04 janeiro 2013

O acordo


Não vou comentar, para já, o alegado iminente "acordo" de troca de jogadores entre Porto e Sporting, nem a implicada troca de um leão por dois dragões. Estou de acordo que é benéfico os clubes trocarem jogadores, independentemente de serem rivais ou não, mas as contas estão feitas a trocas similares e muito desfavoráveis ao FC Porto, como se sabe pouco rendimento tirou dos recebidos, enquanto os cedidos foram mais trunfos para o Sporting. Depois, desconfio de agentes encobertos e que às vezes trocam de nome, além de falarem russo e ser difícil de perceber quando falam entre eles.
E eu não sei o que dizem que a A1 sabe mas pode ser um caso, enigmático, destes, ainda que com gato escondido e o rabo de fora. Como "prognósticos só no fim", evito comentar coisas por fazer mesmo que muito faladas mas que podem arrastar os pés durante um mês e sair um aborto. Limito-me, para já, a comentário geral.
 
E até concedo que, estrategicamente, Pinto da Costa queira tirar partido do claro distanciamento do Sporting com o Benfica. O que revela duas coisas, consabidas, mesmo que antagónicas: todos (ou todos menos um) sabem que negociar com o Porto é fazer com gente de bem (ao invés, armar aos cágados corre mal ao prevaricador); e claramente todos percebem que na Luz não há gente de bem nem gente boa. Mais límpido não há.
 
Estou de acordo, por outro lado, que as opções são curtas no curto prazo, especialmente no tocante a avançados. Mas é coisa pontual, no final do mês deve estar tudo normalizado, até Atsu de volta da CAN. Vítor Pereira constata o óbvio, mas não faz ondas disso. Janeiro não é crítico para o FC Porto. O jogo na Luz é só um jogo que nada decide.
 
Já pensar que chega ter Jackson e Kléber, só a rir mas não tem piada. Toda a gente constata que Kléber não é presente nem sequer futuro, mas isso já nos primeiros jogos da época passada eu tinha visto: não vale um chavo, o Manko não veio acrescentar nada e não é marcar um golo ou outro, ou até muitos como chegou a fazer Kléber sem serem particularmente relevantes, que se vê um jogador. O Kléber para mim está riscado quase desde o princípio, como esteve Janko. Dois não faziam um. Um já não está, outro não conta para ninguém.
 
Daí que só admita ver um reforço para o ataque em Janeiro. Espero que não deixem para a última e aparecer um Manko outra vez. A Champions dá perspectivas de seguir em frente e é em Fevereiro/Março que a época vai ser jogada, cá e lá fora. Janko chegou estupidamente tarde, além de inutilmente em boa verdade, revelou-se um desperdício que saiu caro, a despeito de o título ter sido conseguido mas sem mais-valia do austríaco. Se a lição foi aprendida é o que se vai ver.