O PCP defendia a "nacionalização" do BES - como sempre foi sua "política" original "nacionalizar" tudo, incluindo os cidadãos a servirem o seu poder indiscutível - antes de a "solução" encontrada para o BES ser considerada, pelo PCP, um "fardo para os contribuintes".
Li no sábado no JN uma opinião de Pinto da Costa que, como qualquer outra, vale o que vale mas resume-se a um axioma da esquerda radical ou esquerdina baixa: "com este Governo e este governador do BdP a melhor solução era nacionalizar o BES", disse Pinto da Costa.
Não sei porquê, se por um passado obscuro de militante esquerdista fora das suas inúmeras autobiografias, se por um aproveitamento in illo tempore da "nacionalização" do Teatro S. João, se, quiçá, por fim ou talvez longe disso porque as estratégias nunca são descortinadas quando se anuncia qualquer coisa, espera Pinto da Costa uma "nacionalização" geral da banca que tire os clubes de futebol, retidos nos bancos depois de tantas prebendas do Estado totalitário capaz dessas benesses, da ruína financeira e do descrédito a par da banca propriamente dita - mas Pinto da Costa saiu da casca.
Também não percebi a inclusão de Pinto da Costa num lote de opinionistas de nível académico, mas lembrei-me da eleição, discricionária à moda marxista-leninista, de um conjunto de sábios que o ex-director do JN procedeu aqui há tempos. Por sinal, nenhum dos académicos, creio que 8, citados defendeu ou sugeriu uma "nacionalização". Será Pinto da Costa um acionista ferido do BES?
Pode ser que favor com favor se pague e o ex-director do JN apareça em breve no universo administrativo do FC Porto. Ou, helàs, um voto pronunciado à esquerda - de resto em tempos anunciado com o apoio a candidatos do PS à Câmara do Porto, fossem portistas como Elisa Ferreira ou nem isso como o Xico Assis, apesar dos votos de não politização do FC Porto - com a integração de Fernando Gomes na SAD com a pasta das Finanças (na saída de Angelino Ferreira), possa servir para tirar dividendos de uma previsível ascensão do PS ao poder para compensar os amigos, seja o "amigo Joaquim" ou "o amigo de Paris" como Sócrates se sugeriu a Ricciardi para um conselho de Espírito Santo de orelha com o primo Salgado.
Não falemos de promiscuidades.
A moral é sempre a mesma: quando toca a dinheiro há muita gente escondida. E a prudência manda que não se confie em ninguém, nem para dinheiro nem por opiniões aparentemente desinteressadas. A surpresa pela adopção de uma opção de "nacionalização" não pode ser casual, como não é académica, não é suportada por factos históricos que a justificaram no passado a não ser pelos histéricos que a admitem e não é sensata nem à luz do PREC cujo 40º aniversário muito animará o rectângulo em 2015.
Algo tem que se fazer, não tenho a certeza se nacionalizar será o melhor. Porém, com esta corja governamental, é preciso estar atento.
ResponderEliminarCavaco está à espreita e à espera de dar nova golpada como no BPN e, o povinho aplaude. É triste mas é real.
Não é preciso um curso superior para saber que não foi esta corja governamental que nacionalizou o BPN, mas sim outra, mais ou menos igual.
EliminarContudo BPN e PSD não indicia ou sugere algo? Talvez PDR(Partido Do Roubo). Devo estar enganado. Oliveira e Costa, Arlindo Carvalho, Dias Loureiro e outros, devem pertencer ao PDA(Partido Dos Anjos).
Já respondi abaixo.
EliminarEntão, se nacionalizar é uma nova golpada como no BPN, porquê e para quê nacionalizar?
ResponderEliminarAinda ninguém aprendeu nada? Sabe-se o significado e, em especial, as consequências de "nacionalizar"? Queremos ou não outro BPN?
Por mim, qualquer responsável por desmandos deste tipo como BPN, BPP ou BES devia não só estar na prisão enquanto decorria o julgamento, como, condenados obviamente, seriam pendurados numa corda e, sim, pelo pescoço. Não tenho contemplações, mas percebo que as pessoas nem saibam o alcance dos termos e dos argumentos que utilizam.
A corja governamental não fez nem um dedo mindinho da corja governamental que a antecedeu. E dessa estamos a pagar pesadamente os desmandos governamentais, como o BPN.
Realmente, é uma questão de opções: só os burros não distinguem e só os que terão interesses escondidos podem alvitrar palpites alheios ao bom senso, para mais pretendendo seguir uma fórmula que foi errada e nos deu prejuízos. Em que ficamos? No mesmo sítio: cambada de acéfalos.
o problema é que eles só querem nacionalizar as coisas que dão prejuízo e quando dão prejuízo.
ResponderEliminarfunciona assim: os lucros são só deles (privados), mas os prejuízos são de "todos". é tão simples como isto. é uma estratégia win-win. não há qualquer risco. quando corre mal, "sociabilizam" tudo e vão aos bolsos das pessoas para taparem os buracos.
o problema não é o "nacionalizar" em abstracto. o "nacionalizar" podia ser algo bom.
mas quando a banca e a finança (incluindo a alta finança internacional) está nas mãos de uma máfia internacional, então não há qualquer esperança de que "nacionalizar" seja solução para alguma coisa.
o problema é que as pessoas em Portugal pensam demasiado em ideologias abstractas (esquerda vs direita) e não percebem que os banqueiros e os políticos se estão literalmente todos a cagar pra isso.
eles apoiam o que for conveniente para eles, quando e enquanto for conveniente para eles. mai nada! querem lá eles saber de esquerdas e direitas, isso é só para enganar os otários.
ainda agora veio a lume que o PCP recebeu 4.5 milhões da banca (BES) durante os últimos 8 ou 9 anos.
eles que criticam tanto a banca. hehe
ainda não perceberam que isto é tudo uma palhaçada? que a democracia não é real? que esquerdas e direitas vão dar ambas ao mesmo?
Thor, totalmente de acordo quanto aos princípios ou falta deles.
ResponderEliminarSó não percebo como "nacionalizar" pode ser bom nalguma circunstância: não há exemplo algum desse benefício. É como confirmar que o socialismo, travestido mais radicalmente à esquerda (comunismo) ou à direita (social-democracia, dizem), só se traduziu em miséria onde foi aplicado mais ou menos acentuadamente. Mais acentuadamente foi um terror e massacre para os povos; menos acentuadamente deu em bancarrota por todo o lado. O socialismo gasta apenas o dinheiro de todos e reduz todos à pobreza, ao mesmo nível mas de pobreza. Foi a herança do Sócrates.
Quanto ao PCP, é a velha história e histeria. Quando têm de aplicar RACIONALISMO ECONÓMICO não usam a versão soft dita de social ou socialista: vejam-se os exemplos da CGTP em Braga, onde foi preciso despedir pessoas, e a chegada do Bernardino norte-coreano Soares a Loures, onde teve de cortar nas despesas da Câmara e pensar em reduzir pessoal.
Não há teorias económicas, há Economia em sentido lato e essa pesa os + e os - na busca do equilíbrio.
Não tem, como outros partidos, o PCP telhados de vidro nas suas contas sobre campanhas eleitorais e afins? Não foi chamado a atenção, como os outros partidos, para contabilidades criativas?
Só estúpidos engolem patranhas como as que diariamente apanham esses incautos, fruto de uma má informação produzida em Portugal e muita ignorância económico-financeira. Fora a ignorância geral e o alheamento genérico dos temas principais da actualidade tuga.
Essa do direita vs. esquerda é só o resquício da estupidez sobrante do 25/4. Aliás, mete-me nojo tanto debate desse sentido transmitido pelas tv's da parvalheira, fora as que, como a SICN, dão voz e cor a uma facção, a que mais prejudicou Portugal e travou o seu desenvolvimento quando não, metendo o "socialismo na gaveta", nos afundou e entregou ao desbarato.
Portugal é o que é e não é por acaso. É por incompetências várias, muitas delas radicadas na ideologia estúpida mas acima de tudo na ignorância residente num país sociologicamente envelhecido e com pouco mais que a 4ª classe. De resto, como cito no post, faz-me confusão meter opiniões avulso ditas populares com raciocínios de gente académica.
Não faço distinções nem poupo criminosos. Como acima comentado, corda ao pescoço e não deixo por menos. Seja quem for. Azuis ou vermelhos. Não tenho palas, mas sei perceber diferenças e há muitas diferenças entre o BPN e o BES no tocante à solução encontrada. Espero que a Justiça aja e haja Justiça. De momento são casos incomparáveis e não aceito mixórdia popular de cegueira ideológica.
ResponderEliminarQuanto à avaliação da solução adoptada para o BES, sugeria que se aguardasse algum tempo, ate chegar a conta e vermos quem a vai pagar...
EliminarEstes meninos de coro, não ficam nada, mas mesmo nada, a dever ao Sócrates.
Por mais que (aqui e não só) se diga o contrário.
De momento, Costa, pode dizer-se o contrário. Qual é o problema? Mais tarde se verá e continuo a achar que deve agir-se consoante as circunstâncias. Doa a quem doer. Estes meninos actuais são mesmo de coro comparados com o crápula do Sócrates, isso não tenho dúvidas nenhumas e acho que o ex Primeiro-Sinistro já devia ter sido preso e seguramente condenado: o maior traficante e mafioso desde o 25/4. Não há dúvidas sobre isso e quem as tiver não tem noção dos episódios da sua gestão e "à partes", do seu enriquecimento ilícito tanto quanto a falsidade da sua licenciatura, ou então são burros e com palas inamovíveis. Qual é o problema?
ResponderEliminarGaranto que para alguns marmanjos eu próprio me ofereceria para servir de algoz, seja quem for. E o problema é que enquanto alguém não for pendurado a sério estas brincadeiras vão repetir-se. Isto ainda é o país dos brandos costumes e devemos encará-lo como imprescindível mudá-lo de alto a baixo, o modo de funcionamento, o modo de ser e de estar. Isto está mal há muitos anos, já o repito há muitos anos e não tenho paciência para aturar o que se vê diariamente nem sou conivente nem sou complacente. Estas situações deixam-me até amiúde sem razoabilidade. Porque não sou dos brandos costumes nem de pôr paninhos quentes ou poupar uns e massacrar outros - sem prejuízo de ver as diferenças do que fazem uns e outros.
Essa sugestão de aguardar mais tempo até costuma partir dos que julgam serem situações comparáveis. Não são e não serão, tenho a certeza, independentemente de podermos vir a ter surpresas desagradáveis. Mas que se julguem quando sucederem e não por se antever e palpitar uma calamidade. Para já quem devia pagar é o prevaricador e infelizmente ainda lhe deram tempo para pagar 3ME de uma vez e nas calmas certamente. Brandos costumes dão malha larga para as traficâncias que o regime, todo o REGIME desde o 25/4, permitiu e assim viveu. Também é certo que metade destas poucas-vergonhas não existia antes do 25/4 e não era por não se saberem, era por sermos pobres e não novos-ricos ou falsos-ricos como passamos a ser (alguns). O 25/54 trouxe libertinagem absoluta e não só certas liberdades. As malhas largas deixam passar o peixe graúdo e quem se lixa é o mexilhão. É a realidade nua e crua que nos tem demonstrado isso. Não vale a pena ficar ferido por ideologias parvas e que não dão de comer a ninguém. Voltar a sentir honra, humildade, ter carácter, respeitar princípios parece difícil de alcançar para muita gente mas eu sei que há umas largas décadas era mais assim, apesar das nossas pequenas misérias que havia.