Rui Costa marcou um penálti contra o FC Porto só vendo uma falta entre jogadores que se agarraram.
Pedro Proença na UEFA contra os prognósticos lusitanos.
Jorge Sousa que deu um penálti ao Benfica frente ao Sporting enquanto dois jogadores se agarravam.
Benquerença, mais um com "boa nota" na Europa que ficou à margem do progresso...
Quatro caras e casos para um enquadramento necessário sobre a porcaria dos árbitros portugueses onde nivelam por baixo até a excelência de Proença no Porto-Braga e no Porto-Benfica.
Jorge Sousa que deu um penálti ao Benfica frente ao Sporting enquanto dois jogadores se agarravam.
Benquerença, mais um com "boa nota" na Europa que ficou à margem do progresso...
Quatro caras e casos para um enquadramento necessário sobre a porcaria dos árbitros portugueses onde nivelam por baixo até a excelência de Proença no Porto-Braga e no Porto-Benfica.
Eu, que não sou de modas ou de proteccionismos fáceis, úteis e localizados, gosto de apreciar as arbitragens pela sua capacidade de "ser" e de "estar", essenciais para conduzir bem um jogo e, de preferência, dentro do espírito das Leis, com alguma maleabilidade e noção do sentido das coisas para bem as aplicar, evitando exageros na observância das regras no sentido mais restrito sob pena de muitos jogos não acabarem se o mal for repartido pelas aldeias, como se costuma dizer e em concreto no futebol de cá que é difícil, tortuoso e até insultuoso no comportamento de jogadores e técnicos, não tenhamos horror de reconhecê-lo. Por isso, de resto, com todas estas condicionantes também não devidamente atendidas pela Imprensa que toma partido por este ou aquele clube e área de influência contribuindo para a falta de verdade desportiva, acho o nosso campeonato muito complicado, comparativamente a outros onde impera mais civismo e/ou educação além de fair-play. Mas quanto a arbitragens, desde sempre, acho-as más, repito-o constantemente, pela falta de capacidade dos árbitros e o medo de serem repreendidos ou pela Imprensa ou pelo telefone que não dá para despromover todos os clubes, além dos chefes em quem os árbitros nem sequer deveriam confiar.
Perca ou ganhe o FC Porto, e felizmente ganha muitas mais vezes, no juizo que faço da arbitragem num jogo ou num campeonato inteiro move-me o sentido de apreciação global do tal "ser" e "estar" dos árbitros, bem como as movimentações e os contos e ditos ao longo da época em seu redor. Como também não tenho ligação próxima ou preferencial a algum, ao contrário de muitos jornalistas e comentadores que também têm o seu preferido, estou à vontade para manter a bitola da crítica, em especial quando os acho particularmente desonestos, como sucede praticamente com todos eles.
Isto para ir de encontro, mais uma vez, a episódios de jogo que, todos somados, não podem passar despercebidos. Enquanto não se fizer alarido, e sério, contra o comportamento insurrecto dos jogadores e a desonestidade -pelo visto inatacável no sentido negativo - dos árbitros, nenhuma alma bem intencionada pode tornar o campeonato mais "bonito", independentemente da qualidade dos executantes, do arrojo dos técnicos e do conhecimento teórico dos árbitros.
O penálti que Rui Costa apitou ontem contra o FC Porto é de uma má-fé enorme. Valdomiro empurrou Walter, num canto, para se desmarcar e foi agarrado pelo portista. O árbitro só viu uma falta. Beto defendeu o penálti. Walter viu um amarelo. A coisa, no 0-4 final, parece nada influenciar a economia das contas e a limpeza do resultado, mas eu não acho assim.
Creio que foi no Benfica-Sporting da semifinal da Taça da Liga ter sucedido algo do género: dois jogadores que se agarram num canto e um árbitro marcou um penálti. No caso, Jorge Sousa favoreceu o Benfica, Cardozo falhou o penálti, ganhou um canto e dali chegou, por fim, ao 1-1.
Não tenho, repito, preferência alguma por árbitro ou região de onde provenham. Nem sou dos bimbos que contestam haver árbitros do Porto nos jogos do FC Porto, ignorando esses bonzos que há árbitros de Lisboa que apitam jogos do Benfica e do Sporting. Há, amiúde, mais árbitros de Lisboa do que do Porto em jogos entre os clubes de Lisboa e o FC Porto.
Mas salta cada vez mais a evidência de que os árbitros do Porto deixam-se impressionar pelos ambientes do Sul. Há tempos destaquei isso mesmo, enunciando vários casos após Vasco Santos ter permitido a vitória do Benfica face ao Marítimo com um golo precedido de falta nos descontos, aquele período que Jorge Jesus acha ser injusto sofrer um golo...
Jorge Sousa, Vasco Santos, Rui Costa tiveram desempenhos muito maus esta época. Não foram os únicos. Duarte Gomes, de Lisboa, é um escândalo nacional de ser favorecido pela hierarquia. Esta, por sua vez, tem em Benquerença um mono na prateleira dourada, incapaz nos jogos grandes - faz hoje um ano da vergonhosa actuação no Porto-Benfica em que expulsou Fucile por 2º amarelo num lance em que sofreu penálti não marcado - e quase sempre escondido por forma a "protegê-lo" quanto mais não seja a sua incompetência.
Ao invés, as duas melhores arbitragens, não só desta época, mas creio que de sempre que me lembro de ver futebol, há 30 e tal anos, em Portugal, Pedro Proença pareceu castigado por ter sido quase excelente e sem reparos no Porto-Braga e no Porto-Benfica.
Parece que Pedro Proença foi, enfim, o parente pobre na nomeação para o Benfica-Porto da Taça, excluído sabe-se lá porquê mas escolhido o Xistra sabe-se bem por quem e depois dos antecedentes deste, outro malfeitor da credibilidade dos árbitros, que desaconselhavam a sua nomeação.
A Imprensa nacional, dada a intrigas e prazenteira em meter-se nos jogos de bastidores em vez de ficar de fora a avaliar com isenção e critério tudo o que se passa com os árbitros, as suas nomeações e os seus erros clamorosos, andava em pulgas para levar Pedro Proença ao Barça-Madrid. Há uma vertigem pela loucura insana de jornalistas que se pretendem acima de toda a suspeita e até batem a mão no peito pelos árbitros. Um velho, antigo verrinoso das crónicas de arbitragem dizia que Proença, ao contrário do anunciado, não ia ao clássico de Espanha na 1ª mão, no Bernabéu, mas sim ao Camp Nou, amanhã.
Importa notar que foi a RR que lançou o boato de uma nomeação de Proença para o Bernabéu, agitando logo as hostes do Barça com o "recuerdo" nefasto do Benquerença de S. Siro há um ano. A Renascença, note-se ainda aos (quase todos) distraídos, a dar uma notícia dessas da UEFA poucas semanas depois de ter terminado um noticiário do almoço a confirmar a recondução de Madaíl no Comité Executivo da UEFA de onde foi, nesse mesmo dia, excluído...
Isto porque há zunzuns que os jornalistas não tomam em devida distância, como há as poses laudatórias dos (Luís) Guilherme mesmo quando, como foi o caso, Benquerença foi um desastre no Inter-Barça da época passada e da qual nem o Guilherme (da APAF) nem Mourinho (do Inter) se queixaram. Depois lá vem a indicação da "boa nota"... Pois a "boa nota" enterrou Benquerença que nunca mais dirigiu um jogo de jeito na UEFA. E, esta, previdente, não arriscou mais um português num jogo do Inter. Helàs, se Angel Villar, da FPF espanhola, é líder do comité de árbitros da UEFA, mais cautelas tem em evitar essas coincidências, ainda que, ao contrário do que supõe e denuncia (mal) Mourinho, tem muito menos poder de influência nas nomeações - porque os árbitros europeus estão repartidos por regiões e cada uma tem um supervisor e existe praticamente uma hierarquia regional que enquadra os árbitros desse contexto geográfico acompanhando a sua evolução e premiando os seus desempenhos. Villar dirige o comité mas não toca sequer nas nomeações.
Por cá, a "regionalização" dos árbitros nunca há-de compaginar-se com a "profissionalização" desejada, não porque conflitue, mas por uma coisa nunca desmanchar a outra, pois as poucas-vergonhas dos árbitros não acabarão com um comité único de arbitragem na FPF nem com mais dinheiro nos bolsos dos árbitros. Há toda uma falácia a este respeito que é alimentada por quem quer ficar na folha salarial, a começar pelo Vi-te ó Pereira que é um pobre dirigente sem exemplo nem voz para mandar no que seja no sector, ou nos amigos das palmadinhas nas costas dos árbitros.
Porque a "regionalização", o enclave mesquinho dos interesses de capela que nenhuma entidade alguma vez desmontará na FPF nem tornou sequer, ao contrário do que alguns garantem sem critério, a arbitragem melhor do que era, apesar de muito melhores condições e proteccionismos corporativos do sector, salta à vista como neste fim-de-semana se viu no escândalo de Paços de Ferreira. O Bruno Esteves, estreante de Setúbal, que inventou na Luz um penálti num desarme limpo de um pacence ao Caientrão, agora não só negou um penálti na Mata Real ao V. Guimarães como inventou um contra o V. Guimarães, acabando por expulsar um jogador por faltas que nem cometeu - aliás, na esteira do Duarte Gomes no jogo do apagão ao expulsar Otamendi inventando um penálti e criando dois amarelos que o portista não merecia.
E é assim, ganhe ou perca o FC Porto, mais apertado ou mais folgado no campeonato, com árbitros do Porto ou de Lisboa, que a arbitragem deve ser vista. Porque todos erram, até em Inglaterra (e na Alemanha, na Espanha, na Itália), mas por cá as suspeições de tantos e tantos erros continuam a crescer, desmesuradamente para o avanço dos apoios dos árbitros e dos seus prémios já consideráveis, a par dos que se contentam em ver isto melhor, enquanto assistimos à triste miséria de sempre que uns parolos ignaros aceitam comparar com tempos de Silvanos, Garridos, Calheiros e Guímaros valha lá o que isso valer.
Em resumo: jogadores que se agarram nas áreas, um penálti para o Benfica, um penálti contra o FC Porto. Proença, desconsiderado em Portugal, vale justamente uma semifinal sem polémica de conflito de interesses em Old Trafford. O Sporting de volta aos berros e de novo sem razão mas a precisar de mamar um 3º lugar que lhe dê uma pré-época mais descansada nas qualificações europeias.
Por fim: a porcaria do costume. Sem ninguém ter coragem de chamar os bois pelos nomes.
O problema é que muitos portuenses, e não só, chegam a Lisboa e acham que é "uma graça" poderem ir lá e serem aceites como seres humanos normais...Vai daí, quando regressam a casa dizem a toda a gente que estiveram em Lisboa...
ResponderEliminaré como aquela expressão: "Pai, sou ministro!".
ResponderEliminarinfelizmente, é assim mesmo. Saloiice faz a imagem do País.
Segundo o "artista" Ricardo Costa a utilização de "novas tecnologias" para "esclarecer de imediato alguns lances" pode ser considerada "coacção da arbitragem"...Chamem o Rui Santisic!
ResponderEliminarO Bosta disse isso? Mania de perseguição, só pode...
ResponderEliminarZé Luís, estou a falar das fotos que foram colocadas no balneário do BRUNINHO ao intervalo...
ResponderEliminarAh, há fotos... É grave! Só pode.
ResponderEliminarPois, é muito grave, mostraram ao BRUNINHO, com fotografias e tudo, metidas por baixo da porta, que ele se "enganou" -melhor, "não viu"- ao ignorar a patada dada ao Hélder Barbosa e isso, segundo o Ricardo Bosta, é crime punível com a descida de Divisão...Normal é dar patadas aos dirigentes do Porto nos corredores da Luz...E porque o Sporting não tem nada a ver com isto...É claro!
ResponderEliminar-O Sporting não se mete nestas coisas...É um Clube "diferente".