Não sabemos se o folhetim Quaresma irá prolongar-se, agora que ele também foi titular mas acabou substituído num jogo, até ali, muito fraco do FC Porto. Mas, como já sublinhado, enquanto discutem amendoins o macaco come as bananas sem escorregar nas cascas. Calma mas firmemente, o FC Porto segue o seu caminho e o jogo com o Moreirense, no 1º ciclo de jogos superado com distinção na forma e no conteúdo ainda que sem brilhantismo que seria estultícia pedir e muito menos exigir, acabou a confirmar que o chip da Champions é que está bem, por ser o mais utilizado, não necessariamente o mais titular. Porque Herrera e Rúben Neves ficaram de fora, pediam descanso e tiveram-no, Alex Sandro estava lesionado (como está Tello) e estreou-se José Angel, impôs mexidas no meio e para lá caíram Oliver Torres, o menino do futebol adulto e uma réplica mais demolidora do que era Diego Ribas, e Brahimi, entrando Quaresma e Ádrian para as alas.
Oliver sempre o desejei no meio, já Brahimi gosta da zona mas parece mais letal nas alas. Certo é que, com o desgaste do trepidante início de época e a rotatividade assumida mas também imposta, a 1ª parte foi do pior que se vira deste novo FC Porto. E a 2ª, embora com mais intensidade, não melhorou muito, ainda que o cerco apertasse a área do Moreirense. Casemiro, como outros, era imagem de fadiga e falta de imaginação. Conclusão: meter os rodados Herrera e Rúben Neves e a coisa lá pegou outra vez, saiu também Quaresma e Brahimi caiu nas alas. Foi a equipa que esteve mal no seu todo, também por mérito do atrevimento da zona alta do Moreirense a bloquear as saídas de bola na 1ª fase de construção do FC Porto. E foram os roladores do meio-campo que trouxeram a vivacidade e a dinamização para surgirem os golos, até um penálti falhado por Quintero.
Jackson bisou e pede sempre mais jogo, está animado como nunca e esta fase inicial da época, com tantas caras novas e processos a assimilar por muita gente, já começa a definir os mais titulares, ainda que a tónica seja também a rotatividade pela abundância de jogadores para todas as posições de modo a poderem entrar quatro sem problemas de maior e fazer três substituições que dêem sempre mais dinamismo à equipa.
Lopetegui tem gerido com responsabilidade um plantel que mostra idoneidade, maturidade apesar da juventude predominante, muita segurança defensiva no sector que menos é mexido (já abordei antes esse aspecto essencial). E com as alternativas disponíveis, mesmo sem Ádrian aparecer como é esperado e Tello ter encostado às boxes - vamos ver agora com Oliver -, o Ferrari do Dragão, ao contrário de há um ano, não corre o risco de se espatifar numa ponte.
E com todas as atenuantes e a agravante de passar 10 dias sem metade do plantel, além de definir dispensas ainda hoje, Lopetegui tem um teste de fogo contra o líder à média de três golos por jogo, em Guimarães. O FC Porto com o 3-0 de ontem já poderá argumentar ao mesmo nível e disputar a liderança onde não era suposto.
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