Confluiu tudo numa enxurrada de sucessos e mais um recorde portista, com o categórico 0-4 do Bonfim que marca a 16ª vitória consecutiva do FC Porto de AVB a superar as 15 de António Oliveira (96-97), chegando aos 80 pontos depois de, com 77, ter já batido o máximo num campeonato de 30 jornadas a três pontos por vitória - e, the last but not the least, aumentando para 21 pontos a vantagem sobre o 2º classificado que mal se vê no retrovisor.
Um 1º de Maio abençoado, de facto(s): da beatificação de João Paulo II, da glorificação do Dia do Trabalhador patenteada pela segunda linha do plantel portista e coincidindo com mais um Dia da Mãe eis uma vitória rotunda a que já nos vamos habituando.
Duas bolas nos ferros (Álvaro e Walter) impediram uma goleada de mão cheia com a regularidade pontual que tem marcado as actuações do Festival Clube do Porto. Um autogolo de Valdomiro, com Walter nas suas costas a cruzamento da esquerda (0-1); um cabeceamento de Otamendi num canto da esquerda (0-3) e um encosto fácil de Walter a passe da esquerda ainda pautaram uma actuação fantástica de... James Rodriguez, autor das três assistências.
Varela, que substituiu o puto colombiano que no 0-3 fora lançado no flanco pelo compatriota Guarín, ofereceu mais um golito ao gordo resultado dos dragões, indiferentes, a não ser numa compreensível perda de ritmo e velocidade de ponta, à alteração radical do onze proposto por Villas-Boas: só Álvaro, Guarín e Otamendi se mantiveram dos habituais titulares. Vá lá, Maicon também joga com regularidade e fez dupla central com o argentino, pelo que os vários Sereno (lateral-direito), Souza (trinco), R. Micael (dínamo) e um tridente ofensivo de James, Walter e Mariano não deixaram os méritos dos "principais" - que forravam em tecido de luxo o banco portista (Hulk, Falcao, Cr. Rodriguez, Rolando, Fernando, Varela e Kiesczek, estes três entrando durante a 2ª parte) - nas ruas da amargura.
O FC Porto está a duas vitórias (P. Ferreira e Marítimo) de igualar o registo do Benfica de 72-73, cedendo apenas dois empates em todo o campeonato, mas para segurar esta teve ainda de lutar contra o preciosismo do Rui Costa - aquele que "num biu" a confusão do Benfica-Nacional e a estalada de Jesus em Luiz Alberto para meter no relatório -, que negou um golo por alegada mão/braço de Mariano (ofereceu o golo a Walter) e inventou um penálti contra o FC Porto quando Walter e Valdomiro se agarraram mutuamente.
Beto, como é da praxe e sua categoria exclusiva, defendeu o remate de Cláudio Pitbul para preservar a baliza portista, depois entregue a Kieszek para ter direito a figurar no álbum de campeões com distinção numa prova de imaculada consistência e brilho refulgente da equipa de André Villas-Boas.
Fica, por fim, a seguinte série de vitórias consecutivas do novo recorde do FC Porto, iniciada precisamente frente aos sadinos após o empate de Alvalade em finais de Novembro:
V. Setúbal (c), 1-0
P. Ferreira (f), 3-0
Marítimo (c), 4-1
Naval (c), 3-1
Beira-Mar (f), 1-0
Rio Ave (c), 1-0
Braga (f), 2-0
Nacional (c), 3-0
Olhanense (f), 3-0
V. Guimarães (c), 2-0
U. Leiria (f), 2-0
Académica (c), 3-1
Benfica (f), 2-1
Portimonense (f), 3-2
Sporting (c), 3-2
V. Setúbal (f), 4-0
Sem esquecer, en passant, que amanhã faz um ano do outro Dia da Mãe com uma Vitória Filha da Mãe sobre o Benfica por 3-1 que teve tudo para ficar na história pelas incidências que a envolveram...
O Rui Costa hoje colocou os seus óculos 3D...
ResponderEliminarJogo para cumprir calendário, assumido com responsabilidade e seriedade timbres do Dragão, apesar da massiva gestão efectuada por AVB.
ResponderEliminarFicou demonstrado que para além de constituirmos a melhor equipa nacional temos também o melhor plantel.
Os diferentes objectivos que a equipa persegue continuam intactos, que a serem alcançados, fará desta equipa a mais «arrasadora» da história do futebol português.
Um abraço