Só pude ver com atenção a 2ª parte do FC Porto em West Bromwich, a norte de Birmingham, onde acorreram muitos portistas e a equipa repetiu o equipamento rosinha já visto no Everton. A 1ª vi muito a espaços mas pareceu pouco interessante, apesar da tónica de domínio portista mas sem contundência na área. Após o intervalo, com algumas trocas à saída do balneário e outras pelo jogo fora a conta-gotas, houve domínio mais acentuado e golos e muitas oportunidades mais.
Em resumo, parece subsistir algumas dúvidas quanto ao melhor 11 a estrear o campeonato na 6ª feira com o Marítimo. Mas dores de cabeça destas deve ser bom para o treinador, pois há muitas soluções, resta acertar com a melhor escolha. Naturalmente, os processos começam a ser assimilados mas ainda vai levar o seu tempo, esperemos que com vitórias para animar a malta e apressar a evolução com elevação de ritmos, porém a equipa começa a ficar definida ainda que sobrem ainda uns para emprestar mas não lanço palpites até por nem conhecer a fundo o plantel sem ter acompanhado a pré-época.
Os tópicos essenciais do que parece ser o futebol definido já patente e bem:
- boas trocas de bola, triangulações rápidas, normalmente tudo a dois toques, recebe e passa, todos em progressão;
- resulta não só o envolvimento total da equipa, a chegada à área de muitos jogadores, viu-se o lateral sempre com o extremo nas acções de flanqueamento e daí as inúmeras jogadas de envolvimento e pressão bem à frente na perda de bola;
- acima de tudo ressalta, por ser marcante diferença para a época anterior, uma certeza maior no passe, bola redondinha e boa recepção dela, dá tranquilidade quando dantes se partia e enervava a equipa incapaz de sair a jogar e pegar a sério no jogo;
- raramente um jogador fica só, a não ser em 1x1 ofensivo em que o desequilíbrio individual tem de ser a nota dominante em flanqueadores como Tello e Quaresma; a pressão ofensiva parte, por sua vez, o adversário ao meio e facilita a tarefa de quem está atrás; e frequentemente as jogadas de 2x1 nos flancos resultam em bons cruzamentos, quando não passes para a entrada da área ainda que os médios tendam a segurar e passar de novo fazendo bascular a defesa contrária ensaiando pouco o remate frontal. Daí dois golos fáceis de Jackson após boas jogadas, em apoio, com bons cruzamentos e tudo parece de facto fácil.
- parece que a equipa ainda é algo vulnerável nos cruzamentos (vide o 1-1) mas também mais perigosa nas suas bolas paradas, algo a confirmar no ca´pítulo ofensivo porque vamos já ter um Marítimo defensivo para começar a faina.
- apesar de o WBA ser equipa que luta pela manutenção - há 40 anos despachava o Braga de Quinito com 8-0 nas duas mãos como qualquer Tottenham -, as equipas inglesas levam a sério mesmos os amigáveis, são competitivas e tornam-se bons sparring partners e esta voltou a obrigar o FC Porto a jogar numa rotação já elevada, como convém.
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