Prontos, o Barça despachou, com vulgaridade simples, o M. United e a Supertaça europeia no Mónaco, a 26 de Agosto vai ser a final que desejamos, Porto-Barcelona, Villas-Boas-Guardiola, dois estilos semelhantes, o portista que se revê no culé, o catalão que sabe agora é inspirador do dragão.
Veremos, então, o que sucederá. Talvez o Porto se empertigue e tire partido de começar a época mais cedo um bocado. Talvez o Barça ganhe naturalmente por ser praticamente imbatível e claramente a melhor equipa de sempre na História do futebol, pelo jogo e pelos títulos.
O que acredito, sim, é que o FC Porto jogue e lute como sabe, assuma as suas virtudes e não tente mascarar os seus defeitos de forma a descaracterizar-se. Mesmo que perca, o FC Porto, no que não acredito mas não quero antecipar desde já, que ao menos perca a jogar, não como cobarde, não a sujeitar-se a ser socado com boxer encostado às cordas e sem um braço e com os olhos vendados. Não como o Real Madrid de Mourinho, o Arsenal de Wenger, o M. U. de Ferguson. Se tiver de ser goleado por 5-1 como o Shakhtar de Lucescu, que jogue e desfrute, crie oportunidades como os ucranianos fizeram antes de serem soterrados pela melhor equipa do mundo e de sempre.
Foi mais do mesmo, mesmo em Wembley, com o M. United remetido a defender quando sabe jogar mas recusa-se fazê-lo. Afinal, se Mourinho felicitou Domingos pela ida à final da Liga Europa com o Braga e saudou "sir" Alex por estar na final da Champions com o campeão inglês desta vez sem CR7 (o que não adiantou nada em Roma-2009), não é a boca que fala e o coração que sofre, mas apenas uma imensa dor de cotovelo - com a agravante de ser, agora, dupla, contando além de Guardiola também AVB.
Só por acaso o United fez um golo, van der Sar não se despediu como campeão mas ainda foi o melhor que evitou a goleada dos ingleses. Pedro, Messi sem slalom mas com o sei tiro inesperado que parece saído do nada como cada arranque que faz a esconder a bola no mágico pé esquerdo que serve para driblar como para chutar de forma indefensável, e finalmente David Villa fizeram os golos que sacudiram o tento imprevisto e mero empecilho que se sacudiu facilmente que foi o tento de Rooney.
Fica o Barça para a História, já na 4ª Taça dos Campeões e 3ª desde 2006. Sobram justificações, cada vez mais implausíveis, daqueles que não gostam do estilo e torcem pelo anti-Barça que julgaram ver com "maravilhas" no retranqueiro Inter de Mourinho coadjuvado pelo portuguesíssimo Benquerença. Justificações aberrantes, decerto, que deviam começar por explicar como é possível um futebol alegadamente tão feio e que adormece mas, ao invés, assusta qualquer um e o mais pintado ao ponto de deixarem de ser quem são e negarem a velha máxima do futebol: não podes jogar diferente do que estás habituado a fazer. Se houver uma excepção, que o futebol sempre propicia, pois é isso mesmo e a regra é que ganha quem mais faz por isso e, normalmente, melhor joga.
Foi com esse compromisso com a vitória que o FC Porto fez a mais extraordinária temporada de sempre de qualquer equipa portuguesa, mesmo as melhores entre as melhores do próprio FC Porto de 2003 e 2004 de Mourinho que respeitava o seu estilo e assumia o seu compromisso sem vacilar. O FC Porto que justamente tem o prémio de defrontar a melhor equipa do mundo. E para aqueles que torcerão pela sua derrota, já que acham fácil ganhar a Liga Europa e o FC Porto é de nível Champions, vão ter o dilema de perceber por quem torcer e vibrar. E até lá têm muito tempo para matutar nisso, se forem capazes de se abstrairem das tangas da silly season e dos ídolos de pés de barro por aí ao desbarato.
O Barcelona deu um banho de bola ao Manchester, não houve espinhas, muito Barcelona para tão pouco United...3-1 é enganador, o resultado merecia ser um 3 ou 4 a zero...E o curioso é que no final, com perto dos 33% de posse de bola, quem estava com a língua de fora era o Manchester!
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