informado de que, afinal, "caso seja concedido", o recurso de Pinto da Costa ao castigo de que foi alvo pela Liga, "pode beneficiar o FC Porto". A garantia é dada directamente pelo próprio Conselho de Justiça, indica ainda o director jurídico da FPF.

    Sabendo-se que a defesa do FC Porto, no Comité de Apelo da UEFA, depende quase totalmente da necessidade de deixar claro que ainda não há uma condenação definitiva, ou seja, que ainda não está provado o ilícito necessário para o excluir da Champions, o esclarecimento do CJ pode ser uma arma importante na reunião de sexta-feira, em Nyon, mas não só.

    Nos últimos dias abriu-se em Portugal uma nova frente de batalha, desta vez opondo Luís Filipe Vieira e o Benfica à directora-executiva da Liga, Andreia Couto, por esta ter dirigido aos serviços jurídicos do organismo que gere um pedido de esclarecimento, sobre o mesmo tema, feito pelo FC Porto. Na resposta, o consultor Rui Sá assina um parecer igual ao que consta na mensagem enviada por João Leal à UEFA há mais de uma semana, com a diferença de que, nesse documento, é o próprio Conselho de Justiça quem o afirma.

    Fica também explicado porque é que Vieira lhe viu negada, pela FPF, uma certidão dando como transitada em julgado, isto é, definitiva, a condenação do FC Porto. Aliás, sabe O JOGO, quando o presidente do Benfica se dirigiu, anteontem, à sede da FPF para pedir satisfações pela recusa, foi-lhe passada uma certidão alternativa, atestando que, sim senhor, estivera no edifício solicitando que o documento lhe fosse passado em 24 horas, mas que o Conselho de Justiça considerava haver naquele pedido matéria para ponderação, pelo que só lhe poderia dar resposta passados os 11 dias úteis regulamentares.

    Amanhã, em Nyon, com a presença de Guimarães e Benfica, na qualidade de assistentes, será julgado pelo Comité de Apelo da UEFA o recurso que o FC Porto ontem entregou.

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  6. Alguém sabe a que horas sai a decisão da UEFA?
    E alguém me sabe dizer porque é que para decidir alegados casos de tentativa de corrupção do campeão europeu e do mundo de 2004 o Vitória e o SLMerda são chamados?

    Abraços a todos os portistas.

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  7. não posso deixar de divulgar...

    assinem!

    http://www.petitiononline.com/morgado/petition.html

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  8. Surgiu uma notícia animadora no maisfutebol, mas carece de confirmação

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