03 maio 2011

As imagens, Mourinho, não valem um vintém mas, como as palavras, podem apunhalar-te!



Primeiro tivemos o Mourinho ciente das imagens (não ou sim, editadas) que (lhe) provam a inocência de Pepe (como se nunca tivesse feito nada daquilo, nem sequer pior ao tipo do Villarreal que valeu 10 jogos de suspensão, muito menos com a memória fresca de duas pauladas aterrorizantes no ex-colega Lisandro na eliminatória com o Lyon).

Depois tivemos Obama, gracejando com o seu certificado de nascimento a provar ser a "true american citizan" ainda que adicionando as imagens do filme "Rei Leão", também para sossegar os espíritos tanto quanto a acalmia no mundo garantida pelo troféu de Osama.

Agora temos o bin Laden mesmo morto matado, com a foto que logo correu mundo.


E Mourinho veio contar-nos filmes...

Acho que a conspiração é só para tramar Mourinho. Ia-se lá imaginar que os bacocos paquistaneses, quais talibãs em agência informativa, andavam armados de Kalashnikov, perdão Photoshop, com curso de jornalistas da Brandoa e artifícios de Bollywood de Bombaim, Índia?


Com a fluidez da informação que mal já nos deixa dormir e causou grande desassossego aos editores americanos estranhamente apanhados de surpresa e obrigados a porem cá fora novas edições dos diários com a morte do sacana; os anúncios do Sócrates a dizer que foi o PSD que duplicou a dívida pública, o CDS que duplicou o desemprego e o PSD-CDS que esconderam os números do défice com a conivência do BdP governado por um gajo deles mais inconstâncio; as tricas do Mourinho nos mind games pós-jogos são sopa no mel que convencem também os crédulos e inocentes jornaleiros, paineleiros, interesseiros e alcoviteiros portugueses que não duvidam de como o nosso Zé é grande, um líder e incontroverso, em quem se pode confiar no que diz e porventura confiar-lhe a namorada e a filha do 3º dto, traz., da porta 100 nada.

Mourinho, já ciente de ter granjeado uma legião de admiradores que há uns anos o condenavam às galeras como destinado à sepultura no mar estava o corpo de bin Laden, teve tanto eco em Lisboa e toda a Lampiolândia como o seu "Porqué?" entoado à moda de Elvas e repisado para lá de Badajoz na conferência de Imprensa seguinte ao desaire estrondoso maquilhado depois do tiki-taka do Barça e o salero do Messi em pleno Bernabéu.

É verdade, ouvi na tv um adepto notoriamente benfiquista, sentia-se o hálito e via-se a barba de 3 dias, dizer que "o Mourinho tem razão, a UEFA..." e tal sobre a arbitragem e a mafia, claro está, obviamente associando o penálti cavado pelo Falcao à mafia e à arbitragem de uma forma tão distintamente notória quanto evocar os "4 golos perdidos" do Villarreal na 1ª parte do Dragão e esquecer os 4 golos perdidos pelo PSG na primeira meia-hora da Luz na ronda anterior...


Mourinho, uma vez mais, fez tal unanimidade nacional, ao jeito dos congressos norte-coreanos em torno do Grande Líder a quem a Pátria deve as SCUT, as PPP, as engenharias-financeiras do BPN astutamente dissimuladas por forma a não agravar o défice que é culpa do PSD-CDS, só pode, que não percebi uma observação do Rui Dias, no Rascord, sobre alguns portugas, decerto estúpidos e sem a sua visão do jogo, que não gostavam do futebol do Special One e agora também desatam a criticar o Pepe que não faz mal a uma mosca nem bate em tudo o que mexe...

Não me admira que os basbaques da Tugalândia, incapazes de reconhecer que "a velha" tinha razão quanto ao mentiroso compulsivo que continua por aí em ombros a enganar as sondagens que se deixam ir na onda para terem a maré de favores no fluxo de interesses instalados em prol da ruína do País, se unam também em volta de outro agit-prop como Mourinho; este, como o Primeiro-Sinistro, também com os seus cronistas de estimação em lugares-chave e as imagens de eloquência táctica que povoam as saloias cabecinhas-pensadoras dos palonços como Freitas Lobo a mostrar-nos "reparem como há este muro branco" (sic, na transmissão rtp) de jogadores do Real Madrid, em sua casa, a defenderem atrás da linha de meio-campo sem que o resultado estivesse em Cincazero, perdão um zero ou mesmo meio-a-zero como ensinava o velho truculento que continua de punhos erguidos de volta ao Brasil natal.

Mourinho disse, enfim, que as imagens valem mil palavras. Como se esta época algumas imagens não tenham querido mostrar um Messi em fora-de-jogo com o Photoshop, na difusa Imprensa espanhola em que ele se fia, tanto como nos aduladores de cá subitamente aos milhões de que só o Rui Dias não se dá conta...


O resultadismo ganha ao bom futebol só de vez em quando

Se Mourinho tinha desviado as atenções da final da Taça do Rei, das cacetadas de Arbeloa, Sérgio Ramos e Pepe, para criticar o Barça que questionava a validade do bem anulado golo de Villa em Valência no sábado anterior, toda a Espanha percebeu, no clássico apitado por um árbitro não-ibérico, não Benquerença e não Undiano Mallenco, que a expulsão de Pepe, com 0-0 e inapelável tocasse mais ou menos em Dani Alves com mais ou menos "fita", serviu ao treinador a escapatória para a bancada e dali a sala de Imprensa. Pensou nele, como justificar o fracasso e desviar as atenções, deixou a equipa sem soluções, foi o comandante sem rasgo e com coragem ou astúcia bastante para salvar a própria pele.

Os periodistas da Tugalândia, que falam de cátedra por já as dificuldades financeiras os impedirem de deixar as cadeiras em que sentam a sua sabedoria, não viram a final da Taça do Rei nem os parabéns cedo endereçados por Guardiola logo após a derrota do Barcelona, rejeitando Pep analisar, instado por jornalistas logo a abrir a rueda de prensa, o jogo duro dos madridistas em Valência - as duas primeiras declarações de Guardiola, acreditem ou não, após essa derrota imerecida e pautada por violência permitida pelo árbitro espanhol mas não tolerada pelo alemão, como se se jogasse no Bernabéu sob as ordens de Franco, como a final de 1968, conheci por lá a história, decretada pelo ditador para o campo de Chamartin mas desditosamente terminada com um autogolo derrotando os da casa.


Os jornalistas em Portugal já nem descrevem com aproximação os factos de cá: distorcem, interpretam e passam as suas verdades enquanto os leitores fazem um manguito, as vendas caem, os despedimentos crescem e o descrédito é total. Comentadeiros avulso tão anafados de intelecto como os profissionais pagos da coisa bebem da sabedoria de sarjeta de Mourinho que, como o futebol perfilhado de Helénio Herrera, se limita a chavões e truques de ilusão.

É este o fim do mito Mourinho a que me referi na semana passada. Com um futebol especulativo como no ano passado. Com Kaká, Adebayor e Benzema no banco enquanto Cristiano Ronaldo, aos 8', pedia às linhas para subirem até entoar, no final de desgosto, o "assim não ganhamos, José", contestado o "estilo de jogo que não gosto, mas é o que há" até alguém tirar o tapete ao português voador que leva para longe a fantasia do futebol e as emoções deixa-as para os pilha-galinhas dos comentários portugueses se entreterem enquanto ele vai dar um abraço à família, à esposa e aos filhos.


Na maré, nenhum editorialista tuga, mais ou menos encartado, presente na Áf. Sul ou diante da tv, recuperou a bobina do Portugal-Espanha, do que se disse da derrota com um golo em fora-de-jogo e de uma expulsão (R. Costa) injusta (ou o teatro do Capdevila). Nem profissional da casa nem comentador encomendado ou expert bem pago fez o paralelismo do Portugal-Espanha com o Madrid-Barça, o "planteamento táctico" e as declarações de CR7 quentinhas e sem recurso a leitura labial de tv perseguidora do que faz e diz em campo.


Um fim de mito Mourinho, porém, anunciado há um ano num Inter vergonhoso, que passa pela condescendência lusitana a ver nele como um improvável D. Sebastião mesmo sem nos tirar do atoleiro Socrático em que até Mourinho tem relutância em ver com bons olhos o que é feito e como vive o povo português


Uma condescendência tuga, serôdia e saudosista de algo grandioso por não quererem olhar noutra direcção para lá de Lisboa e a Margem Sul, que contrasta com o "cair em si" da acérrima Prensa Deportiva madrileña, que é dizer a Imprensa oficiosa do Real Madrid que não caiu no logro e percebeu não ser uma Taça do Rei, apesar de incensarem o caceteiro Pepe sempre a bater em tudo o que mexe, capaz de salvar a face de um Real Madrid por 100 anos reconhecido como um grande em estilo, em cagança, em jogo ofensivo que fez o seu nome e lhe deu os troféus que se sabe e tornaram imaculada a camisola blanca que Mourinho diz conhecer o significado.

Mourinho, preferindo as imagens truncadas às palavras mal medidas, tanto desconfiou da UNICEF nas camisolas do Barça como não duvidou das bo(t)as-intenções do Pepe chamado a malhar na oposição até no campo catalão onde o Madrid não se aventurara na 1ª parte.

Não faltou, contudo, para desgraça dos portistas, quem olhasse para os anteriores triunfos de Mourinho, para episódios onde Mourinho se incomodou por os seus jogadores serem agredidos e pisados, como Roy Keane fez a Vítor Baía pelo M. United e Jorge Andrade até numa brincadeira com Deco pelo D. Corunha, expulsos por sinal com árbitros como foram Fahnler e Merk tão alemães como este Stark, que eu sabia ser a antítese de Benquerença, que enfureceu Mourinho no Bernabéu como os outros no Dragão.

Andou o Benfica, nos últimos meses, a desacreditar as conquistas do FC Porto de Mourinho em 2003 e 2004, cá e lá fora, para agora os benfiquistas se unirem em volta de Mourinho no Real Madrid insurgindo-se contra a UEFA e as arbitragens, para virem uns jornalistas catalães lembrar, ainda, o golo anulado ao M. United em Old Trafford ou um triunfo improvável e de escândalo do Inter em Kiev.


Árbitro alemão Stark severo com Pepe, grita Mourinho secundado pelos tugas fiéis defensores da verdade desportiva ditada de Lisboa e dos confrontos do recreativo com o desportivo, inconsoláveis por jogarem com 10 com 0-0. "Porqué?"


Como se Crouch não tivesse sido expulso com 0-0 aos 20' na ronda anterior. E, antes dessa, Pepe não tivesse trucidado, sem cartão nem piedade, Lisandro por duas vezes, no Bernabéu.

Como se Benquerença não tivesse ajudado o Inter a vencer o Barça 3-1 há um ano.

Como se de Bleeckere, de volta ao Camp Nou para a "vuelta" do clássico hoje à noite, tivesse expulsado injustamente o interista Motta por uma chapada em Busquets, queixa-se ainda Mourinho, mas não tivesse anulado um golo a Bojan nos descontos que apurava o Barça, por uma mão de "replay" que não se sabe como o belga viu no meio da confusão que nem o compatriota van Langenhove viu a mão de Vata 20 anos antes...

Mourinho, atraiçoando o futebol de modo a remetê-lo à cabina telefónica da táctica e do calculismo do agrado dos Lobos e dos Totós, cai do pedestal esta noite no Camp Nou, pode cair de vez do Real Madrid com brasão para não cair na mediana guerrilha vocabular luso-castelhana como se fosse ensinar as tricas aos beligerantes de sempre acostumados a "broncas" mas com a civilidade quixotesca de Cervantes.

Foi torpedeado por toda a gente, algo que em Portugal não devem saber mas podem ler estes excertos de gente insuspeita de não ser madridista até ao tutano (dispenso, et pour cause, os catalães) e que, desde o episódio de "disputar" a quem serve o calendário e direitos tv, já falam do "mourinhazo" de um português em descrédito ainda que com conta aberta nos mansos lusitanos que o acobertam ignaros e de patrioteirismo parolo.


"Mourinhazo"

"Viendo anteanoche el partido me dio por pensar en los planes de Florentino cuando llegó, en su proyecto galáctico, y en lo que ahora hay. Un equipo que se plantó atrás para esperar al Barça, con la hierba alta y sin regar en busca de un 0-0 que diera paso a un improbable 1-1 en la vuelta. Un equipo que sufrió una expulsión a la que su entrenador se agarró como un clavo ardiendo para salirse por la gatera. Se hizo expulsar, no propició una reacción del equipo como la que se dio hace diez días en el partido de Liga y en la conferencia de prensa se dio por eliminado y lanzó su alegato incendiario.
Conste que considero la expulsión desmedida y decisiva y que pienso que llueve sobre muy mojado. Ya saben, villarato y todo eso. Y que tengo a Mourinho por un gran entrenador. Pero ahora está en off-side. Me parece que su ego no se ha repuesto del 5-0, ni siquiera con la victoria en la Copa. Me parece que su forma de ser y expresarse lo radicaliza todo. El madridismo se va dividiendo en dos frentes: los que le respaldan a muerte (mayoría en el estadio) y los que van espantándose cada vez más con sus maneras. Y esa forma de esperar al Barça en el Bernabéu en dos partidos consecutivos no le ayuda.
Florentino sabrá, pero desde luego lo que vemos (y está viendo el planeta entero) no es lo que soñó, lo que esperábamos, lo que prometió. Lo que estamos viendo es una 'mourinhización' del ambiente y un Madrid metido progresivamente más y más en el papel de malo, sintiéndose incomprendido, convertido en sospechoso, ensalzando una y otra vez por comparación al Barça, que se ha reservado el papel de bueno y consigue que sus defectos no se vean. Florentino se jugó por Mourinho y está en ese viaje, pero sólo saldrá bien parado si es capaz de controlarle. Y cuanto antes empiece, mejor".
de Alfredo Relaño, director de As.

Hitzfeld: “Mourinho es una vergüenza para el Madrid”
"Por suerte los métodos destructivos de Mourinho -dedicarse a provocar y a destruir las acciones ofensivas del rival- no tuvieron éxito. Un juego así no puede ser lo que quiere el Real Madrid, en realidad es una vergüenza para el club", dice Hitzfeld, ganador de dos Ligas de Campeones con el Borussia Dortmund y el Bayern. "La identidad y la imagen de ese club legendario se ha visto deteriorada con ello. Con seguridad Mourinho sabía que sería criticado y por eso pasó después a la ofensiva", agrega el entrenador alemán.
Hitzfeld rechaza los ataques de Mourinho al trío arbitral del partido de ida de la Liga de Campeones, encabezado pro Wolfgang Stark. "Acertaron en todas las decisiones difíciles". Además, según Hitzfeld, "fundamentar sus sospechas con la ayuda del Barcelona a UNICEF es algo impresentable, con ello ha traspasado un límite". "He coincidido con Mourinho en congresos de la UEFA y lo he visto como se presenta ahora: arrogante, inalcanzable, mascando chicle, grosero", escribe Hitzfeld. "El Barcelona debe castigarlo en el campo", agrega.

Aquel gesto de Cristiano en la ida
Resulta tan tremendamente expansivo Mourinho en todo lo que hace, en todo lo que dice, que hasta ha conseguido que nos olvidemos que el fútbol es y será siempre de los que se visten de corto. El gesto de Cristiano Ronaldo, en el minuto 8 del partido de ida de la semifinal, pidiendo con sus brazos, que el equipo adelantara líneas, fue elocuente. Puede que la forma no fuese la mejor, pero el fondo era grande. Cristiano es ganador, odia jugar a no perder y cuando un club se gasta 100 millones en su fichaje, espera tener todas las condiciones para explotar su enorme fútbol.
Sin Pepe ni Ramos, el Real Madrid ya no tiene nada que perder. Si tiene que caer, debe hacerlo, intentando imponer su fútbol. No puede tener la posesión ni jugar como el Barcelona, pero tampoco puede jugar como el Almería, con todos los respetos. El 5-0 es historia. Hay que dejarse de corsés, poner a los futbolistas que transmiten mejores sensaciones a día de hoy (para mí Kaká, Cristiano, Di María y Benzema) e intentar marcar el ritmo del partido.
Teniendo enfrente a un equipo de culto como es este Barça, las obligaciones defensivas se suponen. Será vital que los cuatro hombres de arriba entiendan que buena parte del éxito pasa por esa primera línea de presión. El Shakhtar salió goleado del Camp Nou, sí, pero en el primer cuarto de hora pudo hacer tres goles con esa receta. La empresa es casi imposible, pero en situaciones así, y no en salas de Prensa ni quejas arbitrales, es donde el Real Madrid siempre forjó su leyenda",
de Elias Israel, ex-articulista de Marca, agora no As, diário desportivo de Madrid.



"Cruijff: "La culpa é de Florentino"
"Florentino fichó a Mourinho para acabar con la supremacía del Barça a cualquier precio. Me da igual no pasar del centro del campo, renunciar al fútbol de ataque constante que años y años vivió el Bernabéu. Me da igual faltar el respeto a profesionales del fútbol, quejarme de todo. Me da igual todo. Todo vale con tal de ganar. Pero Florentino se olvidó que tiene jugadores fantásticos. Jugadores que podrían llegar a formar un gran equipo. Jugadores que podrían, algún día, destronar al Barça haciendo disfrutar a su afición", insiste.
Johan Cruyff pone el ejemplo de cómo el 'Dream Team' acabó con la supremacía del Madrid de la 'Quinta del Buitre', "para mí ha sido su mejor equipo en los últimos 40 años". "En Barcelona todos lloraban. Los árbitros tenían la culpa de todo. Madriditis, al fin y al cabo. Ellos eran mejores y ganaban. Lograron dos títulos más, pero nosotros fuimos creciendo. Soportando que ellos fueran mejores, pero creciendo. Hasta que un día, jugando tan bien como ellos, o incluso mejor, les ganamos... Ganamos cuatro ligas consecutivas, pero ellos seguían siendo muy buenos. Y pudieron ganar dos de aquellas ligas. A un equipo fantástico, por muy fantástico que sea, lo puedes llegar a vencer jugando bien. Pero si eliges el camino equivocado, te puedes quedar sin nada", concluye el holandés",
de Johan Cruijff na sua coluna do Periódico da Catalunya, citado no As.


Também eu, que ninca fui madridista, lembro a Quinta del Buitre, lembro até a estreia de Butragueño (2 golos no 3-2 em Cádiz), sei o que era e o que é o Real Madrid e cito a sua alienación clássica dos anos 85-90. Vejo futebol há anos suficientes para saber do que falo, com memória. Alguns, novos sem saberem de nada ou velhos sem nada retido na cabeça, opinam como se tivessem visto o fim do mundo, confessando nunca terem visto nada assim mas sem memória para lembrarem o que comeram na véspera.

Eu, que já me espantara ver Hiddink levar o Chelsea ao ferrolho no Camp Nou em 2009, vociferei contra o Inter glorificado de 2010 saído de Barcelona, depois do conforto Benquerença em S. Siro, com a pele dos dentes em cima e a milésimas de uma eliminação cantada.

Nunca imaginei, porém, um Bernabéu submisso aos ditames de Mourinho atentando contra Kaká e Benzema no banco e o futebol no mundo. Há quem goste e resuma tudo a um caderninho de apontamentos e ordens castrenses rabiscadas para cumprir numa batalha defensiva de 90 minutos no próprio terreno para terror da sua afición.


É por isto tudo que o mito Mourinho caiu.


Hoje à noite, porém, há mais. Ontem, 2 de Maio, fez dois anos do 2-6 do Barça no Bernabeu.


Com garbo desesperado pelo 0-2 da "ida" ou a cobardia infame da semana passada, voltarei ao tema.

5 comentários:

  1. continuas a mandar postas desta qualidade...vou ter de te continuar a citar lá no estaminé. apesar de não ser um partidário da queda do mito do Mourinho, porque acho que está vivo e vai ficar vivo seja em que clube fôr, é certo que o quarto poder é suficientemente forte para lhe causar muita chatice. eleva-o, mas fá-lo-á cair.

    excelente texto, mais uma vez.

    um abraço,
    Jorge
    Porta19

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  2. Jorge, espero ser-te mais útil do que a Marta Rebelo...

    E se não queres mais conversa, em que também alguns portistas caíram na lamechice de acharem o Madrid prejudicado sem conhecerem sequer a Missa a metade e não verem o esplendor do Messi, dispensas-me de lembrar, aos portistas em geral, algumas expulsões recentes de Fucile, Mariano e em Fevereiro de Álvaro, porque os árbitros na Europa não aceitam certas entradas e Mourinho sabe disso como sabe Pepe e todos devemos saber.

    É por isso que há muitos anos defendo árbitros estrangeiros para os clássicos em Portugal. E Espanha devia fazer o mesmo, depois do que confirmei, em pleno séc. XXI, na final da Taça do Rei à beira da qual o Lucílio Vigarista é um senhor no Jamor a dirigir o Porto-Benfica de 2004...

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  3. E Mourinho "se fue"!...Aliás ele nem saiu do hotel, ficou a ver o jogo pela televisão.
    Mesmo assim "se fue" em diferido, contra a idolatria dos nossos "capitalistas"...

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  4. E se uma coisa me estarreceu -sem querer ser adepto de nada- foi a frieza e a facilidade com que os EUA entram em qualquer País soberano e nele liquidam sem dó nem piedade, quem lhes faça frente, seja ele terrorista ou simplesmente lunático!...E como para calar vozes discordantes, lançam no vazio, os corpos das suas próprias vítimas...Porque para mim era muito mais vantajoso se não fora o risco do "outro" pôr a boca no trombone, prender o chefe do terrorismo Internacional e usa-lo como escudo, que elimina-lo friamente apenas porque sim...Esta crueza ou frieza assassina, para mim elimina sim, a chamada autoridade moral do Ocidente!

    -Aquilo que eu vejo no imediato, é uma enorme vantagem política interna, do candidato Obama ao arrumar Osama!...

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  5. meireles, para já é um golpe publicitário...

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