12 outubro 2009

Rio sem promiscuidade com moral de Lisboa


Edil portuense patético na volta de honra pelos Aliados sem gente. Freguesias tripeiras "do PS" têm poucos portistas na zona histórica e em Aldoar e Campanhã dos bairros sociais? Analistas ridículos nas autárquicas do Porto e "ausentes" nos conluios magnânimos de Lisboa e os seus clubes: em tantas câmaras não apoiam os clubes da terra? Só faltou tirarem mais três ou seis pontos ao FC Porto... Tantas leituras sugeridas pelas Autárquicas!

O voto autárquico no Porto negou, outra vez, as "evidências" dos analistas da treta: além do futebol também na política se fala sem saber pelos naturais de Lisboa ou "oriundos" sediados na capital e até portistas confessos. Como é Rui Rio reeleito com absolutismo total? Ele que, como Sócrates, fustiga os jornalistas com processos e julga-se vítima de "campanhas negras"? Um edil reconduzido apesar da repulsa dos portistas?

Vale a pena ler os resultados.
Eleição 2009: Câmara Municipal Resultados para: Porto > Porto

Partido % Votos Mandatos
PSD-CDS 47,48% 62507 7
PS 34,7% 45682 5
PCP 9,8% 12904 1
B.E. 4,98% 6552 0
MRPP 0,7% 915 0
Inscritos: 231978
Votantes: 131649 (56,75%)
Abstenções: 100329 (43,25%)

Um bom indicador da seriedade dos métodos (de Hondt e de onde há outros...) das votações nesta República é ter-se maioria absoluta com minoria de votos expressos em urna!!!

Ganhou, como no futebol, quem se esperava, o "apoiado por 6 milhões de portugueses", aquele que é só lembrado por afrontar - não o poder sanguessuga de Lisboa que "rouba" mais 300 ME (AQUI e AQUI) ao Porto para os gestores da capital puxarem os cordelinhos em nome da província por alegados projectos a elaborar para a UE ver AQUI - o FC Porto baluarte da cidade e tetracampeão nacional de futebol e arredado dos Paços do concelho?

Foram os "seis milhões" na cidade que votaram Rui Rio? Se não é nos portistas a base de apoio de Rui Rio, há assim tantos do "contra" na pequena zona histórica ribeirinha (das freguesias) da Sé a Miragaia que continuam feudo do PS? O sotaque atribuído ao Bolhão até pode ser de portistas mas a sua extrapolação, por excesso, de uns 10 mil gatos-pingados não justificam, por omissão, a maioria absoluta na Câmara, pois não? Que dizer do portismo exacerbado na habitação camarária alojada maioritariamente em Aldoar e Campanhã, esta a dois passos do Dragão, também rendidos ao PS? Ou o PS ganha no Porto precisamente nos bairros sociais, que Rio alegadamente cuida com desprezo pelo resto da cidade? Ou nas zonas degradadas da Ribeira, aqui como ali também alvo social prioritário dos subsídio-dependentes?

A despeito da mancha portista na Invicta, a maioria de Rio é suposto basear-se no "cartão do partido", com os ricos da Foz, Lordelo e Nevogilde, e a classe média-remediada de Bonfim, Cedofeita e Paranhos?

Oito anos depois de os portuenses terem posto a cidadania, bem ou mal, acima do futebol elegendo Rui Rio, nas análises de Lisboa ainda viceja a promiscuidade da política com o futebol sem ter sido por ela que os tripeiros, então, viraram a Câmara do avesso. O cartão de sócio não conjuga com o voto político.


Uniformização da bipolarização asfixia o... regionalismo

Mas...

Além das caras de sempre com as questões de algibeira (o que fará PSL?, o que será do PSD?, com quem se coligará o PS?) e nenhuma de "um milhão de dólares", mais um debate de banais comentadores de pacotilha reduziu as eleições, três em escassos meses, ao funil em que, comodamente, enfaixaram Portugal. Funil com duas saídas, embora seja mais do mesmo: rosa ou laranja, uma espécie de Republicanos vs. Democratas à portuguesa. Uma uniformização da bipolarização em que se acha que, morno, deve fumegar o País, autenticamente em banho-maria, com referendos só por conveniência política e regionalismo sempre afastado do discurso oficial.

Ninguém repara que esta chusma de bobos da corte ridiculariza o arremedo de pluralismo opinativo e informativo, mas convenientemente formatado pelas tv's e OCS domados pelo regime?; mantém a mesma rédea curta em bajuladores com proverbiais clichés em que as "autárquicas" não deixaram de conduzir ao "efeito de Lisboa para o País" como em tudo o que se trata no rectângulo (AQUI)?

Sabe-se desde o 25 de Abril que a Imprensa sempre foi dominada por esquerdistas e, como no aparelho partidário, muitos travestiram-se em liberais e modernaços depois dos seus tempos do PREC, do MRPP e da UDP. Como foi e é dominada por benfiquistas contra o que muitos portistas se indignam. Daí que, no futebol como na política, nada surpreende, mesmo a impressionante "central" de propaganda em opinião e análise, com o incómodo, mal disfarçado, de pouco saberem, como em tudo aliás, pouco mais além do Terreiro do Paço.

As eleições no Porto não fugiram da vulgaridade e interpretações enviesadas, pontilhadas com os dichotes (vide os infelizes ratos fedorentos) sobre e com o FC Porto de permeio a comprovarem, oito anos depois de os portuenses terem feito na eleição local o contrário do que é normal em Portugal, que o clube do Dragão é justamente falado em todo o País "ocupado" pelo interesse da capital difundido nas províncias. Mas, aponte-se, que dizer de blogues portistas com links a homólogos do blog oficioso de propaganda e assessores do Governo (autenticamente em Câmara Corporativa) e depois se queixam das notícias, do centralismo e do antiportismo da generalidade da Imprensa?...


Câmaras Corporativas fazem o que era mau só no Porto...

Como sempre caso único, o futebol e o FC Porto, como nenhuma outra actividade (economia, finanças, urbanismo, maquiavelismo camarário, clientelismo político de proximidade) e nenhum outro clube, apareceram inevitavelmente nas eleições para a Câmara da Invicta.

Só faltou a tentação de tirarem três (ou seis?) pontos ao FC Porto no campeonato pelo apoio, de Pinto da Costa e não do FC Porto (apesar da indissociável imagem presidente-clube, o que deveria evitar certas acções pessoais políticas), a Elisa Ferreira. Quanto mais não fosse pela "boutade" dela em dizer que "seis milhões de portugueses apoiam Rui Rio", suficiente para concitar a animosidade lisbonense...

A promiscuidade futebol-política, com Valentim fora do Boavista e acantonado na Liga de Clubes além de acossado pela Justiça, só foi falada, mais uma vez, no caso do Porto-FC Porto.

Parece que Mesquita Machado (por sinal do PS) nunca apoiou o Sp. Braga, nem Isabel Damasceno (do PSD agora destronado) a U. Leiria. Parece que a edilidade que continua "comunista" em Setúbal não quer o Vitória sadino com direito a um novo estádio em vez do velho Bonfim. Esqueceu-se que a edilidade pacense pagou dezenas de camionetas para os seus sócios irem à final da Taça no Jamor, mas esse apoio indirecto ao clube não conta no deve-haver destas coisas.

Convenientemente, para falar do futebol e do Porto, esqueceu-se que o Vilavinho em 2002 apoiou o PSD para se safar do Fisco e SS e evitar a descida de divisão do Benfica punível nos regulamentos à data (AQUI). E nem por ter sido há dias se lembrou que o Vieira, do mesmo Benfica, apoiou o PS desta vez, respeitando o poder que salvaguarda as instituições venerandas do Estado, por causa de interesses "fundiários" e negociatas imobiliárias entre terrenos na Luz e no Seixal no já famigerado caso Euroárea (AQUI e AQUI).

Com os PScândalos mesmo à porta de casa, os paquidermes opinadores de sempre olham para o Porto com desdém e a tese da promiscuidade política-Câmara-futebol-FC Porto é assunto que não sai da sua cartilha?


Rio sem gente nos Aliados às moscas...

Patético, por sinal, foi ver Rui Rio a festejar em (dois) autocarros com apoiantes nos "Aliados". Para dar visibilidade à Câmara, Rio foi filmado como senhor da cidade sem ver-se na rua, à parte a clientela motorizada da "Jota", a onda de apoio que o sufragou nas urnas. Eram tantos "adeptos" nas bermas da hoje cinzenta e desértica praça da Baixa como os apoiantes empoleirados nos "trilhos eléctricos" que só o FC Porto usa em conquistas de campeonato enchendo a Avenida como o S. João que os azuis e brancos deram a conhecer para desconforto desportivo do País e da capital.

Que deserto melhor para compreender a cidade, hoje, do que aquilo tudo despido de gente, com meia dúzia de bacocos aos saltos que não encheriam a placa onde D.Pedro IV aparece na sua montada, cá em baixo na Praça? Nem encheriam um piso do Bolhão...

É claro que em Lisboa não sabem disto. Bah, que interessa? Não foi revogado o decreto estafado da promiscuidade política-futebol como o domínio da Camorra em Nápoles ou da Máfia em Palermo e pronto, declara-se que Rui Rio é que é bom, independente, austero, com sentido de Estado e ser avesso às comemorações portistas na Câmara também fica bem aos olhos de Benfica...

Ter sido Santana Lopes a amparar a construção da Luz ou a nova Câmara de António Costa a viabilizar os interesses benfiquistas para não ser "executado" pela Euroárea e, por via travessa, arranjarem-se umas coisas lá pelo Seixal, é coisa de somenos. Se o mesmo Costa do castelo lá desencravou umas coisas para o Sporting poder desenvolver o famigerado projecto Roquette original em Alvalade, isso também é sentido de Estado e nenhuma promiscuidade levará a Mizé e o marido fiscalista a bramar por justiça e igualdade. Com estes ases, a Imprensa Desportiva e a impoluta bem-pensante fecha-se em copas.

Voto em Lisboa: excepção à regra de mudança

Leio no JN o balanço por distrito. Quando se temia que o Portugal autárquico ficaria na mesma, tal como o Portugal autofágico, centralista e autorizado a sugar fundos comunitários para a capital de onde os gestores do regime mexem os cordelinhos das províncias, o que ficou destas Autárquicas?

O único distrito do País, além da Madeira que é severamente criticada pelo caciquismo, autoritarismo, manipulação e asfixia democrática, onde não houve alteração alguma nos seus concelhos foi precisamente... Lisboa. De Sintra a Loures, de Cascais a Sobral de Monte Agraço, de Odivelas a Mafra ficou tudo na mesma: ao PS o que era do PS, do PSD o que era do PSD. Aqueles comentadores, todos, que primeiro não queriam extrapolar as Autárquicas para o âmbito nacional, escandalizados com os "párias" do sistema enredados nos tribunais (três, quatro em 380 concelhos), vulgarizaram as suas observações, apontaram com desdém para aqui (Gondomar e Oeiras AQUI) e ali (Felgueiras) e da sua varanda para o Tejo não viram a saloiice atrás deles.

No Portugal colonizado do continente e das Ilhas alguma coisa mexeu-se. Leio no JN que até numa freguesia madeirense o PSD perdeu a maioria absoluta.

Mas em Lisboa nada. Alternativas por terra. Oposição afundada. Zero às variantes. Vazio de sentido empreendedor. Inócuo de ventos de mudança. No distrito como no Poder central. Nicles. Lisboa é um deserto onde não crescem árvores, só subsistem dunas e uma tribo de nómadas que se sedentarizaram apascentando-se como uns camelos. Os papagaios louvaminhas do regime daqui a quatro anos miram o resto onde nem migalhas sobrarão.

15 comentários:

  1. Normalmente quando se atira para todos os lados acerta-se em demasiados sítios para alguém ir pegar nos bocados. Se tanto concordo com algumas coisas, também discordo de outras.
    Eu não voto no Porto, por isso não tive que me importar muito, mas a Srª Ferreira, que não é propriamente conhecida pelos dotes políticos, fez um excelente trabalho em provar que aterrou no Porto por favor a ver se arranjava um trabalhinho, que se calhar até era giro.
    Os resultados são estes, uma derrota e um recambianço para Bruxelas que não fez nada para não merecer.

    É como o Sócrates (e muitos outros), antes o diabo que se conhece do que outro que parece muito pior.
    (Sim, há outros partidos, mas este país não sai da 'saudável' (se o presidente da PT o diz... sigh) bipartidarização)

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  2. Nightwish, nem temos de concordar em tudo. Porém, basicamente apoio-me em factos e, no caso, em análises não feitas pelos experts do costume qque falam à distância, de cor e com os preconceitos habituais.

    O Porto é um exemplo. Porque é sempre falado sob este prisma, sendo que os de Lisboa não sabem o que se passa cá, nem querem saber. Ao menos achei correcto o Bettencourt Resendes dizer que não se mettia por desconhecer a coisa.

    Eu vi bastante a noite eleitoral nas tv's, confesso que menos na RTP, mais estatizada e com dois (apenas dois) comentadores. A tal bipolarização.

    O pior é isto: ninguém vota porr alterar o statu quo e os dis cromos da RTP, ali presentes todo o ano, não são o exemplo do pluralismo que sirva o interesse de todos. Não sei se temos de ficar assim eternamente. Por mim já voto no contra decidamente. Se istto está mal, só com dois atté à eternidade não me parece que melhore. São os mesmos, os das gamelas.

    A curiosidade maior quanto ao Porto, e que tanto aflige o portismo, é pensarem que os sócios não deviam votar RR. Precisamente o que pensam, ainda, em Lisboa sobre a votação no Porto. Dá uma imagem fraca da gente daqui, quer nos sócios anti-RR quer nos que votam RR.

    é curioso, no final disto tudo, perguntarem: como é que RR ganha?

    E, contudo, ninguém pensa como é que Sócrates ganha...

    Eu sei, mas nem ligo. Nenhum o merece, mas poucos os repudiam.

    O assunto é para reflexão. Quem a quiser, claro. Porque eu não ouço opinões acriticamente. Penso nelas e contraponho.

    Pelo meio, dou a minha visão das coisas e destaco o que me parece importante e que passo despercebido a todos.

    EM LISBOA É QUE NADA MUDA! Como pode mudar Porugal?

    Abraço

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  3. Gostei do artigo.

    Destaco os variados links que ajudam a contextualizar os assuntos.

    Os meus parabéns ao autor.

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  4. É de facto muito pobre reduzir as eleições no Porto a uma questão de Portismo vs. Antiportismo.

    A oposição podia e devia ter feito mais. Depois de um competente mas cinzento Assis em 2005 lançaram uma populista e histriónica Elisa que não fez mais do que se colar ao FCP e propor festivais gastronómicos ao jeito de um qualquer cacique local.

    Sou portista, sócio com lugar anual, não falho um jogo e votei RR. Será que gosto menos do clube por isso? Não. Sei distinguir as coisas.

    Passados 8 anos esta quezília PC/RR continua apenas por teimosia dos dois mas terão sido o FCP ou a cidade prejudicados por esta pseudo-guerra? Claro que não!

    Só quem não tem memória pode ignorar o estado em que estado estava a cidade depois da gestão Nuno "a cidade é densidade" Cardoso. Prefiro os festejos na alameda do que torres de 20 andares no parque da cidade.

    A baixa está deserta? Já esteve bem pior e os sinais de recuperação são claros. Não podemos esquecer quem foram os coveiros do comércio local, quem entupiu a baixa com obras de péssima qualidade na altura do 2001 e quem manteve o PDM suspenso aprovando diversos empreendimentos duvidosos em período de normas provisórias.

    Os portuenses serão os portugueses politicamente mais maduros. Sabem bem em quem votam.

    Abraço
    AJ

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  5. "Os portuenses serão os portugueses politicamente mais maduros. Sabem bem em quem votam."

    SÓ CONTARAM PRA VOCÊ, AJ!

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  6. Alberto João, concordo inteiramente com o seu comentário; além disso está bem estruturado e está bem escrito... coisa que, infelizmente, esta posta do Zé luis não é!...acontece, não se ofenda!... confesso que tive que ler duas vezes para tentar tirar o sentido, e ainda assim não consegui entender porque que é que é uma vergonha que o candidato que vence festeje, e que em Lisboa não saibam que o FCP enche mais as ruas!...(como se diz no algarve : mas o que é que o cú tem a ver com as calças?...)
    para além disso, tenho muito orgulho em ser (para além de me dar muito gosto) portuense e portista, factos que com certeza moldaram a minha maneira de ser; mas isso não me priva de saber ver que Lisboa é bem mais do que o papão, e, que o Porto é mais que futebol.
    Se somos "grandes" temos que ver "macro", abrir as asas e voar, deixar os pequenitos a cheirar os cantos...
    dá-lhe nervos que falem sempre do mesmo?... não os ouça! Quanto mais tempo perdemos a escrever sobre o que eles dizem, mais importância lhes damos, e - principalmente - menos tempo temos para falar do que verdadeiramente interessa!...
    saudações portistas e portuenses

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  7. Ser-se portuense é muito mais do que ser-se do Futebol Clube do Porto. Espero que compreenda esta minha posição. Logo, ridículo seria colocar os interesses desta bela cidade em funções dos apoios clubísticos dos candidatos. Grave seria votar em Elisa Ferreira, manifestamente incompetente apenas porque o adversário não apoia determinado clube. Triste seria determinar o rumo da cidade tendo em conta as vontade dos seus clubes de futebol. Portista que viva na cidade só poderia (na pior das hipóteses tapando o símbolo) votar em Rio. O resto são pessoas que têm, claramente, as prioridades trocadas.

    Espero que publique e que permita outros adeptos comentar e discutir esta temática.

    Um abraço!
    Rodrigo Neves

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  8. Nem mais AJ!

    Concordo a 100%!

    Dar só uma achega o RR interpôs uma acção no tribunal europeu contra o desvio de verbas da união(1500 Milhoes) para Marrocos! Porque parece que em Bruxelas consideram que já chegava de desviar o dinheiro sempre para o mesmo sitio!

    Agora a comunicação social apenas quer é alimentar a guerrilha! em vez de salientar a luta contra o centralismo, comum a PC e RR!


    Um Abc

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  9. O meu problema é que não percebi se o artigo queria criticar os comentadores ou os votantes em Rio, e portanto arriscava-se a contradizer-se. Eu percebo mais ou menos a intenção, mas não sei se o Porto anda assim tão mal. Mas eu também já não frequento assim tanto a cidade...

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  10. Alberto João,

    concordo inteiramente e saúdo o seu malhar no situacionismo.

    Eu frisei bem que o cartão de sócio nunca poderá ser o mesmo do partido, daí esta coisa natural, que tem já 8 anos e duas eleições claras, de RR vencer não obstante a querela institucional clube.-edilidade.

    Creio que realcei bem a questão apeesar de reine margot não entender. Pelo visto, este amigo percebe mal as coisas. Percebe mal como são colocadas e a sua substância.

    Porque ao criticar a minha crítica, objectiva, aos gatos-pingados nos Aliados às moscas, versus os festejos portistas de uma dimensão sem paralelo na cidade a não ser o genuíno S. João, reine margot quer-me retirar a capacidade de ver e analisar: não se viu na rua a onda que sufragou RR nas urnas. Ó amigo, eu disse alguma mentira?

    Reine margot quer-me retirar a possibilidade de comparar o que é comparável. Acha, por oposição, que se o PSD vencesse as Leegislativas os Aliados não teriam enchido na altura própria?

    Agora, confusa reine margott, pense no campeonato do Boavista em 2001? Não foi um festejo sem expressão popular como RR agora? De resto restrito à Rotunda?

    Quer pegar comigo por questões de português sem entender simbiologia? Quer que lhe explique com fotos, senão viu as imagens que, sim, achei patéticas, do que é o presidente da Câmara nos Aliados a festejar a reeleição e o FC Porto ganhar o campeonato?

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  11. Eu fiz só uma leitura da situação. Não concorda, que quer que lhe faça, reine margot? Expus factos:não os conhece, mas diga algo sobre eles. Não acredita ou não lê jornais?

    Acha que o Porto sobrevive com a pressão asfixiante, concentracionária, de Lisboa? Eu não acho. E a mentalidade vigente deles é que leva a melhor, em relação à sua seguramente. À minha tenho dúvidas, porque contraponho algo que de momento é o que me resta fazer.

    Mas concordo consigo, reine margot, quando diz:
    "Se somos "grandes" temos que ver "macro", abrir as asas e voar, deixar os pequenitos a cheirar os cantos...".

    O facto de pensar assim leva-me precisamente a criticar a visão redentora que os outros, os que têm miccrofone e palco mediático em que discorrem banalidades, têm do Porto. Isso é que me ofende, porque é falso no que dizem, clichés, banalidades. Foi o que disse. Sim, cansa-me a estupidez e bullshit, parole, parole, parole.

    Sem prejuízo de eu achar que o Porto está a morrer por falta de líderes e RR não o é! Os braços caídos, a fuga do capital, as chagas sociais, o desemprego, a perda de massa crítica (o esvaziamento do Porto, que parece um subúrbio de Gaia em cresciment e que se notabiliza) , é tudo desesperança.

    Não vê isso? Acha, e os outros, que o Porto melhorou ccom RR? Não digo que antes fosse melhor, mas foi RR quem fez mais barulho pelo Metro? RR não devia regatear e criticar mais o Terreiro do Paço do que fez em 8 anos? A mudança visual da Baixa pode ser questão estética que agrade a uns e não a mim, mas não se sentiu o peso negativo dele em muitos aspectos da vida da cidade?

    Destacou-se, é factual, nas múltiplas objecções ao PPA. Parecia um tiranete lisbonense. Essa, sim, como portista nunca lhe perdoarei. Não fosse o PPA e ainda teríamos as Antas como era? Ironicamente, armou um banzé pela saída do túnel do Carregal junto ao museu SdR...

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  12. Com o antagonismo político da cidade para com o Governo PS, a RR não chega erguer a voz, que é quando a ouço, em altura de votação local. Que é, genericamente, quando se sabe que RR existe! O exemplo que Nuno Machado explora é pouco para aquilatar do clamor portuense de RR face a Lisboa.

    Eu penso que os portuenses, mais do que os portistas (fiz a distinção vincadamente) terão poucos motivos para se orgulharem do progresso da cidade, mas é só a minha opinião nesta matéria específica. Admito que o AJ ou NM achem mais meritória a acção camarária. Tudo bem.

    Mas pensar que, neste ramerrão dos "lampiões tristes e sós" do Porto sentido de Rui Veloso, o Porto melhorará face a acção centrifugadora de Lisboa creio ser optimismo exagerado que não o partilho.

    É o que acho do Porto, onde nasci, estudei, cresci, trabalhei e casei, mas tive de me mudar para o outro laado da Circunvalação e voto em Rio Tinto. RR ou EF é-me igual e nunca vou por populismos.

    Eu não valorizo o que dizem os articulistas e paineleiros, reine margot, pelo contrário até ridicularizo. Por falta de conhecimento, coisa banal em Lisboa quanto ao resto do País. Porr soberba, por ccolonialismo, pelo rei na barriga. A mim não me afecta, dá-me é gozo gozá-los à sua saloiice e olhe que é raro ouvir qualquer deles, esta circunsttância eleitoral é que o propiciou.

    Reine margot tirou cconclusões enviesadas, mas não me incomoda minimamente, você tira as suas, eu as minhas e não digo que sou mais portista e portuense do que você, nunca o digo e olhe que gosto pouco de quem o presume em relação aos outros. Por isso esta resposta e por ter um perfil mínimo com que identificá-lo.

    Ao invés, outras ingerências de anõnimos aqui já deviam saber que não entram. Algumas ficaram à porta. Quem quiser discordar discorda e aqui estamos a discutir.

    O post é precisamente para isso. Não para o portismo em geral, mas para o que é o FC Porto e a cidade em particular e de per si.

    Porque, reine margot, para mim que abomino o centro do Porto onde evito deslocar-me por razões várias a começar pela chicco-espertice camarária de perseguições e caça à multa de forma desavergonhada que eu sei e ainda tenho um processo na Câmara há dois anos para saber da conclusão e reembolso, o FC Porto, para mim, é muito superior à cidade.

    Sim, a cidade perdeu com a selectividade cega de RR, tendo ganho uma dinamização nas Antas que não existia numa zona que além do complexo desportivo estava degradada.

    Também acho que o FC Porto perde com a colagem ao PS anti-RR e aqui o denunciei, eu, em post, quando PdC apareceu pela primeira vez com EF. É curioso que os cães do dono vvieram logo aqui rosnar...

    Não é você que me ensinará o que devo ou não criticar. E que não me importa que o perceba ou não, porque entendeu praticamente tudo mal e fez juizo de intenções que eu nem deixei subentendidas, deixei tuddo claro e mais com factos do que por opinião a que nunca me furtarei de resto.

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  13. Anotei:
    "A despeito da mancha portista na Invicta, a maioria de Rio é suposto basear-se no "cartão do partido", com os ricos da Foz, Lordelo e Nevogilde, e a classe média-remediada de Bonfim, Cedofeita e Paranhos?

    Oito anos depois de os portuenses terem posto a cidadania, bem ou mal, acima do futebol elegendo Rui Rio, nas análises de Lisboa ainda viceja a promiscuidade da política com o futebol sem ter sido por ela que os tripeiros, então, viraram a Câmara do avesso. O cartão de sócio não conjuga com o voto político".

    Isto é tentar caracterizar a votação. Não sou eu, mas alguns portistas e blogs que se perguntam: então os sócios votam no RR?

    Nightwish, algguns já aqui responderam.

    Eu lanço a reflexão. Mas ningguém quer tirar conclusões para além dos que confessaram em quem votaram, ccomo oamigo AJ?

    A uniformização da bipolarização, dispensando-me de explicar os cconceitos, é a crítica ao espírito em voga: tudo politicamente correcto, nenhuma onda, clichés e voilá!, uma análise.

    Faço crítica a quem critica mal. Se criticam bem eu aplaudo e reproduzo. Por exemplo, leiam a leitura de António Alves no Renovar o Porto (Gaia). Vai descobrir os nichos PS e PSD e que a maioria é falaciosa, mas isso remete para esta estanha forma de contar votos e eleger gente. Como muitas outras coisas, para que venho chamando a atenção, é um problema de seriedade, do Estado, da República, da Democracia.

    Não percebe, Nightwish?

    Mas há mais: o exemplo do distrito de Lisboa sem alteraçõees camarárias, quando os analistas tanto temiam que pouco mudasse no País e eis que no local do PC - Poder Central - nada mexe. E ninguem se chateia. Porque o dinheiro vai lá para baixo.

    Mas isto é mesmo muita areia para certas camionetas, parece-me.

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  14. Daqui a 4 anos teremos no Porto o Luís Filipe Menezes. Se lá fizer metade daquilo que já fez em Gaia, certamente teremos uma Cidade do Porto dinamizada, a reivindicar todos os seus direitos em relação à Política Centralista.

    Ele bem o disse no Discurso de Vitória e até procurou «encostar à parede» o Rui Rio, quase que o obrigando a assumir uma posição de força contra o Governo. Claro que o Edil do Porto teve um discurso bem mais brando...

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  15. Não percebo este eterno odio pelo Presidente da câmara. As pessoas não são burras e sabem separar as águas... Felizmente, digo eu que tenho tantos anos(32) de sócio do FCP como de habitante da cidade. Ao contrário de alguns comentadores que moram nos arrabaldes da cidade.

    Saudações.

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