Trofense 1-4 FCPorto
Hugo Leal 83'; Ernesto Farías 29' e 80 ' e Lisandro Lopez 43' e 62'Equipa: Nuno ( Ventura 70'), Sapunaru, Stepanov,Bruno Alves, Benitez, Andrés Madrid ( Guarin 76'), Tomás Costa, Rodriguez ( Hulk 59'), Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez e Ernesto FariasDepois da festa do Tetra, veio a ressaca mas a sede de vencer continua e o FCPorto acaba a época com uma marca digna de registo, apenas ao alcance de verdadeiros campeões: 11 vitórias consecutivas fora de portas.
A equipa portista apresentou uma equipa diferente daquela equipa-tipo que conseguiu a conquista do Tetracampeonato. Com os castigos de Fucile, Cissokho e Raúl Meireles juntando a gestão dos atletas a pensar na Final da Taça de Portugal, Jesualdo Ferreira aproveitou para ver alguns jogadores que dispõe no seu plantel e também para fazer mais dois atletas campeões, neste caso ambos são bicampeões, Stepanov e o jovem guarda-redes Ventura.
Mas engana-se que com uma segunda equipa, a equipa portista iria ter uma atitude de segunda, o FCPorto encarou a partida com toda a seriedade e com a responsabilidade de ser Tetracampeão, alcançando uma vitória que foi acontecendo com uma grande naturalidade, realizando uma exibição onde não existiu qualquer tipo de falta de aplicação, muito antes pelo contrário.
O adversário apresentava-se cheio de vontade de fugir aos lugares de descida, disposto a complicar a vida ao campeão, o FCPorto encarava a partida com tranquilidade mas não poderia deixar uma má imagem num campo onde outros escorregaram.
O jogo começou um pouco confuso de parte a parte, as equipas pareciam estar ainda a se estudarem mutuamente, o Trofense apenas aproveitava, e foi assim durante toda a partida, os lances de bola parada para chegar à baliza portista, criando, por vezes, bastante perigo ao que Nuno foi sempre respondendo com excelentes defesas.
Mas, aos 29 minutos, o FCPorto materializou o domínio na partida inaugurando o marcador, numa jogada rápida e com boas combinações atacantes, Lisandro Lopez dá a bola a Mariano Gonzalez que responde com um cruzamento para o centro onde aparece Ernesto Farías que com o seu instinto de ponta de lança não perdoa.
O jogo foi, até ao intervalo, sempre jogado com um ritmo morno, a equipa da Trofa ainda procurava o golo, sempre da mesma maneira, sempre de livre, o FCPorto ia controlando à sua maneira a partida.
Até que, aos 42 minutos, Nuno lança a bola para o ataque, o defesa da Trofa não consegue chegar, Mariano recupera a bola, finta o defesa, e dá, quase tirado a papel químico do primeiro golo, a Lisandro Lopez a oportunidade de marcar e alargar a vantagem.
Na segunda parte, a partida nada teve de diferente, o ritmo estava quase de final de época, a tranquilidade portista sobrepunha-se à aflição do Trofense que entra para a última jornada na, sempre incómoda, última posição da tabela.
Aos 59 minutos, Jesualdo Ferreira dava oportunidade ao tão desejado regresso de Hulk aos relvados, substituindo Rodriguez, tendo o brasileiro entrado de tal forma bem que quase parecia não ter estado afastado durante algum tempo.
O FCPorto quando punha velocidade nas manobras ofensivas criava perigo, e, aos 69 minutos, mais uma excelente combinação ofensiva portista, com vários passes em frente da área, criando espaços para rematar, acabado com Farías a entregar a bola a Lisandro Lopez que com um chapéu fez um grande golo, alargando a vantagem.
O vencedor estava mais do que encontrado, ainda havia tempo para fazer sair Nuno dando mais um título ao jovem Ventura, e para fazer entrar Guarin no lugar de Madrid, mas o FCPorto ainda viria a marcar mais um, aos 80 minutos, Hulk, nas suas famosas arrancadas, ganha a linha e
cruza com conta, peso e medida para o mergulho de cabeça de Ernesto Farias que não perdoa. É um caso curioso este avançado argentino, cumpre quase sempre a sua função mesmo que jogue poucos minutos, acabando esta época claramente em grande.
Até ao fim, tempo apenas para Hugo Leal reduzir a desvantagem, marcando um excelente golo fora da área, mostrando que ainda continua a exibir categoria pelos relvados.
O FCPorto acabou com uma série vitoriosa fabulosa fora de casa e poderá terminar o campeonato com 10 vitórias consecutivas, o que diz muito da qualidade desta equipa e demonstra o que fez a diferença na conquista deste Tetracampeonato.
Agora segue-se a festa do Tetra em casa frente ao Sp. Braga, uma festa que se espera grandiosa e bonita como os só verdadeiros campeões merecem mas que, provavelmente, não será a ultima desta época, ainda existe uma Taça para vencer e uma Dobradinha para festejar.