Alex Ferguson reconheceu ter levado uma "coça" como nunca o seu M. United levou, na final de sábado com o Barcelona. Um dos mais conceituados treinadores e açambarcadores de titulos, num qualquer "supermercado" ou meramente em "feira da ladra", não teve pejo em elogiar a equipa contrária. Mesmo que tivesse antecipado estar melhor preparado do que em 2009 quando perdeu 2-0 com o Barcelona na final de Roma, a verdade é que Ferguson não só actuou de forma demasiado prudente, como viu esta versão adiantada 5.0 de Guardiola destroçar completamente o campeão inglês.
Não se sabe como seria se o M. United assumisse o jogo, como faz em praticamente toda a época, tornando-se mais um caso, preocupante, de uma equipa mostrar-se cobarde, atraiçoando a sua própria filosofia e as expectativas dos seus milhões de adeptos. Mas não foi diferente do Arsenal de Wenger, que tanto defendeu em Camp Nou e evitou humilhação maior, apesar de acabar a protestar contra um árbitro que cumpriu as regras na expulsão de van Persie tudo porque marcou um golo sem querer, num canto inofensivo que Busquets desviou para a própria baliza para um inesperado e momentâneo 1-1 na 2ª mão dos 1/8 da Champions. Nem foi diferente do cobarde Real Madrid que Mourinho sacrificou em massacre defensivo em pleno Bernabéu só para acabar a queixar-se de uma justa expulsão de Pepe que individual e disciplinarmente passou mais das marcas do que estrategicamente a equipa de Mourinho apostada em repisar a táctica do mau futebol e especular com o resultado como conseguiu com o Inter um ano antes.
Mas Ferguson ficou convencido, tal como Wenger afinal. Esta equipa do Barcelona é insuperável, ou pelo menos assim parece com tantos cuidados defensivos dos adversários. E ninguém aparece a perguntar porque nenhuma equipa perde o medo e enfrenta o Barça com valentia e futebol, dê para onde der porque jogar para perder por poucos raramente resulta e é desprestigiante.
E enquanto Villas-Boas e Guardiola continuam a trocar mensagens de admiração e respeito mútuos, destoa o nível a que desceu Mourinho a criticar o Barcelona desde a estrondosa e vergonhosa derrota caseira, prognosticando até que sentiria "vergonha" de ser campeão como seria o Barcelona, ciente de que o ceptro europeu não lhe fugiria.
Esta coça futebolística, aplicada de novo pelo Barça que encanta (quase) todos, continua sem grandes explicações quanto ao antídoto, elogiável, a aplicar-lhe. Um silêncio extensível aos comentadeiros do parolismo lusitano, seduzidos pelo Mourinho "resultadista" e gradualmente em decadência no epíteto de "jogar futebol", entretanto entretido com guerras de alecrim e manjerona na "casa blanca" agora por causa do d.d. Valdano demitido de funções com identificação do pífio vencedor Mourinho...
Uma coça que o Barça deu toda a época, à excepção da violência inaudita permitida na final da Taça do Rei que um execrável árbitro espanhol permitiu para intimidar e diminuir os craques do Bacelona, com Pepe a toda a corda e pitons no ar. Do 5-0 ao Madrid na 1ª volta da Liga, ao empate cómodo na vuelta no Bernabéu, a superioridade no duplo embate da Champions poderia ser suficiente para calar os fanfarrões, mas o efeito Mourinho, pelos piores motivos, deu chama a uma disputa acesa apenas fora do campo.
E se Ferguson diz nunca ter visto equipa assim como o Barcelona, sendo difícil que alguém mais tenha visto melhor do que ele, pode disfarçar as suas próprias insuficiências e a inferioridade da sua equipa, agora sem ter, como em 2009, Ronaldo a dizer "the tactics was no good" que também distinguiu Mourinho no 0-2 caseiro. Mas é o melhor que se pode dizer de um adversário sem ter vergonha de assumi-lo, para além do fair-play que, de facto, não é meramente um jogo de palavras como Mourinho quer fazer crer mas está também muito longe de praticar.
Francamente, eu sou dos que não gosta do futebol do Barcelona. Estava esperançado de ver um grande jogo de futebol agora que já não tenho os jogos do Porto para ver, e afinal o que aconteceu? Só vi a 2ª parte, para ganhar um bocado de sono a ver apenas uma equipa a trocar a bola durante 45 minutos. A outra equipa não existiu!
ResponderEliminarPara mim o futebol é disputado por 2 equipas, para ver isto vou antes jogar Subutteo com o meu sobrinho de 5 anos.
Mais uma vitória fantástica para a melhor equipa de sempre a jogar á bola! Foi um espectaculo para quem gosta de futebol e será espectacular assistir ao duelo da próxima supertaça europeia, e só é pena que as equipas não se apresentem na mesma forma (fisica e não só) e talvez conteudo (principalmente o Porto) que patentearam nestas últimas semanas... mas é assim que está determinado e é assim que será.
ResponderEliminarQuanto ao derrotado united, o seu treinador que compra talentos como quem vai ao supermercado e depois os deixa ostracizados no banco - Nani, Anderson - ou nem isso - Berbatov, teve o que mereceu, só se perderam as bolas que não entraram e ainda teve a felicidade do golo do empate não ter sido anulado em virtude do fora de jogo que o precedeu... isto para além desse extraordinário jogador (!) Luis Valencia que a cada lance que disputava era para fazer falta. Mas até foi bom ter sido assim, para aqueles que só vêem beneficios dos arbitros para o lado do Barça.
justiceiro, o que eu pergunto, e ninguém responde, é porque razão o adversário nunca existe... por muito bom que seja, por muito respeitável que seja o seu nome, por muito boa época que tenha feito, por muito conceituado que seja o seu treinador, só se dá pelo adversário do Barça quando se servem da porrada para travar aquele futebol tão próximo da perfeição.
ResponderEliminarPor exemplo, o que o miguel87 destaca no United é: i) os trunfos que o treinador deixou no banco; ii) a porrada do Valencia que em 4 faltas feias conseguiu não ver sequer um amarelo...
Quanto a adormecer, às vezes adormecem mais depressa os defesas do Barça do que os espectadores. Vide os golos sofridos com o Madrid e o United, por perdas de bola na saída de jogo desde a defesa.
Eu nunca consigo adormecer porque poso antecipar um ou dois passes laterais, mas sei que vai haver uma jogada de ruptura, imagino-a tal como Xavi e Iniesta a conceptualizam, mas enquanto não ocorrer fico preso pelo suspense do timing e a velocidade vertiginosa da jogada.
Justiceiro Azul: recomendo jogos de basket para não adormecer... estes têm uma regra que obriga cada equipa a lançar ao cesto a cada 24 segundos, caso contrário perde a posse da bola. Talvez seja esta a regra que falta aplicar ao futebol para servir de antídoto ao fabuloso jogo deste Barça!
ResponderEliminarJá dizia o Pedroto qualquer coisa como "se querem jogar à bola tragam uma, que esta é nossa". Se esta máxima não expressa um dos princípios básicos do futebol tão bem aplicado por este Barça, não sei o que mais querem as pessoas que criticam esta equipa!
ZL não entendo quando dizem que o Barça dá sono, para mim são momentos de futebol sublimes, ficava horas infinitas a vê-los jogar, mas vamos vencê-los, porque somos tão grandes como eles.
ResponderEliminarVIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO
Os jogos do Barcelona, e não o Barcelona, dão-me sono porque não torço por eles, só torço pelo Porto. Se fosse o Porto a jogar assim, eu também estava feliz da vida, com a outra equipa a só conseguir cheirar a bola.
ResponderEliminarEmbora tenha alguma simpatia pelo Barcelona (ganha nos últimos anos porque não temos jogado com eles e normalmente somos roubados) e nenhuma pelo MU, neste jogo torci pelos ingleses, normalmente torço pelos mais fracos, e quando vejo um jogo de futebol europeu gosto que seja disputado e este, simplesmente não foi.